GUINÉ-BISSAU Inquérito aos Indicadores Múltiplos 2014
Publication date: 2016
Guiné-Bissau Inquérito aos Indicadores Múltiplos 2014 República da Guiné-Bissau Ministério da Economia e Finanças Secretaria de Estado do Plano Guiné-Bissau G uiné-Bissau – M onitorização da Situação da C riança e da M ulher | 2014 Inquérito aos Indicadores M últiplos Inquérito aos Indicadores Múltiplos 2014 Monitorização da Situação da Criança e da Mulher Fundo das Nações Unidas para a Infância Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Programa das Nações Unidas para a Populacão Plan Guiné-Bissau IPHD - Guinea-Bissau unicef MICS capa.indd 1 16/05/13 18:47 GUINÉ-BISSAU Inquérito aos Indicadores Múltiplos 2014 TÍTULO Guiné-Bissau – Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 EDIÇÃO Unicef DESIGN E PAGINAÇÃO Norprint.pt IMPRESSÃO E ACABAMENTO Norprint.pt GUINÉ-BISSAU Inquérito aos Indicadores Múltiplos 2014 MINISTÉRIO DA ECONOMIA, DO PLANO E INTEGRAÇÃO REGIONAL DIRECÇÃO-GERAL DO PLANO INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA UNICEF FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA MARÇO DE 2016 Outros Parceiros: PNUD FNUAP Plan Guiné-Bissau IPHD iv GUINÉ-BISSAU vInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 O quinto Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) da Guiné-Bissau foi realizado em 2014 pelo Ministério da Economia e Finanças, através da Direcção Geral do Plano/Ins- tituto Nacional de Estatística (INE), no âmbito do Programa Global MICS. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) forneceu apoio técnico e financeiro para a rea- lização do inquérito. Contribuições financeiras e logisticas adicionais foram prestadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), PLAN Guiné-Bissau e Parceria Internacional para o Desenvolvimento Humano (IPHD). O Programa Global MICS foi desenvolvido pelo UNICEF nos anos 90 como um progra- ma internacional de inquérito aos agregados familiares para recolher dados internacio- nalmente comparáveis numa vasta gama de indicadores sobre a situação das crianças e das mulheres. O inquérito MICS mede indicadores chave que permitem aos países dispor de dados para utilização em políticas e programas e monitorizar os progressos a nível dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e de outros compromissos internacionais. No caso específico da Guiné-Bissau, o presente MICS visa igualmente actualizar a base de dados sobre os indicadores para diferentes utilizadores, sobretudo, para a elabora- ção e o seguimento da implementação de políticas, planos e programas de desenvol- vimento nacional, incluindo o Plano Quadro de Ajuda ao Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDAF) 2008-2012. A nível mundial, os instrumentos com que o inquérito pretende avaliar a situação das crianças e das mulheres (incluindo homens, MICS5) são baseados em modelos padrão elaborados pela Coordenação Geral do Projecto Global MICS, sedeada no UNICEF-No- va Iorque. Para mais informações complementares sobre este projecto, consulte o sítio web: http://mics.unicef.org Citação sugerida: Ministério da Economia e Finanças, Direcção Geral do Plano/Instituto Nacional de Es- tatística (INE). 2014. Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014, Relatório Final. Bissau, Guiné-Bissau: Ministério da Economia e Finanças e Direcção Geral do Plano/ Instituto Nacional de Estatística (INE). viiInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Implementação do inquérito Base de amostragem - Actualizada RGPH-2009 Novembro de 2013 Questionários Agregado Familiar Mulheres (15-49 anos) Homens (15-49 anos) Crianças <5 anos Formação do entrevistador Fevereiro-Março de 2014 Trabalho de Campo Março-Julho de 2014 Amostra do inquérito Agregados - Amostra - Ocupados - Entrevistados - Taxa de resposta (Percentagem) 6820 6685 6601 98,7 Crianças com menos de 5 anos - Elegíveis - Mães/educadoras entrevistadas - Taxa de resposta (Percentagem) 7688 7573 98,5 Mulheres - Elegíveis para entrevistas - Entrevistadas - Taxa de resposta (Percentagem) 10744 10234 95,3 Homens - Elegíveis para entrevistas - Entrevistados - Taxa de resposta (Percentagem) 4620 4232 91,6 População do inquérito Tamanho médio do agregado familiar 7,3 Percentagem da população a viver em: - Meio urbano - Meio rural Região: - Tombali - Quinara - Oio - Biombo - Bolama/Bijagós - Bafatá - Gabú - Cacheu - SAB 44,0 56,0 6,7 3,8 16,7 7,1 2,2 11,1 11,5 10,1 30,8 Percentagem da população com menos de: - 5 anos de idade - 18 anos de idade 15,8 49,6 Percentagem de mulheres de 15-49 anos com pelo menos um nado-vivo nos últimos 2 anos 29,7 Características do agregado familiar Bens do agregado familiar ou pessoais Percentagem de agregados com - Electricidade - Piso acabado - Tecto acabado - Parede acabada 17,2 42,3 75,8 10,5 Percentagem de agregados que têm - Um televisor - Um frigorífico - Terra agrícola - Animal doméstico/gado 24,2 10,4 65,5 65,9 Número médio de pessoas por quarto usado para dormir 2,5 Percentagem de agregados em que pelo me- nos um membro tem ou possui um - Telemóvel - Carro ou carrinha 91,0 5,9 Quadro Resumo da Implementação do Inquérito e da População Inquirida MICS5, Guiné-Bissau, 2014 viii GUINÉ-BISSAU Quadro Resumo das Conclusões1 e dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) MICS5, Guiné-Bissau, 2014 MORTALIDADE DAS CRIANÇAS Mortalidade na primeira infânciaa INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 1.1 Taxa de mortalidade neonatal Probabilidade de falecer no primeiro mês de vida 36 1.2 ODM 4.2 Taxa de mortalidade infantil Probabilidade de falecer entre o nascimento e o primeiro aniversário 55 1.3 Taxa de mortalidade pós- neonatal Diferença entre taxas de mortalidade infantil e neonatal 20 1.4 Taxa de mortalidade juvenil Probabilidade de falecer entre o primeiro e o quinto aniversário 35 1.5 ODM 4.1 Taxa de mortalidade infanto-juvenil Probabilidade de falecer entre o nascimento e o quinto aniversário 89 a As taxas referem-se ao período de 5 anos que precedeu o inquérito. NUTRIÇÃO Estado nutricional INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 2.1a 2.1b ODM 1.8 Prevalência de insuficiência ponderal (a) Moderada e grave (b) Grave Percentagem de crianças menores de 5 anos que estão abaixo de (a) Desvios padrão -2 (moderada e grave) (b) Desvios padrão -3 (grave) da mediana peso para idade do padrão da OMS 17,0 3,6 2.2a 2.2b Prevalência de atraso no crescimento (a) Moderada e grave (b) Grave Percentagem de crianças menores de 5 anos que estão abaixo de (a) Desvios padrão -2 (moderada e grave) (b) Desvios padrão -3 (grave) da mediana altura para idade do padrão da OMS 27,6 8,2 2.3a 2.3b Prevalência de emagrecimento (a) Moderada e grave (b) Grave Percentagem de crianças menores de 5 anos que estão abaixo de (a) Desvios padrão -2 (moderada e grave) (b) Desvios padrão -3 (grave) da mediana peso para altura do padrão da OMS 6,0 1,4 2.4 Prevalência de excesso de peso Percentagem de crianças menores de 5 anos que estão acima de desvios padrão 2 da mediana peso para altura do padrão da OMS 2,3 Aleitamento materno e alimentação na pequena infância 2.5 Crianças amamentadas Percentagem de mulheres com um nado-vivo nos últimos 2 anos que amamentaram o seu último filho nado-vivo em qualquer altura 98,0 2.6 Início precoce de aleitamento materno Percentagem de mulheres com um nado-vivo nos últimos 2 anos que amamentaram o seu último recém-nascido dentro de uma hora após o nascimento 33,7 2.7 Aleitamenteo materno exclusivo abaixo dos 6 meses Percentagem de crianças com menos de 6 meses que foram exclusivamente amamentadas. 52,5 2.8 Aleitamento materno predominante abaixo dos 6 meses Percentagem de crianças com menos de 6 meses que tomaram leite materno como fonte predominante de alimentação durante o dia anterior 85,3 2.9 Aleitamento materno continuado ao 1 ano Percentagem de crianças de 12-15 meses que tomaram leite materno durante o dia anterior 94,6 2.10 Aleitamento materno continuado ao 2 anos Percentagem de crianças de 20-23 meses que tomaram leite materno durante o dia anterior 50,9 1 Ver o Apêndice E para uma descrição detalhada dos indicadores MICS ixInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 NUTRIÇÃO Estado nutricional 2.11 Duração média do aleitamento materno Idade em meses em que 50% das crianças de 0-35 meses de idade não receberam leite materno durante o dia anterior 21,6 2.12 Aleitamento materno apropriado para a idade Percentagem de crianças de 0-23 meses de idade amamentadas apropriadamente durante o dia anterior 66,3 2.13 Introdução de alimentos sólidos, semi-sólidos ou moles Percentagem de crianças de 6-8 meses que receberam alimentos sólidos, semi-sólidos ou moles durante o dia anterior 57,2 2.14 Frequência de alimentação láctea para crianças não amamentadas Percentagem de crianças não amamentadas de 6-23 meses de idade que tomaram pelo menos 2 refeições lácteas no dia anterior 30,0 2.15 Frequência mínima de refeição Percentagem de crianças de 6-23 meses que receberam alimentos sólidos, semi-sólidos ou moles (mais alimentação láctea para crianças não amamentadas) o número mínimo de vezes ou mais durante o dia anterior 56,7 2.16 Diversidade alimentar mínima Percentagem de crianças de 6-23 meses que receberam alimentos de 4 ou mais grupos alimentares durante o dia anterior 12,7 2.17ª 2.17b Dieta mínima aceitável (a) Percentagem de crianças amamentadas de 6-23 meses que tiveram pelo menos a diversidade alimentar mínima e a frequência mínima de refeição durante o dia anterior (b) Percentagem de crianças não amamentadas que tomaram pelo menos 2 refeições lácteas e que tiveram pelo menos a diversidade alimentar mínima sem incluir as refeições lácteas e a frequência mínima de refeição durante o dia anterior 8,3 5,8 2.18 Alimentação com biberão Percentagem de crianças de 0-23 meses que foram alimentadas com um biberão no dia anterior 13,3 Iodização do sal 2.19 Consumo de sal iodado Percentagem de agregados com sal contendo 15 partes por milhão ou mais de iodeto/iodato 8,4 Baixo peso à nascença 2.20 Crianças com baixo peso à nascença Percentagem de mais recentes nados-vivos nos últimos 2 anos com peso inferior a 2.500 gramas à nascença 21,3 2.21 Crianças pesadas à nascença Percentagem de mais recentes nados-vivos nos últimos 2 anos que foram pesados à nascença 44,7 SAÚDE DA CRIANÇA Vacinação INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 3.1 Cobertura de vacinação contra tuberculose Percentagem de crianças de 12-23 meses que receberam a vacina BCG antes do seu primeiro aniversário 90,5 3.2 Cobertura de vacinação contra pólio-3 Percentagem de crianças de 12-23 meses que receberam a terceira dose de vacina OPV (OPV3) antes do seu primeiro aniversário 69,7 3.3 Cobertura de vacinação contra difteria, tosse convulsa, tétano, Hepatite B e haemophilus influenzae tipo B (Hib) (PENTA-3) Percentagem de crianças de 12-23 meses que tomaram a terceira dose de vacina PENTA, antes do seu primeiro aniversário 74,2 3.4 ODM 4.3 Cobertura de vacinação contra sarampo Percentagem de crianças de 12-23 meses que tomaram a vacina contra sarampo antes do seu primeiro aniversário 64,8 3.7 Cobertura de vacinação contra febre-amarela Percentagem de crianças de 12-23 meses que tomaram a vacina contra febre-amarela antes do seu primeiro aniversário 53,6 x GUINÉ-BISSAU SAÚDE DA CRIANÇA Vacinação INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 3.8 Cobertura completa de vacinação Percentagem de crianças de 12-23 meses que tomaram todas as vacinas recomendadas no calendário antes do seu primeiro aniversário (sarampo antes do segundo aniversário) 37,4 Toxóide tetânico 3.9 Protecção do tétano neonatal Percentagem de mulheres de 15-49 anos com um nado-vivo nos últimos 2 anos que tomaram pelo menos duas doses de vacina contra o tétano no intervalo apropriado antes do nascimento do mais recente filho 71,4 Diarreia - Crianças com diarreia Percentagem de crianças menores de 5 anos com diarreia nas últimas 2 semanas 11,9 3.10 Procura de tratamento para diarreia Percentagem de crianças menores de 5 anos com diarreia nas últimas 2 semanas para as quais se procurou aconselhamento ou tratamento num estabelecimento ou profissional da saúde 46,8 3.11 Tratamento da diarreia com sais de reidratação oral (SRO) e zinco Percentagem de crianças menores de 5 anos com diarreia nas últimas 2 semanas que receberam SRO e zinco 16,5 3.12 Tratamento da diarreia com terapia de reidratação oral (TRO) e continuação de alimentação Percentagem de crianças menores de 5 anos com diarreia nas últimas 2 semanas que receberam TRO (pacote de SRO, líquido SRO pré-embalado, líquido caseiro recomendado ou mais líquidos) e continuação de alimentação durante o episódio de diarreia. 54,6 Sintomas de Infecção Respiratória Aguda (IRA) - Crianças com sintomas de IRA Percentagem de crianças menores de 5 anos com sintomas de IRA nas últimas 2 semanas 2,5 3.13 Procura de tratamento para crianças com sintomas de IRA Percentagem de crianças menores de 5 anos com sintomas de IRA nas últimas 2 semanas para as quais se procurou aconselhamento ou tratamento num estabelecimento ou profissional de saúde 34,3 3.14 Tratamento com antibiótico para crianças com sintomas de IRA Percentagem de crianças menores de 5 anos com sintomas de IRA nas últimas 2 semanas que tomaram antibióticos 14,5 Uso de combustível sólido 3.15 Uso de combustíveis sólidos para cozinhar Percentagem de membros do agregado em agregados que usam combustíveis sólidos como fonte principal de energia doméstica para cozinhar 98,0 Paludismo/Febre INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR - Crianças com febre Percentagem de crianças menores de 5 anos com febre nas últimas 2 semanas 15,5 3.16a 3.16b Disponibilidade no agregado de mosquiteiros impregnados com insecticida (MII) Percentagem de agregados com (a) pelo menos um MII (b) pelo menos um MIII para cada duas pessoas 90,1 43,9 3.18 ODM 6.7 Crianças com menos de 5 anos que dormiram sob um MII Percentagem de crianças com menos de 5 anos que dormiram sob um MII na noite anterior 80,6 3.19 População que dormiu sob um MII Percentagem de membros do agregado familiar que dormiram sob um MII na noite anterior 75,7 3.20 Procura de tratamento para febre Percentagem de crianças menores de 5 anos com febre nas últimas 2 semanas para as quais se procurou aconselhamento ou tratamento num estabelecimento ou profissional de saúde 51,2 3.21 Uso de diagnósticos de paludismo Percentagem de crianças menores de 5 anos com febre nas últimas 2 semanas às quais se tirou sangue de um dedo ou do calcanhar para análise do paludismo 23,3 3.22 ODM 6.8 Tratamento anti-palúdico de crianças menores de 5 anos Percentagem de crianças menores de 5 anos com febre nas últimas 2 semanas que receberam qualquer tratamento anti-palúdico 28,0 xiInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 SAÚDE DA CRIANÇA Vacinação INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 3.23 Terapia combinada baseada em Artemisinina (ACT) entre crianças que receberam tratamento anti-palúdico Percentagem de crianças menores de 5 anos com febre nas últimas 2 semanas que receberam ACT (ou outro tratamento de primeira linha segundo a política nacional) 47,0 3.24 Mulheres grávidas que dormiram sob um MII Percentagem de mulheres grávidas que dormiram sob um MII na noite anterior 79,3 3.25 Tratamento preventivo intermitente do paludismo durante a gravidez Percentagem de mulheres de 15-49 anos que receberam três ou mais doses de SP/Fansidar, das quais pelo menos uma foi recebida durante uma consulta pré-natal para evitar o paludismo durante a sua última gravidez, que teve como resultado um nado-vivo nos últimos 2 anos 18,6 ÁGUA E SANEAMENTO INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 4.1 ODM 7.8 Uso de fontes melhoradas de água para beber Percentagem de membros do agregado a usar fontes melhoradas de água para beber 74,8 4.2 Tratamento de água Percentagem de membros do agregado em agregados a usar fontes não melhoradas de água potável que usam um método apropriado de tratamento 5,1 4.3 ODM 7.9 Uso de saneamento melhorado Percentagem de membros do agregado a usar estruturas sanitárias melhoradas que não são partilhadas 13,1 4.4 Eliminação segura das fezes de criança Percentagem de crianças de 0-2 anos cujas últimas fezes foram eliminadas com segurança 62,6 4.5 Local para lavar as mãos Percentagem de agregados com um local específico para lavar as mãos onde se encontram água e sabão ou outro produto de limpeza 10,6 4.6 Disponibilidade de sabão ou de outro produto de limpeza Percentagem de agregados com sabão ou outro produto de limpeza 35,6 SAÚDE REPRODUTIVA Contracepção e necessidade não satisfeita INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR - Índice Sintético de Fecundidade Índice Sintético de Fecundidade para mulheres de 15-49 anos para mulheres de 15-49 anos 4,9 5.1 ODM 5.4 Taxa de natalidade das adolescentes Taxa específica A de fecundidade para mulheres para mulheres de 15-19 anos 106 5.2 Gravidez precoce Percentagem de mulheres de 20-24 anos que tiveram pelo menos um nado-vivo antes dos 18 anos 28,3 5.3 ODM 5.3 Taxa de prevalência contraceptiva Percentagem de mulheres de 15-49 anos actualmente casadas ou em união que estão a usar (ou cujo parceiro está a usar) um método contraceptivo (moderno ou tradicional) 16,0 5.4 ODM 5.6 Necessidade não satisfeita Percentagem de mulheres de 15-49 anos, actualmente casadas ou em união que são férteis e querem espaçar os seus nascimentos ou limitar o número de crianças que têm e que não estão a fazer a contracepção presentemente 22,3 Saúde materna e do recém-nascido 5.5a 5.5b ODM 5.5 ODM 5.5 Cobertura de cuidados pré-natais Percentagem de mulheres de 15-49 anos com um nado-vivo nos últimos 2 anos que foram atendidas por pessoal de saúde qualificado durante a última gravidez que teve como resultado um nado-vivo: (a) pelo menos uma vez por pessoal da saúde qualificado (b) pelo menos quatro vezes por qualquer profissional de saúde qualificado 92,4 64,9 xii GUINÉ-BISSAU 5.6 Conteúdo dos cuidados pré-natais Percentagem de mulheres de 15-49 anos com um nado-vivo nos últimos 2 anos a quem mediram a tensão arterial e tiraram amostras de urina e sangue para analíse durante a última gravidez que teve como resultado um nado-vivo 75,8 5.7 ODM 5.2 Profissional qualificado no parto Percentagem de mulheres de 15-49 anos com um nado-vivo nos últimos 2 anos que foram atendidas por pessoal de saúde qualificado no mais recente nado-vivo 45,0 5.8 Partos hospitalares Percentagem de mulheres de 15-49 anos com um nado-vivo nos últimos 2 anos cujo nado-vivo mais recente nasceu num estabelecimento de saúde 44,0 5.9 Cesariana Percentagem de mulheres de 15-49 anos cujo nado-vivo mais recente nos últimos 2 anos nasceu por cesariana 3,9 Exames de saúde pós-natais 5.10 Estadia pós-parto em estabelecimento de saúde Percentagem de mulheres de 15-49 anos que ficaram num estabelecimento de saúde durante 12 horas ou mais após o parto do seu nado-vivo mais recente nos últimos dois anos 80,5 5.11 Exame de saúde pós-natal para o recém-nascido Percentagem de últimos nados-vivos nos últimos 2 anos que tiveram um exame de saúde enquanto se encontravam no estabelecimento de saúde ou em casa depois do parto ou uma consulta pós-natal dentro de 2 dias após o parto 54,5 5.12 Exame de saúde pós-natal para a mãe Percentagem de mulheres de 15-49 anos que tiveram um exame de saúde enquanto se encontravam no estabelecimento de saúde ou em casa depois do parto ou uma consulta pós-natal dentro de 2 dias após o parto do seu nado-vivo mais recente nos últimos 2 anos 47,8 Mortalidade materna 5.13 ODM 5.1 Taxa de mortalidade materna Óbitos durante a gravidez, o parto ou dentro de dois meses após o parto ou o fim da gravidez, por 100.000 nascimentos no período de 7 anos que precedeu o inquérito 900 DESENVOLVIMENTO INFANTIL INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 6.1 Frequência escolar na primeira infância Percentagem de crianças de 36-59 meses que está a frequentar um programa de ensino pré-escolar 13,1 6.2 Apoio à aprendizagem Percentagem de crianças de 36-59 meses com as quais um adulto do agregado se envolveu em 4 ou mais actividades para promover a aprendizagem e a preparação para a escola nos últimos 3 dias 34,2 6.3 Apoio do pai à aprendizagem Percentagem de crianças de 36-59 meses cujo pai biológico se envolveu em 4 ou mais actividades para promover a aprendizagem e a preparação para a escola nos últimos 3 dias 0,3 6.4 Apoio da mãe à aprendizagem Percentagem de crianças de 36-59 meses cuja mãe biológica se envolveu em 4 ou mais actividades para promover a aprendizagem e a preparação para a escola nos últimos 3 dias 2,9 6.5 Disponibilidade de livros infantis Percentagem de crianças menores de 5 anos a viver um agregado que tem três ou mais livros infantis 0,5 6.6 Disponibilidade de brinquedos Percentagem de crianças menores de 5 anos que brinca com dois ou mais tipos de brinquedos 31,2 6.7 Cuidados inadequados Percentagem de crianças menores de 5 anos deixadas sozinhas ou aos cuidados de outra criança com menos de 10 anos durante mais de uma hora pelo menos uma vez na semana passada 30,6 6.8 Índice de desenvolvimento infantil na primeira infância Percentagem de crianças de 36-59 meses que está na boa via de desenvolvimento em pelo menos três das seguintes quatro áreas: leitura - cálculo, física, sócio-emocional e aprendizagem 61,0 ALFABETIZAÇÃO E INSTRUÇÃO INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 7.1 ODM 2.3 Taxa de alfabetização entre os jovens Percentagem de jovens de 15-24 anos que sabe ler uma frase curta simples sobre a vida quotidiana ou que frequentou o ensino secundário ou superior (a) Mulheres (b) Homens 50,5 70,4 7.2 Preparação para a escola Percentagem de crianças no 1º ano do ensino primário que frequentou o ensino pré-escolar no ano lectivo anterior 28,8 xiiiInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 7.3 Taxa líquida de admissão no ensino primário Percentagem de crianças em idade de entrar na escola primária que entram no 1º ano do ensino primário 31,1 7.4 ODM 2.1 Taxa líquida de frequência do ensino primário (ajustada) Percentagem de crianças com idade para o ensino primário que frequenta actualmente o ensino primário ou secundário 62,4 7.5 Taxa líquida de frequência do ensino secundário (ajustada) Percentagem de crianças com idade para o ensino secundário que frequenta actualmente o ensino secundário ou superior Sistema nacional (6 anos) ISCED 2+3 (5 anos) 20,4 16,8 7.6 ODM 2.2 Crianças que chegam ao último ano do ensino primário Percentagem de crianças que entram no 1º ano do ensino primário que eventualmente chegam ao último ano 73,4 7.7 Taxa de conclusão do ensino primário Percentagem de crianças a frequentar o último ano do ensino primário (excluindo as repetentes) dividido pelo número de crianças com idade de concluir o ensino primário (idade apropriada para o último ano do ensino primário) 75,7 7.8 Taxa de transição para o ensino secundário Percentagem de crianças a frequentar o último ano do ensino primário no ano lectivo anterior que estão no primeiro ano do ensino secundário no ano lectivo actual dividido pelo número de crianças a frequentar o último ano do ensino primário no ano lectivo anterior 72,8 7.9 ODM 3.1 Índice de paridade de género (ensino primário) Taxa líquida de frequência do ensino primário (ajustada) para meninas dividida pela taxa líquida de frequência do ensino primário (ajustada) para rapazes 1,00 7.10 ODM 3.1 Índice de paridade de género (ensino secundário) Taxa líquida de frequência do ensino secundário (ajustada) para meninas dividida pela taxa líquida de frequência do ensino secundário (ajustada) para rapazes Sistema nacional (6 anos) ISCED 2+3 (5 anos) 0,81 0,79 PROTECÇÃO DA CRIANÇA Registo de nascimento INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 8.1 Registo de nascimento Percentagem de crianças com menos de 5 anos cujos nascimentos foram s registados 23,7 Trabalho infantil 8.2 Trabalho infantil Percentagem de crianças de 5-17 anos que estão envolvidas em trabalho infantil 51,1 Disciplina infantil 8.3 Disciplina violenta Percentagem de crianças de 1-14 anos que foram alvo de agressão psicológica ou castigo físico durante o último mês 82,4 Casamento precoce e poligamia 8.4 Casamento antes dos 15 anos Percentagem de pessoas de 15-49 anos que se casaram ou se uniram pela primeira vez antes dos 15 anos (a) Mulheres (b) Homens 7,1 0,6 8.5 Casamento antes dos 18 anos Percentagem de pessoas de 20-49 anos que se casaram ou se uniram pela primeira vez antes dos 18 anos (a) Mulheres (b) Homens 37,1 3,7 8.6 Jovens de 15-19 anos de idade actualmente casados ou em união Percentagem de jovens de 15-19 anos que estão casados ou em união (a) Mulheres (b) Homens 11,4 0,3 8.7 Poligamia Percentagem de pessoas de 15-49 anos que estão numa união poligâmica (a) Mulheres (b) Homens 44,0 25,8 8.8a 8.8b Diferença de idade entre os cônjuges Percentagem de mulheres jovens que estão casadas ou em união com um homem pelo menos 10 anos mais velho (a) entre mulheres de 15-19 anos, (b) entre mulheres de 20-24 anos 59,6 47,3 xiv GUINÉ-BISSAU Mutilação genital feminina/excisão 8.9 Aprovação de mutilação genital feminina/excisão (MGF/E) Percentagem de mulheres de 15-49 anos que declaram que se deve continuar com MGF/E 12,8 8.10 Prevalência de MGF/E entre mulheres Percentagem de mulheres de 15-49 anos que declaram que foram alvo de alguma forma de MGF/E 44,9 8.11 Prevalência de MGF/E entre meninas Percentagem de meninas de 0-14 anos que foram alvo de alguma forma de MGF/E, como declarado por mães de 15-49 anos 29.6 Atitudes em relação à violência doméstica 8.12 Atitudes em relação à violência doméstica Percentagem de pessoas de 15-49 anos que declaram que se justifica que um marido bata na mulher pelo menos numa das seguintes circunstâncias: (1) se ela sair sem lhe dizer, (2) se ela cuidar dos filhos, (3) se ela discutir com ele, (4) se ela recusar ter relações sexuais com ele, (5) se ela queimar a comida (a) Mulheres (b) Homens 41,8 28,7 Vivência das crianças com os pais 8.13 Vivência das crianças com os pais Percentagem de crianças de 0-17 anos que não estão a viver com nenhum dos pais biológicos 21,9 8.14 Prevalência de crianças com um ou ambos os progenitores falecidos Percentagem de crianças de 0-17 anos com um ou ambos os pais biológicos falecidos 11,6 8.15 Crianças com pelo menos um progenitor a viver no estrangeiro Percentagem de crianças de 0-17 anos com pelo menos um dos pais biológicos a viver no estrangeiro 4,5 VIH/SIDA E COMPORTAMENTO SEXUAL Conhecimentos sobre VIH/SIDA e atitudes INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR - Ouviram falar do SIDA Percentagem de pessoas de 15-49 anos que ouviram falar do SIDA (a) Mulheres (b) Homens 92,1 97,9 9.1 ODM 6.3 Conhecimentos sobre prevenção do VIH entre os jovens Percentagem de jovens de 15-24 anos que identificam correctamente formas de evitar a transmissão do VIH e que rejeitam as principais ideias erradas sobre a transmissão do VIH (a) Mulheres (b) Homens 22,5 21,7 9.2 Conhecimentos sobre transmissão vertical do VIH Percentagem de pessoas de 15-49 anos que identificam correctamente os três meios de transmissão vertical do VIH (a) Mulheres (b) Homens 64,8 62,6 9.3 Atitudes de aceitação de pessoas portadoras do VIH Percentagem de pessoas de 15-49 anos manifestando atitudes de aceitação em relação a todas as 4 perguntas relativamente a pessoas portadoras do VIH (a) Mulheres (b) Homens 5,6 12,1 Teste de VIH 9.4 Pessoas que sabem onde fazer o teste de VIH Percentagem de pessoas de 15-49 anos que declaram saber de um lugar para fazer o teste de VIH (a) Mulheres (b) Homens 55,2 56,6 9.5 Pessoas que fizeram o teste de VIH e sabem os resultados Percentagem de pessoas de 15-49 anos que fizeram o teste de VIH nos últimos 12 meses e que sabem os resultados (a) Mulheres (b) Homens 9,8 6,1 9.6 Jovens sexualmente activos que fizeram o teste de VIH e sabem os resultados Percentagem de jovens de 15-24 anos que tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses, que fizeram o teste de VIH e sabem os resultados (a) Mulheres (b) Homens 9,4 6,1 xvInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 9.7 Aconselhamento sobre o VIH nos cuidados pré- natais Percentagem de mulheres de 15-49 anos que tiveram um nado-vivo nos últimos 2 anos e receberam cuidados pré-natais durante a gravidez do seu filho mais recente, que declaram que receberam aconselhamento sobre o VIH durante os cuidados pré-natais 52,5 9.8 Teste de VIH durante cuidados pré-natais Percentagem de mulheres de 15-49 anos que tiveram um nado-vivo nos últimos 2 anos e receberam cuidados pré-natais durante a gravidez do seu filho mais recente, que declaram que lhes foi oferecido e aceitaram o teste de VIH durante os cuidados pré-natais e que receberam os resultados 35,6 Comportamento sexual 9.9 Jovens que nunca tiveram relações sexuais Percentagem de jovens de 15-24 anos que nunca se casaram e nunca tiveram relações sexuais (a) Mulheres (b) Homens 25,0 28,9 9.10 Relações sexuais antes dos 15 anos entre jovens Percentagem de jovens de 15-24 anos que tiveram relações sexuais antes dos 15 anos (a) Mulheres (b) Homens 18,2 14,8 9.11 Disparidade de idades entre parceiros sexuais Percentagem de mulheres de 15-24 anos que tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses com um parceiro que era pelo menos 10 anos mais velho 21,2 9.12 Parceiros sexuais múltiplos Percentagem de pessoas de 15-49 anos que tiveram relações sexuais com mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses (a) Mulheres (b) Homens 10,7 33,2 9.13 Uso de preservativo na última relação sexual entre pessoas com parceiros sexuais múltiplos Percentagem de pessoas de 15-49 anos que declaram ter tido mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses que também declararam que usaram preservativo na última vez que tiveram relações sexuais (a) Mulheres (b) Homens 28,6 44,2 9.14 Relações sexuais com parceiros não regulares Percentagem de jovens de 15-24 anos sexualmente activos que tiveram relações sexuais com um parceiro não conjugal, não em coabitação nos últimos 12 meses (a) Mulheres (b) Homens 51,0 64,0 9.15 ODM 6.2 Uso de preservativo com parceiros não regulares Percentagem de jovens de 15-24 anos que declaram ter usado um preservativo durante a última relação sexual com um parceiro não conjugal, não em coabitação nos últimos 12 meses (a) Mulheres (b) Homens 52,8 69,0 Órfãos 9.16 ODM 6.4 Rácio de frequência escolar de órfãos em relação a frequência escolar de não órfãos Proporção que frequenta a escola entre crianças de 10-14 anos que perderam ambos os pais, dividida pela proporção de crianças de 10-14 anos que frequentam a escola cujos pais estão vivos e que estão a viver com um ou com ambos os progenitores. 1,08 Circuncisão masculina 9.17 Circuncisão masculina Percentagem de homens de 15-49 anos que declaram ter sido circuncidados 79,9 ACESSO À COMUNICAÇÃO SOCIAL E USO DE TIC Acesso à comunicação social INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 10.1 Exposição à comunicação social Percentagem de pessoas de 15-49 anos que, pelo menos uma vez por semana, lêem um jornal, ouvem a rádio e vêem televisão (a) Mulheres (b) Homens 11,7 30,5 Uso de tecnologia da informação/comunicação 10.2 Uso de computadores Percentagem de jovens de 15-24 anos que usaram um computador durante os últimos 12 meses (a) Mulheres (b) Homens 10,3 17,2 xvi GUINÉ-BISSAU 10.3 Uso da internet Percentagem de jovens de 15-24 anos que usaram a internet durante os últimos 12 meses (a) Mulheres (b) Homens 9,4 16,8 Bem-estar subjectivo INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 11.1 Satisfação com a vida Percentagem de jovens de 15-24 anos que estão muito ou um tanto ou quanto satisfeitos com a sua vida, em geral (a) Mulheres (b) Homens 95,7 86,9 11.2 Felicidade Percentagem de jovens de 15-24 anos que estão muito felizes ou um tanto ou quanto felizes (a) Mulheres (b) Homens 94,2 95,6 11.3 Percepção de uma vida melhor Percentagem de jovens de 15-24 anos cuja vida melhorou durante o último ano e que esperam que a sua vida melhore após um ano (a) Mulheres (b) Homens 50,9 50,7 CONSUMO DE TABACO E ÁLCOOL Consumo de tabaco INDICADOR MICS INDICADOR DESCRIÇÃO VALOR 12.1 Consumo de tabaco Percentagem de pessoas de 15-49 anos que fumaram cigarros ou usaram produtos do tabaco com ou sem combustão em qualquer altura durante o último mês (a) Mulheres (b) Homens 1,0 17,4 12.2 Fumar antes dos 15 anos de idade Percentagem de pessoas de 15-49 anos que fumaram um cigarro antes dos 15 anos (a) Mulheres (b) Homens 0,4 3,3 Consumo de álcool 12.3 Consumo de álcool Percentagem de pessoas de 15-49 anos que tomaram pelo menos uma bebida alcoólica em qualquer altura durante o último mês (a) Mulheres (b) Homens 12,9 21,8 12.4 Consumo de álcool antes dos 15 anos de idade Percentagem de pessoas de 15-49 anos que tomaram pelo menos uma bebida alcoólica antes dos 15 anos (a) Mulheres (b) Homens 2,5 6,7 xviiInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 ÍNDICE Quadro Resumo da Implementação do Inquérito e da População Inquirida . vii Quadro Resumo das Conclusões e dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) . viii Índice . xvii Lista de Tabelas .xix Lista de Figuras . xxiii Lista de Abreviaturas.xxv Agradecimentos . 1 Resumo Analítico . 3 I. INTRODUÇÃO . 15 Contexto . 15 Objectivos do Inquérito .17 II. AMOSTRA E METODOLOGIA DO INQUÉRITO . 19 Concepção da Amostra . 19 Questionários . 19 Formação e Trabalhos de Campo . 21 Processamento de Dados . 21 III. COBERTRURA DA AMOSTRA E CARACTERÍSTICAS DE AGREGADOS E INQUIRIDOS . 23 Cobertura da Amostra. 23 Características dos Agregados Familiares . 25 Características de Inquiridos Mulheres e Homens de 15-49 Anos de Idade e Crianças Menores de 5 Anos . 30 Características do Alojamento, Posse de Bens e Indice de Bem-Estar Económico .37 IV. MORTALIDADE DAS CRIANÇAS . 45 V. NUTRIÇÃO .53 Pouco Peso à Nascença . 53 Estado Nutricional . 56 Aleitamento Materno e Alimentação Infantil e de Crianças Pequenas . 61 Iodização do Sal .75 VI. SAÚDE DA CRIANÇA .79 Vacinação .79 Protecção do Tétano Neonatal . 83 Tratamento de Doenças . 85 Diarreia . 86 Infeções Respiratórias Agudas .97 Uso de Combustível Sólido .101 Paludismo/Febre .104 VII. ÁGUA E SANEAMENTO.125 Uso de Fontes Melhoradas de Água .125 Uso de Instalações sanitárias melhoradas . 134 Lavagem das Mãos . 143 xviii GUINÉ-BISSAU VIII. SAÚDE REPRODUTIVA .149 Fecundidade .149 Contracepção .154 Necessidade Não Satisfeita .157 Cuidados Pré-Natais .160 Assistência no Parto . 166 Local do Parto . 169 Exames de Saúde Pós-Natais . 171 Taxas de Mortalidade Adulta .182 Mortalidade Materna . 183 IX. DESENVOLVIMENTO INFANTIL . 187 Cuidados e Educação na Primeira Infância .187 X. ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO .199 Alfabetização entre Mulheres e Homens Jovens . 199 Preparação para a Escola . 201 Participação no Ensino Primário e no Secundário .202 XI. PROTECÇÃO DA CRIANÇA .215 Registo de Nascimento .215 Trabalho Infantil .218 Disciplina Infantil . 223 Casamento Precoce e Poligamia .227 Mutilação Genital Feminina/Excisão . 232 Atitudes em Relação à Violência Doméstica . 239 Vivência das Crianças . 242 XII. VIH/SIDA E COMPORTAMENTO SEXUAL . 247 Conhecimentos sobre a Transmissão do VIH e Ideias Erradas sobre o VIH .247 Atitudes de Aceitação de Pessoas Portadoras do VIH . 256 Conhecimento de um Local para Teste de VIH, Aconselhamento e Teste durante os Cuidados Pré-Natais . 259 Comportamento Sexual Relacionado com a Transmissão do VIH . 264 Indicadores de VIH para Mulheres e Homens Jovens .267 Órfãos .278 Circuncisão masculina .279 XIII. ACESSO À COMUNICAÇÃO SOCIAL E USO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/ COMUNICAÇÃO . 285 Acesso à Comunicação Social . 285 Uso de Tecnologia da Informação/ Comunicação . 289 XIV. BEM-ESTAR SUBJECTIVO . 293 XV. CONSUMO DE TABACO E ÁLCOOL . 305 Consumo de Tabaco . 305 Consumo de Álcool . 311 Apêndice . 315 Apêndice A: Concepção da Amostra .317 Apêndice B: Lista de Pessoal Envolvido no Inquérito . 325 Apêndice C: Estimativas de Erros de Amostragem . 329 Apêndice D: Tabelas de Qualidade dos Dados . 349 Anexo E: Indicadores MICS-5 da Guiné-Bissau: Numeradores e denominadores .373 Apêndice F: Questionários MICS . 383 xixInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 LISTA DE TABELAS Tabela HH.1: Resultados das entrevistas a agregados familiares, mulheres, homens e crianças menores de 5 anos . 24 Tabela HH.2: Distribuição etária dosagregadosfamiliares por idade e sexo . 26 Tabela HH.3: Composição do agregado familiar . 28 Tabela HH.4: Características de base das mulheres . 30 Tabela HH.4M: Características de base dos homens . 33 Tabela HH.5: Características de base se crianças com menos de 5 anos . 35 Tabela HH.6: Características do alojamento . 38 Tabela HH.7: Bens do agregado familiar e bens pessoais . 41 Tabela HH.8: Índice de bem-estar económico . 43 Tabela CM.1: Taxas de mortalidade de crianças menores de cinco anos . 46 Tabela CM.2: Taxas de mortalidade na primeira infância por características socioeconómicas . 48 Tabela CM.3: Taxas de mortalidade na primeira infância por características demográficas . 49 Tabela NU.1: Crianças com pouco peso à nascença . 54 Tabela NU.2: Estado nutricional das crianças . 58 Tabela NU.3: Aleitamento inicial . 63 Tabela NU.4: Aleitamento materno . 66 Tabela NU.5: Duração do Aleitamento materno . 68 Tabela NU.6: Aleitamento apropriada para a idade .70 Tabela NU.7: Introdução de alimentos sólidos, semi-sólidos ou moles . 71 Tabela NU.8: Práticas alimentares de bebés e crianças pequenas (IYCF) .72 Tabela NU.9: Alimentação com biberão .74 Tabela NU.10: Consumo de sal iodado .76 Tabela CH.1: Vacinação nos primeiros anos de vida . 80 Tabela CH.2: Vacinação por características de base . 82 Tabela CH.3: Protecção do tétano neonatal . 84 Tabela CH.4: Episódios de doença declarados . 86 Tabela CH.5: Procura de tratamento durante a diarreia .87 Tabela CH.6: Práticas de alimentação durante a diarreia . 89 Tabela CH.7: Soluções de reidratação oral, líquidos caseiros recomendados e zinco . 91 Tabela CH.8: Terapia de reidratação oral com continuação de alimentação e outros tratamentos . 93 Tabela CH.9: Fonte de SRO e zinco . 95 Tabela CH.10: Procura de tratamento e tratamento com antibióticos de sintomas de infecção respiratória aguda (IRA) . 98 Tabela CH.11: Conhecimento dos sinais de perigo de pneumonia . 100 Tabela CH.12: Uso de combustível sólido . 102 Tabela CH.13: Uso de combustível sólido segundo o local para cozinhar . 103 Tabela CH.14: Disponibilidade no agregado de mosquiteiros impregnados com insecticida . 105 Tabela CH.15: Acesso a um mosquiteiro impregnado com insecticida (MII) – número de membros do agregado . 106 Tabela CH.16: Acesso a um mosquiteiro impregnado com insecticida (MII) por características de base .107 Tabela CH.17: Uso de MIIs . 108 Tabela CH.18: Crianças a dormir sob mosquiteiros . 110 Tabela CH.19: Uso de mosquiteiros pela população do agregado . 111 Tabela CH.20: Procura de tratamento durante a febre . 112 Tabela CH.21: Tratamento de crianças com febre . 114 Tabela CH.22: Diagnóstico e tratamento anti-palúdico de crianças . 115 Tabela CH.23: Origem de anti-palúdicos .117 Tabela CH.24: Mulheres grávidas a dormir sob mosquiteiros . 119 Tabela CH.25: Tratamento preventivo intermitente do paludismo . 122 xx GUINÉ-BISSAU Tabela WS.1: Uso de fontes melhoradas de água . 126 Tabela WS.2: Tratamento da água do agregado familiar . 129 Tabela WS.3: Tempo para chegar à fonte de água para beber . 132 Tabela WS.4: Pessoa que vai buscar água .133 Tabela WS.5: Tipos de instalações sanitárias. 135 Tabela WS.6: Utilização e partilha de instalações sanitárias .137 Tabela WS.7: Escalas de utilização de água potável e de instalações sanitárias . 140 Tabela WS.8: Eliminação das fezes da criança . 142 Tabela WS.9: Água e sabão em local para lavar as mãos. 144 Tabela WS.10: Disponibilidade de sabão ou de outro produto de limpeza . 146 Tabela RH.1: Taxa de fecundidade . 149 Tabela RH.2: Taxa de natalidade das adolescentes e índice sintético de fecundidade . 151 Tabela RH.3: Gravidez precoce . 152 Tabela RH.4: Tendências da gravidez precoce . 153 Tabela RH.5: Uso de contracepção . 155 Tabela RH.6: Necessidades de contracepção não satisfeitas . 159 Tabela RH.7: Cobertura de cuidados pré-natais . 161 Tabela RH.8: Número de consultas pré-natais e momento da primeira consulta . 163 Tabela RH.9: Conteúdo dos cuidados pré-natais . 165 Tabela RH.10: Assistência durante o parto e cesariana .167 Tabela RH.11: Local do parto .170 Tabela RH.12: Estadia pós-parto numa estrutura de saúde .172 Tabela RH.13: Consultas pós-natais para recém-nascidos .174 Tabela RH.14: Consultas pós-natais para recém-nascidos com uma semana .175 Tabela RH.15: Exames de saúde pós-natais para mães . 177 Tabela RH.16: Consultas pós-natais para mães dentro de uma semana após o nascimento .179 Tabela RH.17: Exames médicos pós-natais para mães e recém-nascidos . 181 Tabela RH.18: Taxas de mortalidade adulta . 182 Tabela RH.19: Probabilidades de mortalidade adulta . 183 Tabela RH.20: Mortalidade materna . 184 Tabela CD.1: Educação na primeira infância . 188 Tabela CD.2: Apoio à aprendizagem . 190 Tabela CD.3: Materiais de aprendizagem . 193 Tabela CD.4: Cuidados inadequados . 195 Tabela CD.5: Índice de desenvolvimento na primeira infância .197 Tabela ED.1: Alfabetização (mulheres jovens) . 200 Tabela ED.1M: Alfabetização (homens jovens) . 201 Tabela ED.2: Preparação para a escola . 202 Tabela ED.3: Entrada no ensino primário . 203 Tabela ED.4: Frequência do ensino primário e crianças fora da escola . 205 Tabela ED.5: Frequência do ensino secundário e crianças fora da escola . 206 Tabela ED.6: Crianças que chegam ao último ano do ensino primário . 208 Tabela ED.7: Conclusão do ensino primário e transição para o ensino secundário . 209 Tabela ED.8: Paridade de género na educação . 211 Tabela ED.9: Paridade de género de crianças fora da escola . 212 Tabela CP.1: Registo de nascimento . 216 Tabela CP.2: Envolvimento de crianças em actividades económicas. 220 Tabela CP.3: Envolvimento de crianças nas tarefas domésticas. 222 Tabela CP.4: Trabalho infantil. 223 xxiInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Tabela CP.5: Disciplina infantil . 225 Tabela CP.6: Atitudes em relação ao castigo físico .227 Tabela CP.7: Casamento precoce e poligamia (mulheres) . 229 Tabela CP.7M: Casamento precoce e poligamia (homens) . 230 Tabela CP.8: Tendências do casamento precoce (mulheres) . 231 Tabela CP.8M: Tendências do casamento precoce (homens) . 234 Tabela CP.9: Diferença de idade entre os cônjuges . 235 Tabela CP.10: Mutilação genital feminina/ excisão (MGF/E) entre mulheres . 236 Tabela CP.11: Mutilação genital feminina/ excisão (MGF/E) entre meninas .237 Tabela CP.12: Aprovação da mutilação genital feminina/ excisão (MGF/E) . 238 Tabela CP.13: Atitudes em relação à violência doméstica (mulheres) . 240 Tabela CP.13M: Atitudes em relação à violência doméstica (homens) . 241 Tabela CP.14: Vivência das crianças e orfandade .243 Tabela CP.15: Crianças cujos pais residem no estrangeiro . 245 Tabela HA.1: Conhecimentos sobre transmissão do VIH, ideias erradas sobre o VIH e conhecimento exaustivo sobre transmissão do VIH (mulheres) . 248 Tabela HA.1M: Conhecimentos sobre transmissão do VIH, ideias erradas sobre o VIH e conhecimento exaustivo sobre transmissão do VIH (homens) . 250 Tabela HA.2: Conhecimentos sobre a transmissão vertical do VIH (mulheres) . 254 Tabela HA.2M: Conhecimentos sobre a transmissão vertical do VIH (homens) . 255 Tabela HA.3: Atitudes de aceitação de pessoas portadoras do VIH (mulheres) .257 Tabela HA.3M: Atitudes de aceitação de pessoas portadoras do VIH (homens) . 258 Tabela HA.4: Conhecimento de um local para o teste de VIH (mulheres) . 260 Tabela HA.4M: Conhecimento de um local para o teste de VIH (homens) . 261 Tabela HA.5: Aconselhamento sobre VIH e teste durante cuidados pré-natais .263 Tabela HA.6: Relações sexuais com parceiros múltiplos (mulheres) . 265 Tabela HA.6M: Relações sexuais com parceiros múltiplos (homens) . 266 Tabela HA.7: Principais indicadores de VIH e SIDA (mulheres jovens) . 268 Tabela HA.7M: Principais indicadores de VIH e SIDA (homens jovens) .270 Tabela HA.8: Principais indicadores de comportamento sexual (mulheres jovens) .273 Tabela HA.8M: Principais indicadores de comportamento sexual (homens jovens) .275 Tabela HA.9: Frequência escolar de órfãos e não órfãos .279 Tabela HA.10: Circuncisão masculina . 280 Tabela HA.11: Quem fez a circuncisão e local . 282 Tabela MT.1: Exposição aos meios de comunicação social (mulheres) . 286 Tabela MT.1M: Exposição aos meios de comunicação social (homens) . 288 Tabela MT.2: Utilização de computadores e internet (mulheres) . 290 Tabela MT.2M: Utilização de computadores e internet (homens) . 291 Tabela SW.1: Domínios de satisfação pessoal (mulheres) . 294 Tabela SW.1M: Domínios de satisfação pessoal (homens) . 296 Tabela SW.2: Satisfação pessoal e felicidade gerais (mulheres) . 299 Tabela SW.2M: Satisfação pessoal e felicidade gerais (homens) . 300 Tabela SW.3: Percepção de uma vida melhor (mulheres) . 302 Tabela SW.3M: Percepção de uma vida melhor (homens) .303 Tabela TA.1: Consumo passado e actual de tabaco (mulheres) . 306 Tabela TA.1M: Consumo passado e actual de tabaco (homens) .307 Tabela TA.2: Idade em que fumou um cigarro pela primeira vez e frequência (mulheres) . 309 Tabela TA.2M: Idade em que fumou um cigarro pela primeira vez e frequência (homens) . 310 Tabela TA.3: Consumo de álcool (mulheres) . 312 Tabela TA.3M: Consumo de álcool (homens) .313 xxii GUINÉ-BISSAU APÊNDICES Tabela 1: Tamanho mínimo da amostra dos agregados por um domínio de estudo e por 5 indicadores de vacinação . 318 Tabela 2: Estrutura da base de amostragem e das amostras segundo o domínio de estudo . 319 Tabela 3: Distribuição das amostras dos aglomerados e dos agregados familiares segundo o estrato . 319 Tabela 4: Lista dos aglomerads que apresenatm uma probabilidade de inclusão superior a 1 . 321 Tabela SE.1: Indicadores seleccionados para cálculos de erros de amostragem .331 Tabela SE.2: Erros de amostragem: Amostra total .332 Tabela SE.3: Erros de amostragem: Urbano .333 Tabela SE.4: Erros de amostragem: Rural .334 Tabela SE.5: Erros de amostragem: Tombali . 335 Tabela SE.6: Erros de amostragem: Quinara .336 Tabela SE.7: Erros de amostragem: Oio .337 Tabela SE.8: Erros de amostragem: Biombo .338 Tabela SE.9: Erros de amostragem: Bolama/Bijagós .339 Tabela SE.10: Erros de amostragem: Bafatá . 340 Tabela SE.11: Erros de amostragem: Gabú . 341 Tabela SE.12: Erros de amostragem: Cacheu . 342 Tabela SE.13: Erros de amostragem: SAB .343 Tabela SE.14: Erros de amostragem: Norte . 344 Tabela SE.15: Erros de amostragem: Leste . 345 Tabela SE.16: Erros de amostragem: Sul . 346 Tabela SE.17: Erros de amostragem: SAB .347 Tabela DQ.1: Distribuição por faixa etária dos membros do agregado familiar . 351 Tabela DQ.2: Distribuição por faixa etária de mulheres elegíveis e entrevistadas . 353 Tabela DQ.3: Distribuição por faixa etária de homens elegíveis e entrevistados . 353 Tabela DQ.4: Dsitribuição por faixa etária de crianças no questionário do agregado e no de crianças com menos de cinco anos . 354 Tabela DQ.5: Informação sobre a data de nascimento: Membros do agregado familiar . 354 Tabela DQ.6: Informação sobre a data de nascimento e idade: Mulheres . 355 Tabela DQ.7: Informação sobre a data de nascimento e idade: Homens . 355 Tabela DQ.8: Informação sobre a data de nascimento e idade: Crianças com menos de 5 anos . 356 Tabela DQ.9: Informação sobre a data de nascimento: Crianças, adolescentes e jovens . 356 Tabela DQ.10: Informação sobre a data de nascimento: Primeiro e último nascimentos .357 Tabela DQ.11: Integralidade das informações . 358 Tabela DQ.12: Integralidade das informações para indicadores antropométricos: Insuficiência ponderal . 359 Tabela DQ.13: Integralidade das informações para indicadores antropométricos: Atraso no crescimento . 359 Tabela DQ.14: Integralidade das informações para indicadores antropométricos: Emagrecimento . 360 Tabela DQ.15: Amontoamento das medições antropométricas . 361 Tabela DQ:16: Observação de registos de nascimento . 361 Tabela DQ.17: Observação de cartões de vacinação . 362 Tabela DQ.18: Observação de cartões de saúde das mulheres .363 Tabela DQ.19: Observação de mosquiteiros . 364 Tabela DQ.20: Presença da mãe e da pessoa entrevistada para o questionário de crianças com menos de 5 anos . 365 Tabela DQ.21: Selecção de crianças de 1 a 17 anos para módulos de trabalho infantil e disciplina infantil. 365 Tabela DQ.22: Frequência escolar por idade . 366 Tabela DQ.23: Rácio entre sexos à nascença entre crianças nascidas vivas e sobreviventes .367 Tabela DQ.24: Nascimentos por períodos que precederam o inquérito. 368 Tabela DQ.25: Declaração da data do óbito em dias . 369 Tabela DQ.26: Reportar a data do óbito em meses .370 Tabela DQ.27: Integralidade das informações sobre irmãos .371 Tabela DQ.28: Número de irmãos e rácio entre sexos dos irmãos .371 xxiiiInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 LISTA DE FIGURAS Figura HH. 1: Distribuição por idade e sexo da população do agregado .27 Figura CM. 1: Taxas de mortalidade de crianças menores de 5 anos. 46 Figura CM. 2: Taxas de mortalidade infanto-juvenil por meio de residência e região. 50 Figura CM. 3: Tendência nas taxas de mortalidade infanto-juvenil . 51 Figura NU. 1: Insuficiência ponderal, atraso no crescimento, emagrecimento e excesso de peso em crianças menores de 5 anos (Moderado e Grave) . 61 Figura NU. 2: Início do aleitamento materno . 65 Figura NU. 3: Padrões de alimentação infantil por idade.67 Figura NU. 4: Consumo de sal iodado .77 Figura CH. 1: Vacinação antes dos 12 meses de idade (sarampo antes dos 24 meses) . 81 Figura CH. 2: Crianças menores de 5 anos com diarreia que receberam SRO ou líquidos caseiros recomendados . 92 Figura CH. 3: Crianças menores de 5 anos com diarreia a receber terapia de reidratação oral (tro) e continuação de alimentação . 94 Figura CH. 4: Percentagem da população dos agregados familiares com acesso a um MII .107 Figura WS. 1: Distribuição percentual de membros do agregado por fonte melhorada de água .127 Figura WS. 2: Distribuição percentual de membros do agregado por utilização e partilha de instalações sanitárias . 138 Figura WS. 3: Uso de fontes melhoradas de água potável e de instalações sanitárias melhoradas por membros do agregado . 141 Figura RH. 1: Taxa de fecundidade por faixa etária por meio de residência . 150 Figura RH. 2: Diferenciais no uso de contraceptivos .157 Figura RH. 3: Pessoa qua assistiu o parto . 166 Figura ED 1: Indicadores da educação por sexo . 213 Figura CP. 1: Crianças menores de 5 anos cujos nascimentos são registados.217 Figura CP. 2: Métodos de disciplinar as crianças, crianças de 1-14 anos . 226 Figura CP. 3: Casamento precoce das mulheres . 232 Figura HA. 1: Mulheres e Homens com conhecimento exaustivo sobrea transmissão do VIH . 253 Figura HA. 2: Atitudes de aceitação de pessoas portadoras do VIH . 259 Figura HA. 3: Comportamento sexual que aumenta o risco de infecção com o VIH, entre jovens de 15-24 anos .278 Figura TA. 1: Consumo pasado e actual de tabaco . 308 xxiv GUINÉ-BISSAU APÊNDICE: Figura DQ. 1: Distribuição por faixa etária dos membros do agregado familiar . 350 Figura DQ. 2: Medições de peso e altura/comprimento por dígitos indicados para pontos decimais . 350 xxvInquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 LISTA DE ABREVIATURAS BCG Bacillis-Cereus-Guerin (Tuberculose) CSPro Sistema de Processamento de Censo e Inquérito CDC Convenção sobre os Direitos da Criança DDI Distúrbios por Deficiência de Iodo DENARP Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza DIU Dispositivo Intra-uterino DPT Difteria Tosse Convulsa e Tétano FNUAP Fundo das Nações Unidas para a População INE Instituto Nacional de Estatisticas IPG Índice de Paridade de Género IPHD International Partnership for Human Development LAM Método da Amenorreia Lactacional MS Ministério da Saúde MGF/E Mutilação genital feminina/ excisão MICS Inquérito aos Indicadores Múltiplos MICS-5 Quinta ronda global do programa de Inquéritos aos Indicadores Múltiplos MII Mosquiteiro Impregnado com Insecticida ODM Objectivos de Desenvolvimento do Milénio OMS Organização Mundial da Saúde ONUSIDA Programa das Nações Unidas para o VIH/SIDA PAV Programa Alargado de Vacinação PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ppm Partes por Milhão SIDA Síndrome da Imunodeficiência Adquirida SPSS Pacote Estatístico para Ciências Sociais TLE Taxa Líquida de Escolarização TRO Tratamento de Reidratação Oral UNFPA Fundo das Nações Unidas para a População UNGASS Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância VIH Vírus da Imunodeficiência Humana WFFC Um Mundo Digno das Crianças xxvi GUINÉ-BISSAU 1Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 AGRADECIMENTOS O quinto inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) foi realizado em 2014 pelo Ministério da Eco- nomia e Finanças, através da Direcção Geral do Plano e o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ele forneceu informações preciosas e indicadores pertinentes sobre a situação da criança e da mulher (in- cluindo homem) na Guiné-Bissau. Este documento constitui o relatório que resulta deste inquérito, respondendo também, em grande medida, às necessidades de seguimento dos progressos alcançados com vista à realização dos objec- tivos e metas visados nos acordos internacionais, como: a ‘‘Declaração do Milenio”, o “Plano de Acção de Um Mundo Digno das Crianças’’, os objectivos da Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre VIH/SIDA, a Declaração Educação para Todos, os Objectivos de Desenvolvimento do Mi- lénio (ODM) e assim como o Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (DENARP-II). O sucesso do MICS5, materializado neste relatório, foi possível graças à colaboração e aos esforços constantes do Governo da Guiné-Bissau, do UNICEF e Parceiros de Desenvolvimento que deram uma valiosa contribuição traduzida em apoios técnico, material e financeiro para a execução de todas as actividades programadas. A concepção e coordenação técnica foram asseguradas pela Equipa Técnica do MICS Global do UNI- CEF, em Nova Iorque e pelo Bureau Regional do UNICEF, em Dakar. Todas estas instituições dispo- nibilizaram uma generosa contribuição para o sucesso deste projecto. Esta contribuição de alto nível técnico ofereceu garantia científica à qualidade dos resultados do inquérito e a este relatório final. Por isso, essas duas equipas de coordenação são tributárias dos sinceros agradecimentos da equipa nacio- nal e do Governo da Guiné-Bissau. Os nossos agradecimentos vão também para o escritório nacional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Plan Guiné- Bissau, o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e a Parceria Internacional para o De- senvolvimento Humano (IPHD) que, nos momentos cruciais forneceram importantes contribuições financeiras e logísticas, sem as quais o sucesso do projecto poderia estar comprometido. Os sinceros agradecimentos vão igualmente às autoridades administrativas regionais e locais pela sua prontidão e assistência ao inquérito, às mulheres e aos homens que responderam ao inquérito, pela disponibilidade, perfeita colaboração e qualidade das informações fornecidas. Enfim, às crianças que suportaram a dura experiência das nossas diversas manipulações técnicas, du- rante as medidas antropométricas (peso e altura) no terreno, apresentamos a todas, as nossas sinceras desculpas e votos de um futuro risonho para a Guiné-Bissau e a sua população no seu todo. Também esperamos que a boa utilização dos resultados deste inquérito contribua para tornar as suas vidas mais radiantes. 3Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 RESUMO ANALÍTICO O MICS-5 tem como os objectivos específicos: a) Fornecer informações actualizadas para a avaliação da situação das crianças e mulheres (incluindo homens) da Guiné-Bissau; b) Disponibilizar dados neces- sários para a avaliação crucial dos progressos realizados em várias áreas e para a realização dos esfor- ços adicionais que exigem mais atenção; c) Fornecer dados necessários para monitorizar os progressos rumo aos objectivos fixados na Declaração do Milénio e outros objectivos acordados internacionalmen- te, como base para acção futura; d) Contribuir no melhoramento do sistema de recolha e de seguimen- to dos indicadores na Guiné-Bissau e para o reforço de capacidade técnica em matéria de concepção, implementação e análise desse sistema; e) Recolher dados desagregados para a identificação de dis- paridades, de modo a permitir a realização de políticas fundamentadas para a inclusão social dos mais vulneráveis; f) Contribuir na produção de dados de base para a Agenda Pós-2015 O MICS-5 é um inquérito por amostragem de cobertura nacional, baseado numa amostra de 6820 agregados familiares (AF), distribuídos equitativamente pelas 9 regiões/domínios de estudo a saber: Região de Tombali, Quinara, Gabú, Bafatá, Oio, Biombo, Cacheu e Bolama/Bijagós, com 720 AF cada, o Sector Autónomo de Bissau (SAB) com 1080 AF. A selecção dos AF foi feita de forma aleatória, para assegurar que todos os AF a nível dos sectores tivessem a mesma probabilidade de serem selecciona- dos. Dentro de cada AF, foram escolhidas todas as mulheres com a idade entre os 15 e 49 anos, para o preenchimento do questionário da mulher, e todas as crianças menores dos 5 anos da no agregado familiar Foram igualmente recolhidas as informações incluindo todas as crianças menores dos 5 anos que estão sem mães no AF seleccionado. Também foram inquiridos todos os homens do agregado com a idade entre os 15 a 49 anos. Os dados recolhidos no terreno entre 17 de Março e 16 de Julho vão permitir a actualização dos indi- cadores referentes à mortalidade infantil, nutrição, e saúde infantil, à água e o saneamento básico, à saúde reprodutiva, Desenvolvimento infantil, à alfabetização e instrução, protecção da criança, VIH/ SIDA e comportamento sexual, acesso a comunicação social e TIC e consumo de tabaco e álcool. OS PRINCIPAIS RESULTADOS DO INQUÉRITO Mortalidade infantil Os resultados do inquérito mostram que a taxa de Mortalidade neonatal no período mais recente é de 36 por 1000 nascidos vivos. Esta taxa é elevada do que da mortalidade do pós-neonatal, que é de 20 por 1000 nascidos vivos, no mesmo período. Isso mostra que um pouco mais de metade das mortes infantis na Guiné-Bissau ocorrerem durante o primeiro mês de vida. A taxa de mortalidade infantil atinge 55 por mil nascidos vivos e a taxa de mortalidade infanto-juvenil (menores de 5 anos) é de 89 por mil nascidos vivos: Os resultados da pesquisa indicam que a mortalidade infantil tem vindo a diminuir a um ritmo bastante rápido durante os últimos 20 anos. Em relação ao sexo, tanto a mortalidade infantil como a infanto-ju- venil é mais elevada entre as crianças do sexo masculino (60 e 96) contra (51 e 81) para o sexo feminino. 4 GUINÉ-BISSAU As taxas de mortalidade infantil e infanto-juvenil são mais baixas na Região de Biombo (21 e 42 por mil nados vivos) e os números para Região de Gabú (88 e 159 por mil nados vivos) são superiores aos da Região de Biombo. Há também diferenças na mortalidade em termos de nível de instrução, bem- -estar económico e etnia. Constata-se que as taxas de mortalidade diminuem com o aumento do nível de instrução da mãe e vice-versa. As taxas da mortalidade infantil e infanto-juveníl são mais elevadas nos grupos étnicos cuja língua mais falada pela mãe é mandinga, fula e Manjaco. Os dados mostram que a Região de Gabu e Bafatá são as que têm as taxas de mortalidade infanto-juveníl mais elevada em relação as outras Regiões, situando em 159 e 126 por 1000 nados vivos, respectivamente. As crianças residentes nas áreas rurais apresentam riscos mais elevados de mortalidade, comparando com as residentes nas áreas urbanas. Nas áreas rurais, tanto as taxas de mortalidade infantil assim como as da mortalidade infanto-juvenil são mais elevadas (56 e 97), comparativamente com as taxas de mor- talidade infantil e infanto-juvenil (54 e 75) observadas nas áreas urbanas. Nutrição: Praticamente uma em cada seis crianças com menos de cinco anos de idade na Guiné-Bissau apresen- ta insuficiência ponderal moderada e grave (17%) e 4% são classificadas como insuficiência ponderal grave. Mais de um quarto das crianças (28%) apresentam um atraso no crescimento moderado e grave ou são demasiado baixas para a idade e 8% com atraso de crescimento grave. Quanto ao emagreci- mento, 6% são moderadamente e grave e 1% são grave. 2% das crianças menores de 5 anos de idade apresentam um excesso de peso moderado ou demasiado para a sua altura. As crianças da Região de Bafatá (24%) e de Oio (20%) apresentam maior incidência de insuficiência ponderal moderada e grave. Em relação ao atraso no crescimento as mesmas regiões lideram, repre- sentando respectivamente (34% e 35%). Em relação ao sexo, não existe diferenças significativas nos indicadores O padrão etário mostra que com o aumento da idade de crianças de 0-35 meses, a insuficiência ponderal moderada e grave e atra- so de crescimento moderado e grave tendem a aumentar-se e a partir dos 35 meses, a tendência é do decrescimento. Aproximadamente 53% de crianças com menos de 6 meses de idade são exclusivamente amamen- tadas. Com 85% predominantemente amamentadas, é evidente que os líquidos baseados em água estão a substituir o leite materno em maior grau. Até aos 12-15 meses, 95% das crianças são ama- mentadas e até aos 20-23 meses 51% são amamentadas. Nota-se uma pequena diferença entre os sexos para estes indicadores. Em termos de meio de residência, a percentagem de crianças de 20-23 meses amamentadas (aleitamento continuo aos 2 anos) é mais alta no meio rural do que no meio urbano (62% contra 34%). Com relação aos quintis de bem-estar económico, esta percentagem é maior no seio dos agregados mais pobre (65%) do que nos mais ricos (24%). 5Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Introdução da alimentação complementar é feita de forma inadequada, sendo apenas 40% das crian- ças menores de 2 anos que estão amamentadas de forma adequada. 57% das crianças de 6-8 meses recebeu alimentos sólidos semi-sólidos ou moles pelo menos uma vez no dia anterior. Em termos de sexo, 59% são do sexo masculino e 53% do sexo feminino. Por outro lado, 65% das crianças de 6-8 meses que receberam alimentos sólidos semi-sólidos ou moles pelo menos uma vez no dia anterior, residem no meio urbano e 52% no meio rural. Total de todas as crianças que receberam alimentos sólidos semi-sólidos ou moles pelo menos uma vez no dia anterior (57%). Os resultados sobre o consumo do sal iodado mostram que apenas 8% dos agregados familiares en- controu-se sal com 15 partes por milhão (15+ ppm) ou mais de iodo, 17% com menos iodo, que seja: >0 e <15 ppm e 70% dos agregados familiares consumiam sal não iodado, ou seja, sal com 0 ppm. Na Guiné-Bissau, o consumo do sal iodado diminuiu em 2% pontos percentuais em 2014 em relação a 2010, representando, respetivamente, 8% contra 10%, respectivamente. A taxa de suplemento de vitamina A aumentou muito. Segundo os dados recolhidos, 79% de crianças de 6-59 meses receberam suplemento de vitamina A nos 6 meses que antecederam ao inquérito, o que representa um incremento de quase 21 pontos em relação aos valores de 2006. Saúde infantil: Segundo o MICS-5, aproximadamente 91% de crianças de 12-23 meses tomou a vacina BCG antes dos 12 meses e a primeira dose de vacina PENTA foi dada a 92%. A percentagem diminui para 85% para a segunda dose de PENTA e 74% para a terceira dose. De igual modo, 93% das crianças tomou Pólio 1 antes dos 12 meses e isto diminui para 83% na segunda e 70% na terceira dose. A cobertura da vaci- nação contra sarampo antes de 12/24 meses é de 65%, inferior em relação às outras vacinas. A febre- -amarela foi dada antes dos 12 meses de idade a aproximadamente 54% das crianças de 12-23 meses. Como consequência, a percentagem de crianças que tomou todas as vacinas recomendadas antes do seu primeiro/segundo aniversário é muito baixa, apenas 37%. Os números da cobertura individual para crianças de 24-35 meses de idade são geralmente inferiores aos de 12-23 meses de idade sugerindo que a cobertura da imunização nos primeiros anos de vida tem estado em média a diminuir na Guiné- Bissau entre 2006 (50%) e 2015 (37%). No que concerne a protecção contra o tétano, 71% das mulheres estão protegidas contra o Tétano, sen- do 60% as que receberam pelo menos duas doses durante a última gravidez, 11% as que receberam pelo menos duas doses nos três anos anteriores, e somente 1% as que receberam pelo menos três doses nos cinco anos que precederam o inquérito. De acordo com os resultados obtidos durante o inquérito MICS-5, 12% de crianças com menos de cinco anos tiveram diarreia nas duas semanas anteriores ao inquérito, 3% com sintomas de IRA e 16% um episódio de febre. Há diferenças maiores entre o meio urbano e o rural, no caso de diarreia, a percen- tagem é de 14% contra 10%, de IRA 3% contra 2% e em relação a episódio de febre, 19% contra 14%, respectivamente. O mais alto período de prevalência é visto em crianças de 12-23 meses (19%) o que corresponde em grande parte ao período de desmame. 6 GUINÉ-BISSAU Aproximadamente 47% das crianças com diarreia receberam um ou mais tratamentos com líquidos caseiros recomendados (isto é, foram tratadas com SRO ou qualquer líquido caseiro recomendado), ao passo que 22% recebeu zinco em xarope. Além disso, 17% recebeu SRO e zinco. Sobre terapia de reidratação oral, constata-se que 55% das crianças recebeu TRO e, ao mesmo tempo, a alimentação continuou, como recomendado pela OMS. Em geral, quanto a procura do um estabelecimento ou profissional da saúde em caso de diarreia, 47% dos casos são predominantemente no sector público (47%, incluindo agente de saúde comunitário (1%) contra apenas 3% do sector privado. Outra fonte registou 4%. Os dados mostram ainda que 48% não procurou aconselhamento e nem tratamento. Verifica-se que há mais procura de um estabeleci- mento ou profissional de saúde pelas crianças com diarreia no meio urbano (52%) do que no meio rural (43%). Constatou-se que, 34% de crianças de 0-59 meses com sintomas de IRA foram levadas a um profis- sional qualificado e um número considerável (28%) não procurou aconselhamento e nem tratamento. Ao mesmo tempo, 15% de crianças com menos de 5 anos com sintomas de IRA tomaram antibióticos durante as duas semanas anteriores ao inquérito. A percentagem foi consideravelmente mais elevada nas zonas urbanas (18%) do que nas zonas rurais (11%). Em relação a preparação das refeições, constata-se que a quase totalidade (98%) dos agregados uti- lizam combustíveis sólidos e qualquer que seja a categoria socioeconómica. Entre os AF que utilizam um combustível sólido para cozinhar, apenas 12% cozinham num quarto a parte dentro da casa, 54% dentro da casa em algures, 15% num edifício separado, 19% fora da casa é 0% num outro lugar. Em termos de disponibilidades de qualquer mosquiteiro nos agregados familiares, cerca de nove fa- mílias em cada dez (96%) possui pelo menos um mosquiteiro. A disponibilidade no agregado de pelo menos um mosquiteiro impregnado com insecticida de longa duração (MII) representa 90% a nível nacional e 92% dos MII foi usado durante a noite anterior ao inquérito. 99% dormiu sob um mosquitei- ro na noite anterior ao inquérito. Os dados ainda mostram que a percentagem de crianças a viver num agregado com pelo menos um MII e que dormiram na noite anterior sob um MII é de 88%. a proporção de mulheres grávidas que dormiram sob um mosquiteiro durante a noite anterior. 86% das mulheres grávidas que dormiram sob qualquer mosquiteiro na noite anterior ao inquérito 79% que dormiu sob um mosquiteiro impregnado com inseticida. Esta percentagem aumenta para 87% se apenas conside- rarmos as que vivem num agregado com pelo menos um MII. Os dados mostram que, 13% de todas as crianças com febre nas últimas duas semanas antes do inqué- rito foram tratadas com tratamento combinado baseado em Artemisina (ACT) e 3% tomou outros anti palúdicos. A percentagem de crianças com febre que foram tratados com ACT no mesmo dia ou no dia seguinte é de 10%. As que foram tirados sangue de um dedo ou calcanhar para análise a 23% de crianças com febre nas duas semanas anteriores ao inquérito Os dados mostram que ao nível do país, 92% das mulheres que tiveram filhos nos últimos dois anos antes do inquérito fizeram pelo menos uma consulta pré-natal, 70% das mulheres grávidas tomaram SP/Fansidar pelo menos uma vez durante uma consulta pré-natal e 19% das que tomaram pelo menos três ou mais vezes SP/Fansidar. 7Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Água e Saneamento Em relação as fontes de água, 75% da população está a usar uma fonte melhorada de água potável. Os dados ainda mostram que 5% de membros do agregado familiar no agregado que usam fontes de água não melhorada usam o método de tratamento adequado de água. O inquérito mostra que existem 60% dos agregados sem potável em casa. O que leva com que para a maioria desses agregados (88%), uma mulher adulta com 15+ anos é a pessoa que geralmente vai buscar água para beber, quando a fonte de água potável não fica em casa. Somente 5% dos homens adultos vão buscar água para beber, ao passo que para os restantes agregados, um rapaz ou uma menina de menos de 15 anos vai buscar água (1% e 6% respectivamente). E para mais de um terço de todos os agregados, são necessários mais de 30 minutos para chegar à fonte de água e trazer água. 9% dos que utilizam uma fonte melhorada de água levam 30 minutos ou mais para ir e voltar No que concerne a instalação sanitária, segundo os dados do MICS-5, 25% da população vivem em agregados com instalações sanitárias melhoradas para a evacuação de excrementos humanos, mas somente 13% da população utilizam instalações sanitárias melhoradas e não partilhadas, 7% com- partilham com 5 ou menos famílias a mesma instalação; 4% com mais de 5 famílias e 1% utilizam instalações públicas. Os agregados urbanos têm mais probabilidade de usarem uma instalação sani- tária melhorada não partilhada do que os agregados rurais (27% contra 2%). No total, somente 9% da população têm ambos acesso a fontes de água melhoradas e instalações sanitárias melhoradas não partilhadas. Apenas 11% dos agregados possuem um lugar específico para lavagem de mãos onde a água e sabão ou outro produto de limpeza estão presentes. Saúde Reprodutiva Atualmente, a taxa de fecundidade das adolescentes (15-19 anos) em Guiné-Bissau é de 106 por mil, e a percentagem de gravidez precoce (antes dos 18 anos) é de 28% entre as mulheres com 20-24 anos. Ao nível nacional, 16% das mulheres com 15-49 anos casadas ou em união de facto utilizam algum um método contraceptivo (14% utilizam um método moderno) e a percentagem de mulheres de 15-49 anos actualmente casadas ou em união com a necessidade de contracepção não satisfeita é igual 22%, das quais, por espaçamento 16% e por limitação 7%. No total, não registaram diferenças entre meio urbano e rural. Os dados da mesma tabela mostram ainda que 92% de mulheres que tiveram um nado vivo nos úl- timos dois anos antes do inquérito receberam cuidados pré-natais através de qualquer profissional qualificado, dos quais 19% por médicos e 74% por meio da enfermeira/parteira. Enquanto uma percen- tagem igual a 7% não receberam cuidados pré-natais. Os cuidados pré-natais prestados por profissio- nais qualificados são muito elevados em ambos os meios de residência com predominância do meio urbano, chegando atingir 97% de mulheres de 15-49 anos contra 90% no meio rural. 8 GUINÉ-BISSAU Independentemente do profissional de saúde, por características seleccionadas, quase nove em cada dez mães (88%) receberam cuidados pré-natais mais do que uma vez, e mais de metade das mães recebeu cuidados pré-natais pelo menos quatro vezes (65%) No que concerne ao parto, constata-se que 45% dos partos foram assistidos por um agente qualifica- do (parteira, enfermeira, médico) e 4% dos partos realizados nos últimos 2 anos foram por cesariana. No total, apenas 44% dos nascimentos na Guiné-Bissau, ocorrem numa estrutura de saúde, dos quais 43% ocorrem em estruturas do sector público e 2% em estruturas do sector privado. Cerca de cinco em cada dez nascimentos (55%) ocorrem em casa Quanto ao exame de saúde pós-natal para recém-nascidos, os resultados mostram que, 44% dos recém-nascidos faz um exame médico depois do nascimento enquanto se encontra na estrutura de saúde ou em casa. Relativamente às consultas PNC, apenas 3% e 2% ocorreram no primeiro ou no segundo dia depois do nascimento, respectivamente. Como consequência, um total de 55% de todos os recém-nascidos recebe um exame médico pós-natal. Para as mães, 43% são alvo de um exame médico depois do nascimento quer numa estrutura de saúde quer em casa. Relativamente a mortalidade nas idades entre 15-49 anos, os dados mostram que as taxas de morta- lidade globais para adultos de 15-49 anos são estimadas em 4 por 1000 pessoas no caso dos homens e 5 por 1000 pessoas no caso das mulheres. Em ambos os casos as taxas de mortalidade aumentam gradualmente com a idade. Quanto a mortalidade materna, os resultados mostram que a mortalidade materna na Guiné-Bissau para o período de 2007 a 2014 continua muito elevada e representa 900 por 100.000 mulheres Desenvolvimento na Pequena Infância De acordo com os dados referentes aos cuidados e educação na pequena infância, 13% de crianças de 36-59 meses está a frequentar um programa educativo organizado para a primeira infância. Os diferen- ciais urbano-rural e regionais são significativos – o número chega a 29% nas zonas urbanas, comparado com apenas 4% nas zonas rurais. Para um total de 34% das crianças de 36-59 meses, um membro adulto do agregado envolveu-se em quatro ou mais actividades que promovem a aprendizagem e a preparação para a escola durante os 3 dias que precederam o inquérito. O envolvimento dos pais nessas actividades é muito limitado e foi de apenas 0% e da mãe 3%. Os dados indicam ainda que 64% das crianças de 36-59 meses vive com o seu pai biológico contra 81% das crianças de 36-59 meses vive com a sua mãe biológica. Na Guiné-Bissau, apenas 1% das crianças de 0-59 meses vive em agregados em que pelo menos 3 livros infantis estão presentes para a criança (Tabela CD.3). A proporção de crianças com 10 ou mais livros é nula, ou seja 0%. Ao mesmo tempo, 31% das crianças de 0-59 meses tinha 2 ou mais tipos de brinque- dos para brincar em casa. Dados obtidos apontam que um total de 31% de crianças ficam em cuidados inadequados durante a semana anterior, ou porque ficaram sozinhas ou aos cuidados de outra criança. 9Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 A análise de quatro áreas do desenvolvimento infantil mostra que 89% das crianças tem um de- senvolvimento adequado a nível do desenvolvimento físico e 87% na área da aprendizagem, mas um desenvolvimento um pouco inferior (73%) na área sócio emocional e na área de leitura-cálculo (apenas 8%) apresenta a mais baixa pontuação de desenvolvimento adequado entre as crianças de 36-47 meses de idade Alfabetização e Educação Na Guiné-Bissau 51% das mulheres de 15-24 anos são alfabetizadas contra 70% dos homens. Para mulheres, esta taxa é maior no meio urbano (73%), contra 25% no meio rural. Comparativamente aos homens, a taxa é de 86% no meio urbano e 54% no meio rural. Em geral, 29% das crianças que estão a frequentar actualmente o primeiro ano do ensino primário frequentaram o pré-escolar no ano anterior. A proporção entre rapazes é ligeiramente inferior (28%) em relação às meninas (30%), Das crianças que têm idade de entrada no ensino primário (6 anos) na Guiné-Bissau, 31% está a frequentar o primeiro ano do ensino primário. A nível do país, a taxa líquida de frequência (TFL) no primário, ou seja a percentagem das crianças com idade de frequentar o ensino primário (7-12 anos) e que estão a frequentar realmente o ensino primário ou secundário é de 62%. Essa taxa líquida é quase igual para os rapazes (62%) e as raparigas (62%) mas é muito mais elevada no meio urbano onde aquela TLF é de 74% contra somente 54% no meio rural. Apenas menos um quarto (20%) das crianças está a frequentar o ensino secundário o que explica-se por parte, pelo forte atraso escolar dos alunos com 13-17 anos: Da parte restante, pouco mais de me- tade está a frequentar o ensino básico (58%), mas pouco menos de um quarto (22%) de crianças com idade para o ensino secundário está completamente fora da escola Em total, de todas as crianças que começam no primeiro ano, a maioria (73%) chegam ao 6º ano. Cons- tata-se uma pequena diferença entre a percentagem de rapazes e raparigas que entraram no primeiro ano do ensino primário e chegam ao último ano, representando 75% contra 72%, A taxa de conclusão do ensino primário é de 76% e 73% das crianças que estavam a frequentar o último ano do ensino primário no ano lectivo anterior está a frequentar o primeiro ano do ensino secundário no ano lectivo do inquérito. a paridade de género para o ensino primário é igual a 1, indicando que não há diferença na frequência do ensino primário meninas por rapazes, representando 62% e 62%, respectivamente. Contudo, o in- dicador cai para 0.81 no ensino secundário. 10 GUINÉ-BISSAU Proteção da Criança: De acordo com os dados do MICS-5, apenas 24% das crianças com idade entre 0-59 meses foram re- gistadas, 34% no meio urbano contra 17% no meio rural. Na Guiné-Bissau, mais de metade das crianças de 5-14 anos (51%) estão envolvidas no trabalho infantil. O trabalho infantil é mais frequente no meio rural (62% contra 37% no meio urbano), e é mais frequen- te entre as crianças de 5-11 anos, (56% contra 44% entre as crianças com 15-17 anos). A prática do tra- balho infantil é também ligeiramente mais frequente nas meninas (53%) do que nos meninos (50%). A frequência escolar das crianças com 5-14 anos envolvidas em trabalho infantil é de 50%, enquanto que 55% das crianças de 5-14 anos, fora do sistema do ensino, estão envolvidas no trabalho infantil. Sobre a disciplina das crianças, no total, 25% dos entrevistados acham que, para melhor educar uma criança, o castigo físico é necessário. Em relação ao casamento precoce, 12% das mulheres actualmente casadas ou em união conjugal tem uma idade compreendida entre 15-19 anos, contra menos de 1% entre os homens da mesma faixa etá- ria. 7% das mulheres entre 15-49 anos foram casadas ou começaram a viver em união conjugal antes dos 15 anos de idade, contra menos de 1% entre os homens do mesmo grupo de idades. Enquanto 37% das mulheres entre 20-49 anos foram casadas ou começaram a viver em união conjugal antes dos 18 anos, contra apenas 4% dos homens da mesma faixa etária. Entre as mulheres de 15-49 anos casadas ou em união conjugal, 44% estão a viver em regime polígamo, contra 26% dos homens da mesma faixa etária. Nas mulheres jovens entre 15-19 anos já casadas ou em união, 60% têm um marido/parceiro mais velho 10 anos ou mais. Essa taxa é de 47% entre as mulheres com 20-24 anos. A prevalência da excisão feminina no país é de 45% entre as mulheres dos 15 aos 49 anos. No meio rural, 50% das mulheres inquiridas são excisadas, contra 40% no meio urbano. A prevalência nas ra- parigas de 0-14 anos é de 50% a nível global. 13% das mulheres aprovam a continuidade da prática de excisão feminina, contra 81% que declaram estar de acordo com a abolição desta pratica. Em relação a Violência Domestica, 42% de Mulheres entrevistas declaram estar de acordo que para qualquer um dos motivos listados, se justifica que o homem pode bater na sua esposa, com maior se ela tiver a ousadia de discutir com ele (28%). Já em relação aos homens, somente 29% dos homens acham que para qualquer um dos motivos listados, o homem pode bater na esposa. O nosso inquérito mostra que 22% das crianças entre os 0-17 anos vivem num AF sem nenhum dos pais biológicos. De entre elas, 26% são do sexo feminino, contra 18 do sexo masculino. A maior percentagem das crianças que vivem sem nenhum dos pais, são as residentes no meio urbano 26% contra 19% do meio rural. VIH/SIDA, Comportamento sexual, crianças órfãs e vulneráveis A maioria das mulheres inquiridas com idade entre os 15-49 anos, (92%), já ouviu falar do VIH/SIDA, mas somente 26% têm um conhecimento aprofundado sobre as formas de transmissão do VIH/SIDA, 11Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 ou seja, rejeitam as 3 ideias erradas mais comuns e conhecem 2 formas de transmissão; 65% conhe- cem as 3 formas de transmissão de mãe para o filho. Essas percentagens são semelhantes entre as mulheres jovens, com idades entre 15-24 anos. Em relação ao teste do VIH/SIDA, nos últimos 12 meses, 10% das mulheres contra apenas 7% dos homens fizeram o teste do VIH/SIDA (8% entre as mulheres jovens entre 15-24 anos, contra 5% entre os homens da mesma faixa etária. Entre as Mulheres que fizeram o teste, 14% são residentes do meio urbano contra apenas 6% do meio rural, enquanto que entre os homens, 10% são do meio urbano e somente 35 do meio rural. Durante as consultas pré-natais 36% das mulheres foram testadas e rece- beram o resultado do teste, com maior percentagem entre as mulheres do meio urbano 59% contra 225 do meio rural. Relativamente ao comportamento sexual, 25% das mulheres jovens entre 15-24 anos declararam nun- ca ter tido relações sexuais, 18% tiveram relações sexuais antes dos 15 anos, e 10% tiveram relações sexuais com mais de um parceiro nos últimos 12 meses, 21% tiveram relações sexuais com um homem com 10 ou mais anos mais velho, 51% dessas relações são com parceiros não conjugais ou relações ocasionais. Das mulheres que tiveram relações sexuais com um parceiro não conjugal e não em coabi- tação, nos 12 últimos meses (53% usaram um preservativo na ultima relação sexual. Em relação aos homens, 29% declararam que nunca tiveram relação sexual ate a data do inquérito, 15% tiveram relações sexuais antes dos 15 anos, 27% já tiveram relações com mais de um parceiro nos últimos 12 meses. 64% dos jovens entrevistados declaram ter tido relações ocasionais (Parceiros não conjugais e não em coabitação) nos últimos 12 meses e 69% usaram um preservativo nessas relações ocasionais. Na Guiné-Bissau, 80% dos Homens são circuncisados, com maior enfase entre 5-9 anos (27%) e 10-14 anos (39%). A circuncisão masculina é uma prática corrente e que abrange todas as áreas de residência, tanto o meio urbano assim como o meio rural a percentagem dos circuncisados está acima dos 70%. A questão financeira tem uma influencia na circuncisão, uma vez que menos de 50% dos AF do quintil dos mais pobres, Acesso à Comunicação Social e Uso de Tecnologia da Informação/Comunicação: De acordo com as informações disponíveis, somente 15% das mulheres lê um jornal ou uma revista, 48% vê televisão, enquanto que a grande maioria 82% ouvem radio, pelos menos uma vez por semana. As mulheres com menos de 25 anos têm mais probabilidade de declarar exposição aos três meios de comunicação social, comparada com as mulheres com idades superior as 25 anos. Em relação aos ho- mens, 38% dos entrevistado com 15-49 anos, declararam ler um jornal, 60% vê televisão, e 95% ouve radio pelo menos uma vez por semana. Tanto as Mulheres assim como os homens, o meio de residência, as idades mais jovens, o nível de ins- trução e o quintil de bem-estar económico influencia muito na exposição aos meios de comunicação social. Os residentes nas zonas rurais, os mais velhos, os menos instruídos e os mais pobres são os menos expostos aos meios de comunicação social. 12 GUINÉ-BISSAU Já em relação ao uso de Tecnologia de Informação/Comunicação entre as mulheres de 15-24 anos, 12% já usou um computador, e 10% usou internet, enquanto que entre ao homens da mesma faixa etária, as percentagens são de 17% tanto para uso de computadores, assim como para internet. A utilização de um computador e da internet também está fortemente associada ao meio de residência, a Idade, ao nível de instrução e ao quintil de bem-estar económico. Bem-estar Subjetivo: Para análises deste capítulo foram selecionados três áreas específicas tais como: Satisfação com a es- cola, com o emprego e o rendimento. Os denominadores limitam-se aos que atualmente estão a fre- quentar a escola, os que têm um emprego e têm um rendimento. De uma forma genérica, na Guiné-Bissau, mais de 95% da população entrevistada tanto as Mulheres assim como os homens, sobretudo os jovens com idade compreendida entre 15-24 anos, estão satis- feitos com a vida em geral, com pequenas diferenças entre as regiões. Mas tanto o meio de residência, o nível de instrução, assim como os quintis de riqueza, não influenciam muito na perceção relativo a satisfação com a vida sobretudo em reação aos últimos 12 meses. Em relação a pontuação media de satisfação pessoal, constata-se que as mulheres estão mais satisfei- tas com a vida em comparação com os homens. Em reação as Regiões, as residentes nas Regiões de Oio e Biombo são mais satisfeitas, comparada com as residentes nas Regiões de Tombali e Gabu. (Ta- belas SW 2) Já em relação aos Homens, os mais satisfeitos são os residentes nas Regiões de Tombali e Gabu, e os menos satisfeitos com a vida, são os residentes na Região de Oio (SW 2M). Já em relação as espectativas futuras sobre a vida, no geral todas tem uma ótima perspetiva, assim como sonham com um futuro melhor, 72% para as Mulheres e 92% para os homens. Consumo de Tabaco: As informações recolhidas durante o inquérito mostra que na Guiné-Bissau, o consumo do tabaco é mais comum entre os homens do que entre as mulheres. 17% dos homens e apenas 1% de mulheres declararam já ter consumido um produto de tabaco. Ao passo que 3% das mulheres alguma vez con- sumiu qualquer outro produto de tabaco contra 26% de homens. O consumo de tabaco em qualquer altura no ultimo mês, entre as mulheres é mais comum no meio rural do que no meio urbano. A maior percentagem desse consumo pelas mulheres encontra-se nas Regiões de Bafatá e Gabu respetiva- mente (3% e 2%), ao passo que a maior proporção entre os homens encontra-se entre os residentes do maio rural 20%, contra 15% no meio urbano. Em relação a percentagem de mulheres residentes nos agregados com crianças menores de 5 anos, 1% consumiram em qualquer altura no último mês qualquer produto de tabaco contra 2% das que vivem 13Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 nos agregados sem nenhuma criança menor de 5 anos, ao passo que para os homens, esta percenta- gem representa 18% e 17%, respetivamente. O que mostra que, as crianças menores de 5 anos estão mais expostas ao fumo de qualquer outro produto de tabaco, pelos homens em comparação com as mulheres. Se entre as mulheres a maior parte das que consumiram em qualquer altura no último mês qualquer produto de tabaco está situada nas duas últimas faixas etárias (40-44 e 45-49 anos) com respetiva- mente 2% e 4%, para os homens, esta percentagem é mais alta nas faixas etárias intermedias (30-34 e 35-39 anos) com 30% e 34%, respetivamente. Consumo de Álcool: O consumo de álcool por mulheres e homens varia um tanto ou quanto por nível da educação e por quintis do bem-estar económico. Por exemplo, os mais instruídos consomem mais álcool do que os menos instruídos (19% das mulheres do nível secundário e mais contra 10% das sem nível, por sua vez, 29% dos homens do nível secundário e mais contra 11% dos sem nenhum nível). Enquanto que os quintis do bem-estar económico não obedecem os padrões da riqueza. Por exemplo, para as mulheres, a percentagem dos agregados mais pobres é mais elevada do que as restantes quintis com a exceção dos mais ricos. Para os homens, os mais pobres superam todas as outras categorias do bem-estar eco- nómico (Tabelas TA.3 e TA.3M). A maior proporção de consumo de álcool pelas mulheres encontra-se nas regiões de Bolama/Bijagós 26% e Biombo 25% e as de menor consumo são as Regiões de Gabu (2%) e Bafatá (4%). Entre os homens, as diferenças por regiões mostram que a maior proporção do consumo de álcool situa-se nas Regiões de Bolama/Bijagós (46) e Cacheu (37%) e as de menor consumo continuam as mesmas, ou seja, as Regiões de Gabu (3%) e Bafatá (7%). 15Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 I. INTRODUÇÃO CONTEXTO Este relatório baseia-se no quinto Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5), realizado em 2014 pelo Ministério da Economia e Finanças, através da Direcção Geral do Plano e do Instituto Nacional de Estatística. O inquérito fornece dados estatisticamente sólidos e internacionalmente comparáveis, essenciais para desenvolver políticas, planos e programas fundamentados e para monitorizar os pro- gressos a nível dos objectivos nacionais e dos compromissos mundiais. Entre estes compromissos mundiais há os que emanam da ‘‘Declaração do Milenio” do “Plano de Acção de Um Mundo Digno das Crianças’’, dos objectivos da Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre VIH/SIDA, da Declaração Educação para Todos e dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), assim como do Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (DENARP-II). 16 GUINÉ-BISSAU Um Compromisso de Passar à Acção: Responsabilidades Nacionais e Internacionais de Prestar Informações Os Governos que assinaram a Declaração do Milénio e o Plano de Acção de Um Mundo Digno das Crianças também se comprometeram a monitorizar os progressos rumo às metas e aos objectivos neles contidos. “Monitorizaremos regularmente a nível nacional e, conforme o caso, a nível regional e avaliaremos os progressos rumo aos objectivos e metas deste Plano de Acção a nível nacional, regional e mundial. Por- tanto, reforçaremos a nossa capacidade estatística nacional de recolher, analisar e desagregar dados, inclusive por sexo, idade e outros factores relevantes que possam conduzir a disparidades e apoiaremos uma vasta gama de investigações sobre a criança. Melhoraremos a cooperação internacional de modo a apoiar os esforços de capacitação estatística e de criar capacidade comunitária de monitorização, avalia- ção e planeamento”. (Um Mundo Digno das Crianças, parágrafo 60). “…Faremos avaliações periódicas a nível nacional e subnacional dos progressos a fim de ultrapassar mais eficazmente os obstáculos e acelerar as acções…” (Um Mundo Digno das Crianças, parágrafo 61). O Plano de Acção de Um Mundo Digno das Crianças (parágrafo 61) também apela ao envolvimento específico do UNICEF na preparação de relatórios intercalares periódicos: “… Na qualidade de agência principal para a infância, foi solicitado ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) que continuasse a preparar e divulgar, em estreita colaboração com Governos, fundos e programas relevantes e agências especializadas do Sistema das Nações Unidas e com todos os outros intervenientes relevantes, conforme o caso, informações sobre os progressos realizados na implementa- ção da Declaração e do Plano de Acção”. De igual modo, a Declaração do Milénio (parágrafo 31) pede informações periódicas sobre os pro- gressos: “…Solicitamos à Assembleia Geral que avalie regularmente os progressos realizados na implementação das disposições desta Declaração e pedimos ao Secretário-Geral que publique relatórios periódicos para consideração pela Assembleia Geral e como base para acções futuras”. Os resultados do MICS5 serão extremamente importantes para a elaboração do terceiro e último rela- tório nacional de avaliação dos ODM em 2015 e espera-se que também façam parte das informações de base para elaboração dos planos e programas nacionais de desenvolvimento assim como o Programa de Desenvolvimento Pós-2015 (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). Espera-se que o MICS5 contribua para a fundamentação de várias outras iniciativas importantes, in- cluindo o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, um movimento global para acabar com os óbitos infantis devido as causas evitáveis e o quadro de responsabilização proposto pela Comissão sobre Informação e Responsabilidade para a Estratégia Global para a Saúde de Mulhe- res e Crianças. 17Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 OBJECTIVOS DO INQUÉRITO O MICS5, realizado em 2014, tem como objectivos principais: • Fornecer informações actualizadas para a avaliação da situação das crianças e mulheres (incluindo homens) da Guiné.Bissau; • Disponibilizar dados necessários para a avaliação crucial dos progressos realizados em várias áreas e para a realização dos esforços adicionais que exigem mais atenção; • Fornecer dados necessários para monitorizar os progressos rumo aos objectivos fixados na Declaração do Milénio e outros objectivos acordados internacionalmente, como base para acção futura; • Contribuir no melhoramento do sistema de recolha e de seguimento dos indicadores na Guiné- Bissau e para o reforço de capacidade técnica em matéria de concepção, implementação e análise desse sistema; • Recolher dados desagregados para a identificação de disparidades, de modo a permitir a realização de políticas fundamentadas para a inclusão social dos mais vulneráveis; • Contribuir na produção de dados de base para a Agenda Pós-2015; • Validar dados de outras fontes e os resultados de intervenções focalizadas. 18 GUINÉ-BISSAU 19Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 II. AMOSTRA E METODOLOGIA DO INQUÉRITO CONCEPÇÃO DA AMOSTRA A amostra do Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) foi concebida para dar estimativas para um grande número de indicadores sobre a situação de crianças e mulheres (incluindo homens) a nível nacional para meios urbano e rural e para 9 regiões (Tombali, Quinara, Oio, Biombo, Bolama/Bijagós, Bafatá, Gabú, Cachéu e SAB). Os meios urbano e rural dentro de cada região foram identificados como principais estratos de amostragem e a amostra foi seleccionada em duas fases. Dentro de cada estrato, um número específico de Distritos de Recenseamento (DR) foi seleccionado sistematicamente com probabilidade proporcional ao tamanho. Depois de uma listagem de agregados familiares feita nos DR seleccionadas, uma amostra sistemática de 20 agregados familiares foi extraída de cada DR da amostra. Um DR seleccionado não foi visitado por falta de acesso devido à época chuvosa durante o período de actualização cartográfica. A amostra foi estratificada por região, meios urbano e rural e não é auto-ponderada. Para fins de reporte dos resultados a nível nacional foram utilizadas ponderações das amostras. Pode-se encontrar uma descrição mais detalhada da concepção da amostra no Apêndice A, “Concepção da Amostra”. QUESTIONÁRIOS Foram utilizados quatro questionários no inquérito: 1) Questionário Agregado Familiar, usado para re- colher informações demográficas básicas sobre todos os membros de jure do agregado (residentes habituais) e características do alojamento; 2) Questionário Individual Mulher, administrado em cada agregado familiar a todas as mulheres de 15-49 anos de idade; 3) Questionário Individual homem, ad- ministrado em cada segundo agregado a todos os homens de 15-49 anos de idade; e 4) Questionário para Crianças menores de 5 anos, administrado as mães (ou educadoras) para todas as crianças meno- res de 5 anos a viver no agregado. Os questionários incluíram os seguintes módulos: Questionário Agregado Familiar: • Lista dos Membros do Agregado Familiar • Nível de Instrução • Trabalho Infantil • Disciplina da Criança • Características do Agregado • Mosquiteiro Impregnado com Insecticida • Água e Saneamento • Lavagem das Mãos • Iodização do Sal 20 GUINÉ-BISSAU Questionário Individual Mulher foi administrado a mulheres de 15-49 anos de idade a viver no agre- gado familiar e incluiu os seguintes módulos: • Caracteristicas da Mulher • Acesso aos Mídias e Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) • Fecundidade/Histórico de Nascimentos • Desejo do Último Nascimento • Saúde Materna e Neonatal • Exames de Saude e Pós-Natal • Sintomas de Doença • Contracepção • Necessidades não Satisfeitas • Mutilação Genital Feminina/Fanado ou Excisão • Atitudes em Relação à Violência Doméstica • Casamento/União • Comportamento Sexual • VIH/SIDA • Mortalidade Materna • Consumo do Tabaco e do Álcool • Satisfação da Vida O Questionário Individual Homem foi administrado a todos os homens de 15-49 anos a viver na sub- -amostra seleccionada de agregados familiares e incluiu os seguintes módulos: • Caracteristicas do Homem • Acesso aos Mídias e Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) • Fecundidade • Atitudes sobre a Violência Doméstica • Casamento/União • Comportamento Sexual • VIH/SIDA • Circuncisão • Consumo do Tabaco e do Álcool • Satisfação da Vida O Questionário para Crianças Menores de Cinco Anos foi administrado a mães (ou educadoras) de crianças com menos de 5 anos a viver nos agregados. Normalmente, o questionário foi administrado a mães de crianças menores de 5 anos; nos casos em que a mãe não constava da lista do agregado fa- miliar, foi identificado o/a principal educador/a da criança e entrevistado/a. Questionário para Criança Menor de 5 anos1 de idade inclui os seguintes módulos: • Idade • Registo de Nascimento • Desenvolvimento da Pequena Infância • Aleitamento Materno e Alimentação • Vacinação • Tratamento de Doenças • Antropometria 1 Os termos “crianças menores de 5 anos” , “crianças de 0-4 anos” e “crianças de 0-59 meses” são usados indistintamente neste relatório. 21Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Os quatro questionários baseiam-se no questionário modelo MICS52. A partir do modelo MICS5 da versão francesa, os questionários foram adaptados e traduzidos em português e foram pré-testados de 17 a 19 de Dezembro de 2013, em Bissau (SAB) e nos Sectores de Prabís e Quinhamél (Região de Biom- bo). Com base nos resultados do pré-teste, foram efectuadas alterações na redacção e na tradução dos questionários. Uma cópia dos questionários do quinto Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) é apresentada no Apêndice F. Além da administração dos questionários, as equipas de trabalho de campo fizeram testes ao conteúdo de iodo do sal usado para cozinhar nos agregados, observaram o local para lavar as mãos e mediram o peso e a altura de crianças menores de 5 anos. Os pormenores das conclusões destas observações e medições encontram-se nas respectivas secções do relatório. FORMAÇÃO E TRABALHOS DE CAMPO A formação para o trabalho de campo foi realizada durante 26 dias, entre 4 de Fevereiro e 1 de Março de 2014. A formação comporta sessões técnicas de entrevistas e conteúdos dos questionários e simula- ções de entrevistas entre os formandos. No fim do período de formação, os formandos realizaram tra- balhos práticos durante um dia nos agregados familiares selecionados nalguns DR não selecionados para o inquérito principal no SAB (Bairros de Ajuda 1ª fase, Belém e Cuntum). Os dados foram recolhidos por 8 equipas de 8 elementos. Cada equipa é constituída por 1 inquiridor, 3 inquiridoras, 1 editor, 1 antropometrista, 1 supervisor e 1 condutor. Os trabalhos de terreno começaram em 17 de Março e terminaram em 16 de Julho de 2014. PROCESSAMENTO DE DADOS Os dados foram introduzidos utilizando software CSPro (Versão 5.0). A Digitação foi feita em 10 com- putadores por 20 digitadores divididos em dois grupos (O grupo do primeiro turno trabalha de 8:30 as 14:30 e do segundo turno trabalha de 14:30 as 20:00) e 1 supervisor por turno. Para segurar a qualida- de de dados, todos os questionários foram duplamente digitados e foi feita verificações de coerência interna. Foram respeitados os procedimentos e usados programas padrão desenvolvidos no âmbito do Programa Global MICS e adaptados ao questionário do MICS5. O processamento de dados começou em simultâneo com a recolha de dados no terreno, em Abril de 2014 e foi concluído em Agosto do mesmo ano. Os dados foram analisados usando o software de Pacote Estatístico para Ciências Sociais (SPSS), Versão 18. Os planos modelo de sintaxe e tabulação foram concebidos pela Equipa Tecnica do MICS Global/UNICEF e adaptados e usados para este fim. 2 Os questionários modelo MICS5 podem ser encontrados em mics.unicef.org 22 GUINÉ-BISSAU 23Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 III. COBERTRURA DA AMOSTRA E CARACTERÍSTICAS DE AGREGADOS E INQUIRIDOS COBERTURA DA AMOSTRA Dos 6820 agregados familiares seleccionados para a amostra (Tabela HH.1), 6685 encontravam-se ocu- pados. Destes, 6601 foram entrevistados com sucesso, correspondendo uma taxa de resposta de 99%. Nos agregados familiares entrevistados, 10744 mulheres de 15-49 anos de idade foram identificadas. Destas, 10234 foram entrevistadas com sucesso, obtendo uma taxa de resposta de 95%. O inquérito também incluiu homens de 15-49 anos de idade na amostra, mas precisava apenas de uma sub-amostra. Todos os homens (15-49 anos) foram identificados em cada segundo agregado. Assim, 4620 homens elegíveis de 15-49 anos de idade foram listados nos questionários do agregado familiar. Os questionários foram preenchidos (completos) para 4232 homens elegíveis entrevistados com su- cesso, o que corresponde a uma taxa de resposta de 92%. Houve um número de 7688 crianças menores de cinco anos listadas nos questionários do agregado familiar. Destas crianças, 7573 questionários foram preenchidos completos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 99%. As percentagens globais de respostas de 94% para o questionário das mulheres, 91% para o questio- nário dos homens e 97% para o questionário de crianças menores de 5 anos são calculadas para as entrevistas individuais de mulheres, homens e crianças (Tabela HH.1). As taxas de resposta dos agregados variam segundo o meio de residência na Tabela HH.1: Dos 6820 agregados familiares seleccionados, 2300 residem no meio urbano e 4520 no meio rural. Dentre estes foram entrevistados com sucesso 2170 agregados do meio urbano e 4431 do meio rural, correspon- dendo uma taxa de resposta de 97% e 100% respectivamente. Em relação aos outros questionários, verifica-se a mesma situação, ou seja, as taxas de resposta são mais altas no meio rural do que no meio urbano. Por exemplo, as taxas de resposta de mulheres de 15-49 anos de idade e de homens de 15-49 anos de idade residentes no meio rural são mais elevadas (96% e 93% respectivamente) do que os dos residentes no meio urbano (95% e 89% respectivamente). No que concerne às crianças menores de 5 anos, foram identificadas 7688 crianças elegíveis (as crianças filhos das mulheres entrevistadas e todas as crianças identificadas no agregado cuja mãe não vive no mesmo), das quais apenas 1992 vivem no meio urbano e a maioria, 5696 são residentes no meio rural. Entre as 7688 crianças elegíveis, foram recolhidas informações de 7573 repartidas da seguinte forma: 1963 do meio urbano e 5610 do meio rural. A taxa de resposta das crianças é de 99% a nível do país. 24 GUINÉ-BISSAU TA B E L A H H .1 :R E S U LT A D O S D A S E N T R E V IS TA S A A G R E G A D O S F A M IL IA R E S , M U L H E R E S , H O M E N S E C R IA N Ç A S M E N O R E S D E 5 A N O S N ú m er o d e ag re g ad o s fa m il ia re s, m u lh er es , h o m en s e cr ia n ça s co m m en o s d e 5 a n o s se g u n d o o s re su lt ad o s d e e n tr ev is ta s a ag re g ad o s, m u lh er es , h o m en s e cr ia n ça s co m m en o s d e 5 a n o s e ta xa s d e re sp o st as d e ag re g ad o s, m u lh er es h o m en s e cr ia n ça s co m m en o s d e 5 a n o s, M IC S 5 , G u in é -B is sa u , 2 0 14 T o ta l M ei o d e re si d ên ci a R eg iã o P ro ví n ci a U rb an o R u ra l T o m b al i Q u in ar a O io B io m b o B o la m a/ B ij ag ó s B af at á G ab ú C ac h eu S A B N o rt e L es te S u l S A B A g re g ad o s F am il ia re s: N a am os tr a 6 8 2 0 2 30 0 4 5 2 0 72 0 72 0 72 0 72 0 72 0 72 0 70 0 72 0 10 8 0 2 16 0 14 2 0 2 16 0 10 8 0 E n co n tr ad os 6 6 8 5 2 2 4 0 4 4 4 5 71 3 70 1 71 8 70 6 71 2 70 3 70 0 6 8 5 10 4 7 2 10 9 14 0 3 2 12 6 10 4 7 E n tr ev is ta d os 6 6 0 1 2 17 0 4 4 31 70 7 6 9 2 71 5 70 2 70 5 70 0 6 9 9 6 8 1 10 0 0 2 0 9 8 13 9 9 2 10 4 10 0 0 Ta xa d e re sp os ta d os a g re g ad os 9 8 .7 9 6 .9 9 9 .7 9 9 .2 9 8 .7 9 9 .6 9 9 .4 9 9 .0 9 9 .6 9 9 .9 9 9 .4 9 5 .5 9 9 .5 9 9 .7 9 9 .0 9 5 .5 M u lh er es : E le g ív ei s 10 74 4 39 6 3 6 78 1 10 9 2 10 39 15 4 9 10 6 5 8 6 9 13 36 10 34 77 1 19 8 9 33 8 5 2 37 0 30 0 0 19 8 9 E n tr ev is ta d as 10 2 34 37 6 8 6 4 6 6 10 33 10 0 3 14 78 10 5 3 8 4 2 12 8 5 9 73 71 1 18 5 6 32 4 2 2 2 5 8 2 8 78 18 5 6 Ta xa d e re sp os ta d as m u lh er es * 9 5 .3 9 5 .1 9 5 .4 9 4 .6 9 6 .5 9 5 .4 9 8 .9 9 6 .9 9 6 .2 9 4 .1 9 2 .2 9 3. 3 9 5 .8 9 5 .3 9 5 .9 9 3. 3 Ta xa g lo b al d e re sp os ta d as m u lh er es 9 4 .1 9 2 .1 9 5 .1 9 3. 8 9 5 .3 9 5 .0 9 8 .3 9 5 .9 9 5 .8 9 4 .0 9 1. 7 8 9 .1 9 5 .3 9 5 .0 9 4 .9 8 9 .1 H o m en s: E le g ív ei s 4 6 2 0 17 0 0 2 9 2 0 4 75 4 9 0 6 4 3 4 4 1 4 16 5 10 4 10 36 1 8 74 14 4 5 9 2 0 13 8 1 8 74 E n tr ev is ta d os 4 2 32 15 11 2 72 1 4 2 7 4 6 8 6 0 5 4 31 38 8 4 6 6 36 5 32 7 75 5 13 6 3 8 31 12 8 3 75 5 Ta xa d e re sp os ta d os h om en s 9 1. 6 8 8 .9 9 3. 2 8 9 .9 9 5 .5 9 4 .1 9 7. 7 9 3. 3 9 1. 4 8 9 .0 9 0 .6 8 6 .4 9 4 .3 9 0 .3 9 2 .9 8 6 .4 Ta xa g lo b al d e re sp os ta d os h om en s 9 0 .5 8 6 .1 9 2 .9 8 9 .1 9 4 .3 9 3. 7 9 7. 2 9 2 .4 9 1. 0 8 8 .9 9 0 .1 8 2 .5 9 3. 8 9 0 .1 9 1. 9 8 2 .5 C ri an ça s m en o re s d e 5 a n o s: E le g ív ei s 76 8 8 19 9 2 5 6 9 6 8 9 5 8 18 14 0 1 78 7 5 4 2 10 16 8 4 3 5 6 1 8 2 5 2 74 9 18 5 9 2 2 5 5 8 2 5 M ãe s/ e d u ca d or as en tr ev is ta d as 75 73 19 6 3 5 6 10 8 6 9 8 0 8 13 9 0 78 7 5 34 10 0 7 8 2 8 5 4 3 8 0 7 2 72 0 18 35 2 2 11 8 0 7 Ta xa d e re sp os ta d as cr ia n ça s < 5 a n os 9 8 .5 9 8 .5 9 8 .5 9 7. 1 9 8 .8 9 9 .2 10 0 .0 9 8 .5 9 9 .1 9 8 .2 9 6 .8 9 7. 8 9 8 .9 9 8 .7 9 8 .0 9 7. 8 Ta xa g lo b al d e re sp os ta cr ia n ça s < 5 a n os 9 7. 3 9 5 .5 9 8 .2 9 6 .3 9 7. 5 9 8 .8 9 9 .4 9 7. 6 9 8 .7 9 8 .1 9 6 .2 9 3. 4 9 8 .4 9 8 .4 9 7. 0 9 3. 4 *A s ta xa s g lo b ai s d e re sp os ta s ão c al cu la d as p ar a m u lh er es , h om en s e cr ia n ça s m en or es d e 5 a n os m u lt ip lic an d o a ta xa d e re sp os ta d o ag re g ad o p el as ta xa s d e re sp os ta d e m u lh er es , h om en s e cr ia n ça s co m m en os d e 5 a n os , r es p ec ti va m en te . 25Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Em relação à taxa de resposta dos Agregados familiares segundo as regiões de residência, as diferen- ças são ligeiras. As Regiões de Gabú, Bafata, Oio apresentam taxas de resposta de 100%, seguida das regiões de Biombo, Bolama/Bijagos, SAB e Cacheu com 99% cada. Já em relação à taxa de resposta das mulheres, as regiões de Biombo, Bolama/Bijagós e Bafatá, com 99%, 97% e 96% respectivamente, são as regiões onde foram observadas as maiores taxas de resposta, enquanto que as regiões de Cacheu e SAB apresentam taxas de 93%. E em relação à taxa de resposta dos homens, as regiões de Biombo, Quinara e Oio, com 98%, 96% e 94% respectivamente, são as regiões onde foram observadas as maiores taxas de resposta, enquanto que as regiões de Tombali e SAB, com 90% e 86%, são as regiões com menor taxa de resposta, sendo inferior a média nacional. No que diz respeito às taxas de resposta das crianças menores de 5 anos, as maiores taxas foram ob- servadas nas regiões de Biombo, Oio e Bafatá (100%, 99% e 99% respectivamente), e as menores taxas foram observadas nas regiões de Cacheu e SAB (97% e 98% respectivamente). CARACTERÍSTICAS DOS AGREGADOS FAMILIARES A distribuição ponderada por idade e sexo da população do inquérito é dada na Tabela HH.2. A distri- buição também é utilizada para produzir a pirâmide demográfica na Figura HH.1. Nos 6601 agregados familiares entrevistados com sucesso no inquérito, 47925 membros do agregado foram listados. Des- tes, 23408 são homens correspondendo a 49% e 24517 são mulheres, correspondendo a 51%. Por outro lado, com base nas informações descritas na tabela HH.2, o MICS5 estimou o tamanho médio dos agregados em 7,3 pessoas. 26 GUINÉ-BISSAU TABELA HH.2 : DISTRIBUÇÃO ETÁRIA DO AGREGADO FAMILIAR POR IDADE E SEXO Distribuição em percentagem e frequência de membros dos agregados familiares por faixa etária de cinco anos, faixa etária de dependên- cia e por crianças (0-17 anos) e adultos (18 anos ou mais), segundo o sexo, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Total Homens Mulheres Número Percentagem Número Percentagem Número Percentagem Total 47925 100.0 23408 100.0 24516 100.0 Idade 0-4 7571 15.8 3850 16.4 3721 15.2 5-9 7305 15.2 3728 15.9 3577 14.6 10-14 6066 12.7 3099 13.2 2966 12.1 15-19 5052 10.5 2548 10.9 2504 10.2 20-24 4396 9.2 2132 9.1 2265 9.2 25-29 3545 7.4 1602 6.8 1943 7.9 30-34 2979 6.2 1299 5.5 1681 6.9 35-39 2384 5.0 1115 4.8 1269 5.2 40-44 1826 3.8 836 3.6 991 4.0 45-49 1449 3.0 756 3.2 693 2.8 50-54 1807 3.8 768 3.3 1039 4.2 55-59 998 2.1 463 2.0 535 2.2 60-64 934 1.9 446 1.9 488 2.0 65-69 561 1.2 280 1.2 282 1.1 70-74 441 0.9 216 0.9 225 0.9 75-79 308 0.6 139 0.6 169 0.7 80-84 171 0.4 70 0.3 101 0.4 85+ 129 0.3 62 0.3 68 0.3 Em falta/NS 1 0.0 0 0.0 1 0.0 Faixa etária de dependência 0-14 20941 43.7 10677 45.6 10265 41.9 15-64 25371 52.9 11965 51.1 13406 54.7 65+ 1611 3.4 767 3.3 844 3.4 Em falta/NS 1 0.0 0 0.0 1 0.0 Crianças e Adultos Crianças de 0-17 anos 23792 49.6 12136 51.8 11656 47.5 Adultos de 18 anos ou + 24131 50.4 11272 48.2 12859 52.5 Em falta/NS 1 0.0 0 0.0 1 0.0 A Figura HH.1 mostra uma pirâmide de idades com base bastante larga e um topo muitíssimo estreito, confirmando que a população da Guiné-Bissau é muito jovem. Quase a metade da população (50%) tem idade compreendida entre 0 e 17 anos. A população idosa com 65 e mais anos de idade representa apenas 3% e esta proporção é igual em relação ao sexo feminino e masculino. Comparativamente com os dados do III Recenseamento Geral da População e Habitação (III RGPH/2009), nota-se uma pequena diferência em termos percentual na distribuição por idade e sexo da população do inquérito. Olhando para a Tabela HH.2, facilmente se pode notar que as faixas etárias alargadas de 0-14, 15-64 e 65 e mais anos representam respectivamente 44%, 53% e 3% da população total entrevistada no Inquérito MICS5. As mesmas faixas etárias alargadas representavam respectiva- mente 43%, 54% e 4% da população total recenseada pelo III RGPH/2009. 27Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 É de salientar que, tal como os MICS anteriores, ainda persiste a irregularidade na pirâmide demográ- fica, pois, as mulheres da faixa etária de 50-54 anos de idade continuam a apresentar excesso na pirâ- mide (Figura HH.1) cujas razões todavia são desconhecidas. Tratando-se duma faixa etária transitória da idade reprodutiva à idade não reprodutiva (50 e mais anos), torna-se difícil avaliar a idade para uma mulher que não conhece a sua idade e nem dispõe de nenhum documento oficial de identificação. Pre- sumem-se que as possíveis razões podem estar relacionadas com a declaração de idade (pode haver sobrestimação ou subestimação de idade nesta faixa etária). Figura HH. 1: Distribuição por idade e sexo da população do agregado MICS-5, Guiné-Bissau, 2014 As tabelas HH.3, HH.4 e HH.5 fornecem informações básicas sobre agregados, mulheres inquiridas de 15-49 anos, homens inquiridos de 15-49 anos e crianças menores de 5 anos de idade. São apre- sentados tanto os números ponderados como os não ponderados. Essa informação é essencial para a interpretação das conclusões apresentadas neste relatório e fornece informação de base sobre a re- presentatividade da amostra do inquérito. As restantes tabelas são apresentadas apenas com números ponderados1. A Tabela HH.3 fornece informações básicas sobre agregados familiares, incluindo o sexo do chefe do agregado familiar, região, província, meio de residência, número de membros do agregados familiares, nível de instrução do chefe do agregados familiares, religião, língua e etnia2 do chefe do agregados familiares. Estas características de base são utilizadas em quase todas as tabelas. 1 Ver Apêndice A: Concepção da Amostra, para mais pormenores sobre as ponderações da amostra. 2 Isso foi determinado perguntando: Qual é a religião do chefe/responsável do agregado familiar? Qual é a língua mais falada neste agregado? 28 GUINÉ-BISSAU TABELA HH.3: COMPOSIÇÃO DO AGREGADO FAMILIAR Distribuição em percentagem e frequência dos agregados familiares por características selecionadas, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de agregados Ponderado Não ponderado Total 100.0 6601 6601 Sexo do Chefe do Agregado Masculino 77.3 5104 5173 Feminino 22.7 1497 1428 Região Tombali 6.6 438 707 Quinara 3.7 242 692 Oio 12.4 819 715 Biombo 7.8 517 702 Bolama/Bijagós 2.8 186 705 Bafatá 9.4 619 700 Gabú 12.2 807 699 Cacheu 13.0 858 681 SAB 32.1 2116 1000 Província Norte 33.2 2194 2098 Leste 21.6 1426 1399 Sul 13.1 866 2104 SAB 32.1 2116 1000 Meio de residência Urbano 45.4 2994 2170 Rural 54.6 3607 4431 Número de membros do agregados 1 3.2 212 241 2 5.2 341 349 3 8.3 548 527 4 10.0 660 664 5 12.0 789 793 6 11.4 753 753 7 11.3 747 733 8 8.1 532 558 9 10+ 7.6 23.0 499 1519 487 1496 Nível de Instruçao do chefe do agregado Nenhum 43.9 2901 3133 Primário 30.0 1980 2088 Secundário e mais 25.5 1685 1348 Indice de Bem-Estar Económico O mais pobre 22.8 1507 2124 Segundo 18.7 1233 1389 Médio 17.5 1154 1260 Quarto 21.0 1385 1041 O mais rico 20.0 1323 787 Língua mais falada no agregado Português 0.2 14 11 Crioulo 36.9 2434 2041 Fula 20.7 1366 1312 Balanta 16.6 1093 1253 Mandinga 8.7 574 520 Manjaco 4.8 318 273 Mancanha 0.6 38 32 Papel 4.4 293 405 Outra língua 7.1 471 754 29Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TABELA HH.3 (CONTINUAÇÃO): COMPOSIÇÃO DO AGREGADO FAMILIAR Distribuição em percentagem e frequência dos agregados familiares por características selecionadas, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de agregados Ponderado Não ponderado Religião do chefe do agregado Católica 23.0 1521 1184 Evangélica 7.7 506 552 Muçulmana 43.3 2861 2781 Animista 20.7 1368 1677 Outra religião 0.7 49 71 Sem religião 4.5 296 336 Tamanho médio dos Agregados familiares 7.3 6601 6601 O número total ponderado e não ponderado de agregados é igual, pois as ponderações da amostra foram normalizadas. A tabela mostra também o tamanho médio ponderado do agregado estimado pelo inquérito. A Tabela HH.3 mostra que a maior parte dos agregados familiares, entrevistados, vivem no meio ru- ral (55%) contra 45% no meio urbano, o que corresponde às informações do 3º RGPH, realizado em 2009. A maioria dos agregados familiares é dirigida pelos homens: 77% dos chefes do AF são do sexo masculino e apenas 23% são do sexo feminino. Mais de três agregados em cada dez (32%) se encon- tram no SAB. A segunda região com maior número de agregados familiares é a Região de Cacheu (13%) seguida das regiões de Oio e Gabu com 12% cada. As regiões com menor número de agregados são Bolama/Bijagós (3%) e Quinara (4%). Em termos provínciais, a Norte regista o maior valor (33%), seguida do SAB na segunda posição com 32% e as Províncias Leste e Sul com 22% e 13% respectiva- mente. Analisando a língua mais falada nos agregados familiares, se pode constatar que as línguas mais faladas são Crioulo (37%), Fula (21%) e Balanta (17%). As restantes línguas, Mandinga, Manjaco, Papel, Mancanha e outras totalizam 25%. A maior parte dos chefes do agregados familiares (44%) não têm nenhum grau de instrução, 30% dos chefes do agregados familiares só têm o nível primário e 26% o nível secundário ou mais. Os agregados familiares com 10 ou mais membros representam 23% dos agregados entrevistados com sucesso. É de realçar que os agreagados familiares com um só membro representam apenas 3%. A religião muçulmana representa a mais alta percentagem dos agregados familiares entrevistados com sucesso (43%), a católica na segunda posição, abrangendo 23% e animista na terceira posição com 21%. As restantes, evangélica, outras e sem religião totalizam cerca de 13%. 30 GUINÉ-BISSAU CARACTERÍSTICAS DE INQUIRIDOS MULHERES E HOMENS DE 15-49 ANOS DE IDADE E CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS As tabelas HH.4, HH.4M e HH.5 fornecem informação sobre as características de base de mulheres e homens inquiridos de 15-49 anos e de crianças menores de 5 anos. Nas três tabelas, os números totais de observações ponderadas e não ponderadas são iguais, uma vez que as ponderações da amostra foram normalizadas (padronizadas). Além de fornecer informação útil sobre as características de base de mulheres, homens e crianças menores de cinco anos, as tabelas também pretendem mostrar os números de observações em cada categoria de base. Estas categorias são usadas em tabulações sub- sequentes deste relatório. TABELA HH.4: CARACTERÍSTICAS DE BASE DAS MULHERES Distribuição em percentagem e frequência de mulheres de 15-49 anos por características de base selecciona- das, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de mulheres Ponderado Nao ponderado Total 100.0 10234 10234 Região Tombali 6.0 615 1033 Quinara 3.2 328 1003 Oio 15.7 1608 1478 Biombo 7.0 712 1053 Bolama/Bijagós 2.0 204 842 Bafatá 10.4 1067 1285 Gabú 10.4 1069 973 Cacheu 8.6 883 711 SAB 36.6 3747 1856 Província Norte 31.3 3204 3242 Leste 20.9 2137 2258 Sul 11.2 1146 2878 Meio de residência Urbano 50.1 5132 3768 Rural 49.9 5102 6466 Idade 15-19 22.4 2291 2278 20-24 20.2 2071 2050 25-29 17.2 1758 1687 30-34 14.6 1497 1474 35-39 11.0 1130 1160 40-44 8.6 876 913 45-49 6.0 612 672 31Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TABELA HH.4 (CONTINUAÇÃO) : CARACTERÍSTICAS DE BASE DAS MULHERES Distribuição em percentagem e frequência de mulheres de 15-49 anos por características de base selecciona- das, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de mulheres Ponderado Nao ponderado Estado Civil Actualmente casada /em união 54.9 5616 5902 Viúva 2.8 290 292 Divorciada 0.5 54 50 Separada 3.5 361 320 Nunca se casou/ viveu em união 38.2 3913 3670 Maternidade e nascimentos recentes Nunca deu à luz 28.3 2892 2710 Já deu à luz 71.7 7342 7524 Deu à luz nos últimos 2 anos 29.7 3039 3196 Não deu à luz nos últimos 2 anos 42.0 4302 4328 Nível de instrução Nenhum 41.0 4200 4520 Primário 31.0 3177 3499 Secundário e mais 27.9 2856 2215 Indice de Bem-Estar Económico O mais pobre 17.6 1797 2558 Segundo 17.8 1827 2207 Médio 18.8 1923 2117 Quarto 21.6 2206 1811 O mais rico 24.2 2481 1541 Língua mais falada no agregado Português 0.2 18 19 Crioulo 40.5 4147 3379 Fula 19.4 1990 2051 Balanta 14.9 1527 1747 Mandinga 11.1 1141 1065 Manjaco 3.4 346 312 Mancanha 0.6 60 50 Papel 3.7 374 556 Outra lingua 6.2 632 1055 Religião do chefe do agregado Católica 23.7 2428 1827 Evangélica 7.7 792 829 Muçulmana 46.8 4793 4880 Animista 17.7 1811 2211 Outra religião 0.6 64 95 Sem religião 3.4 346 392 A Tabela HH.4 dá as características de base das mulheres inquiridas de 15-49 anos. A tabela inclui informação sobre a distribuição das mulheres segundo a região, província, meio da residência, ida- de, estado civil, se tem filhos, partos nos últimos dois anos, nível de instrução3, índice de bem-estar 3 Ao longo deste relatório, a não ser que indicado o contrário, “nível de instrução” refere-se ao mais alto nível de escolaridade atingido pelo inquirido quando é usado como variável sociodemográfica. 32 GUINÉ-BISSAU económico4, 5, religião do chefe do agregado, e a língua mais falada no agregado . Nesta tabela, nota-se que 50% das mulheres seleccionadas vivem no meio urbano e 50% vivem no meio rural. O SAB concentra a maior percentagem das mulheres de 15-49 anos de idade (37%) seguida de Oio com 16%, Bafatá e Gabú, ambas com 10% cada. As regiões de Bolama/Bijagós e Quinara são as de menor representatividade de mulheres em idade fértil, representantdo 2% e 3% respectivamente. Neste quadro, um número considerável de mulheres (22%) tem entre 15-19 anos, 20% têm entre 20- 24 anos e apenas 6% têm entre 45-49 anos. Em relação ao estado matrimonial, 55% das mulheres inquiridas afirmaram estar a viver no momento do inquérito em união de facto ou casada, enquanto que 38% das mulheres afirmaram que nunca na sua vida tinham sido casadas ou vivido em união de facto. Uma das possíveis explicações para um tão elevado número de mulheres que nunca foram casadas ou viveram em união de facto com um homem é a existência de uma população muito jovem com idade entre os 15-24 anos. De todas as mulheres de 15-49 anos inquiridas, 72% tinham tido pelo menos um filho e 28% nunca tinham tido filhos à data do inquérito, enquanto que em relação aos últimos 2 anos, 30% das mulheres inquiridas declararam que tiveram um filho nos últimos 2 anos que antecederam o inquérito, contra 42% que não tiveram filhos no mesmo período. A mesma tabela também destaca o baixo nível de instrução das mulheres: do total das mulheres inqui- ridas, 41% nunca frequentaram a escola ou não concluíram nenhuma classe do Ensino Primário, 31% só frequentaram e concluíram uma classe do nível primário e 28% das mulheres têm o nível secundário ou mais. Usando as respostas sobre os bens e as condições de habitação do questionário do Agregado Familiar, foi possível classificar todos os agregados inquiridos em 5 Quintis de Bem-Estar Económico: os mais pobres no primeiro quintil, até os mais ricos no quinto quintil. A tabela HH.4 mostra que as mulheres inquiridas estão repartidas equitativamente entre os 5 quintis. Assim, 24% das mulheres de 15-49 anos de idade pertencem aos agregados familiares dos mais ricos e 18% os mais pobres. 4 O índice de bem-estar económico é um indicador composto de riqueza. Para construir o índice de bem-estar económico, é feita a análise das compo- nentes principais usando informações sobre a posse de bens de consumo, características do alojamento, água e saneamento e outras características que estão relacionadas com o bem-estar económico do agregado para gerar ponderações (pontuações do factor) para cada item usado. Primeiro, as pontuações iniciais do factor são calculadas para a amostra total. Depois, pontuações do factor à parte são calculadas para os agregados em meios urbanos e rurais. Finalmente, as pontuações do factor urbano e rural são regredidas nas pontuações iniciais do factor para obter pontuações finais, combinadas, do factor para a amostra total. Faz-se isto para minimizar o viés urbano nos valores do índice de bem-estar económico. É então atribuído a cada agregado na amostra total uma pontuação de bem-estar económico com base nos bens possuídos por esse agregado e nas pontu- ações finais do factor obtidas como acima descrito. A população do agregado do inquérito é então classificada segundo a pontuação do bem-estar económico do agregado em que estão a viver e é dividida em 5 partes iguais (quintis) do mais baixo (o mais pobre) ao mais alto (o mais rico). No quinto inquérito aos indicadores múltiplos MICS5 da Guiné-Bissau, os seguintes bens e parametros foram usados nestes cálculos: o núme- ro de pessao por quarto para dormir, o material predominante no piso/chão do alojamento, na cobertura do alojamento, nas paredes externas, o principal tipo de combustível utilizado para cozinhar, a posse de electricidade, bens do gregado (rádio, televisor, telefone fixo, geleira/arca, com- putador de mesa, parabólica, mesa, DVD/ videogravadora, TV plasma, ventilador, ar condicionado), bens que possui um dos membros do agre- gado (relógio de mão, telefone móvel, laptop/notebook, bicicleta, motorizada, carroça puxada por um animal, carro ou carrinha, canoa a motor, cámara de filmagem), a propriedade do alojamento, a posse de conta bancária, posse de terra para agricultura, posse de animais, fonte de água potável, localização da fonte de água, tipo de instalação sanitária, a sua partilha, disponibilidade de aguá e de sabão no local para lavar as mãos. Presume-se que o índice de bem-estar económico capta a riqueza subjacente a longo prazo através de informações sobre os bens do agregado e pretende produzir uma classificação dos agregados por bem-estar económico, do mais pobre ao mais rico. O índice de bem-estar económico não fornece informações sobre a pobreza absoluta, rendimentos actuais ou níveis de despesas. As pontuações de riqueza calculadas são aplicáveis apenas ao conjunto de dados específico em que se baseiam. Podem ser encontradas mais informações sobre a construção do índice de bem-estar económico em Filmer, D. and Pritchett, L., 2001 “Estimating wealth effects without expenditure data – or tears: An application to educational enrolments in states of India”. Demography 38(1): 115-132. Rut- stein, S.O. and Johnson, K., 2004. The DHS Wealth Index. DHS Comparative Reports No. 6. Calverton, Maryland: ORC Macro and Rutstein, S.O., 2008. The DHS Wealth Index: Approaches for Rural and Urban Areas. DHS Working Papers No. 60. Calverton, Maryland: Macro International Inc. 5 Ao descrever os resultados do inquérito por quintis de bem-estar económico, é empregue terminologia apropriada quando se refere a cada membro do agregado, como por exemplo, “mulheres na população mais rica do agregado”, o que é usado indistintamente com “mulheres na população mais rica do inquérito” e semelhantes. 33Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TABELA HH.4M : CARACTERÍSTICAS DE BASE DOS HOMENS Distribuição em percentagem e frequência de homens de 15-49 anos por características de base seleccionadas, MICS5 Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de homens Ponderado Não ponderado Total 100 4232 4232 Região Tombali 6.0 252 427 Quinara 3.5 148 468 Oio 15.1 638 605 Biombo 6.7 284 431 Bolama/Bijagós 2.2 92 388 Bafatá 9.1 384 466 Gabú 9.6 408 365 Cacheu 9.5 401 327 SAB 38.4 1626 755 Província Norte 31.2 1322 1363 Leste 18.7 792 831 Sul 11.6 492 1283 SAB 38.4 1626 755 Meio de residência Urbano 51.1 2163 1511 Rural 48.9 2069 2721 Idade 15-19 26.2 1111 1146 20-24 20.2 855 857 25-29 14.5 612 592 30-34 12.6 532 519 35-39 10.3 437 433 40-44 8.3 352 370 45-49 7.9 333 315 Estado Civil Actualmente casado /em união 34.4 1457 1479 Viúvo 0.6 23 28 Divorciado 0.2 7 7 Separado 3.6 152 130 Nunca se casou/ viveu em união 61.3 2593 2588 Paternidade Pelo menos um filho vivo 45.0 1903 1898 Não tem filho vivo 54.7 2315 2326 Em falta/NS 0.3 14 8 Nível de instrução Nenhum 17.0 720 782 Primário 35.9 1518 1775 Secundário e mais 47.1 1994 1675 Indice de Bem-Estar Económico O mais pobre 17.1 724 1078 Segundo 17.9 756 944 Médio 18.7 792 905 Quarto 22.6 958 705 O mais rico 23.7 1001 600 34 GUINÉ-BISSAU TABELA HH.4M (CONTINUAÇÃO) : CARACTERÍSTICAS DE BASE DOS HOMENS Distribuição em percentagem e frequência de homens de 15-49 anos por características de base seleccionadas, MICS5 Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de homens Ponderado Não ponderado Língua mais falada no agregado Português 0.0 2 2 Crioulo 41.5 1758 1442 Fula 18.3 774 772 Balanta 15.2 642 778 Mandinga 10.2 433 405 Manjaco 3.4 144 118 Mancanha 0.4 16 18 Papel 3.3 139 214 Outra lingua 7.6 323 483 Religião do chefe do agregado Católica 23.8 1006 728 Evangélica 8.9 378 397 Muçulmana 44.7 1893 1916 Animista 18.4 778 967 Outra religião 0.6 23 43 Sem religião 3.6 153 181 De igual modo, a Tabela HH.4M fornece as características de base dos homens de 15-49 anos de idade inquiridos. A tabela mostra informações sobre a distribuição dos homens segundo a região, província, meio de residência, idade, estado civil, se tem filhos, nível de instrução, índice de bem-estar económi- co, religião do chefe do agregado e a língua mais falada no agregado. Esta tabela mostra que a maioria (51%) dos homens seleccionados vive no meio urbano contra 49% no meio rural. Em termos regionais, o SAB também concentra a maior percentagem dos homens de 15-49 anos de idade (39%), a região de Oio continua na segunda posição com 15%. As regiões de Bolama/ Bijagós e Quinara são as de menor percentagem de residentes de homens de 15-49 anos de idade, com 2% e 4% respectivamente. Neste quadro, os homens com idade compreendida entre 15-19 anos repre- sentam (26%), os da faixa etária de 20-24 anos situam-se em 20% e apenas 8% têm entre 45-49 anos. Em relação ao estado civil, 34% dos homens inquiridos afirmaram estar a viver no momento do inqué- rito em união de facto ou casado, enquanto que a maioria (61%) dos homens afirmaram que nunca na sua vida tinham sido casados ou vivido em união de facto. Uma das possíveis explicações para um tão elevado número de homens que nunca foram casados ou viveram em união de facto com uma mulher é a existência de uma população muito jovem com idade entre os 15-24 anos (46%). De todos os homens de 15-49 anos inquiridos, 45% declararam que já tiveram pelo menos um filho e 55% nunca tiveram filhos à data do inquérito. A mesma tabela também mostra que 17% dos homens de 15-49 anos de idade, entrevistados com sucesso, nunca frequentaram a escola ou não concluíram nenhuma classe do Ensino Primário, 36% só frequentaram e concluíram uma classe do nível primário e um número considerável destes homens (47%) tem o nível secundário ou mais. 35Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Usando as respostas sobre os bens e as condições de habitação do questionário do Agregado Familiar, foi possível classificar todos os agregados inquiridos em 5 Quintis de Bem-Estar Económico: dos mais pobres no primeiro quintil, até aos mais ricos no quinto quintil. Nesta optica, os homens inquiridos es- tão repartidos equitativamente entre os 5 quintis. Assim, 24% pertencem aos agregados dos mais ricos contra 17% dos mais pobres. As características de base de crianças menores de 5 anos são apresentadas na Tabela HH.5. Estas in- cluem a distribuição das crianças por várias características: sexo, região, província e meio de residência, idade em meses, quem respondeu ao questionário da Criança de menos de 5 anos, nível de instrução da mãe (ou da educadora), bem-estar económico e religião/língua/etnia. Esta tabela mostra que 51% das crianças menores de cinco anos seleccionadas são do sexo masculino e 49 do sexo feminino. Em relação ao meio de residência, constata-se que a maioria vive no meio rural (64%) e 36% no meio urbano. Observa-se que o SAB apresenta a maior percentagem das crianças menores de cinco anos de idade (24%) seguida de Oio com 21% e Bafatá e Gabú com 12% e 13% res- pectivamente. As regiões de Bolama/Bijagós e Quinara são as que apresentam a menor percentagem de crianças menores de cinco anos com 2% e 4% respectivamente. Por outro lado, 21% têm entre 12-23 meses de vida e 20% têm entre 24-35 meses, a mesma percenta- gem para as idades de 36-47 meses. Mais de metade (58% das crianças menores de 5 anos são filhos de mães ou educadoras sem nenhum nível de instrução, 27% de mães ou educadoras com o nível pri- mário e apenas 15% de mães ou educadoras com o nível secundário ou mais. Em relação à existência ou não de pobreza nos agregados onde estas crianças vivem, a Tabela HH.5 reporta que a maior parte das crianças inquiridas vive nos agregados mais pobres (23%) e apenas 14% das crianças menores de 5 anos vivem nos agregados mais ricos. TABELA HH.5 : CARACTERÍSTICAS DE BASE DAS CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS Distribuição em percentagem e frequência das crianças menores de 5 anos por características seleccionadas, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de crianças Ponderado Não ponderado Total 100.0 7573 7573 Sexo Masculino 50.8 3847 3832 Feminino 49.2 3726 3741 Região Tombali 7.4 561 869 Quinara 3.8 287 808 Oio 21.3 1611 1390 Biombo 7.6 576 787 Bolama/Bijagós 1.9 145 534 Bafatá 11.9 904 1007 Gabú 12.9 979 828 Cacheu 9.5 721 543 SAB 23.6 1789 807 Província Norte 38.4 2908 2720 Leste 24.9 1883 1835 Sul 13.1 993 2211 SAB 23.6 1789 807 36 GUINÉ-BISSAU TABELA HH.5 (CONTINUAÇÃO) : CARACTERÍSTICAS DE BASE DAS CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS Distribuição em percentagem e frequência das crianças menores de 5 anos por características seleccionadas, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem ponderada Número de crianças Ponderado Não ponderado Meio de residência Urbano 36.2 2743 1963 Rural 63.8 4830 5610 Idade 0-5 meses 11.0 833 830 6-11 meses 8.9 672 677 12-23 meses 21.3 1612 1591 24-35 meses 19.8 1501 1505 36-47 meses 19.8 1501 1491 48-59 meses 19.2 1455 1479 Inquirido no questionário da Criança menor de 5 anos A Mãe 90.1 6826 6779 Outro educador principal 9.9 747 794 Nível de instrução da mãe ** Nenhum 58.0 4390 4525 Primário 27.1 2054 2207 Secundário e mais 14.9 1129 841 Indice de Bem-Estar Económico O mais pobre 23.3 1763 2304 Segundo 22.5 1704 1864 Médio 22.0 1668 1720 Quarto 18.3 1388 1076 O mais rico 13.9 1049 609 Língua mais falada no agregado Português 0.1 5 5 Crioulo 27.9 2112 1782 Fula 24.5 1852 1777 Balanta 18.9 1430 1600 Mandinga 13.8 1045 897 Manjaco 3.3 247 221 Mancanha 0.4 13 11 Papel 4.5 338 471 Outra lingua 7.0 531 809 Religião do chefe do agregado Católica 15.7 1193 943 Evangélica 7.0 528 587 Muçulmana 52.2 3951 3776 Animista 21.0 1592 1878 Outra religião (0.4) 31 59 Sem religião 3.7 279 330 ** Nesta tabela e ao longo do relatório, a educação da mãe refere-se ao nível de educação atingido pela mãe ou a/o educadora principal das crianças menores 5 anos que responderam ao questionário para menor de 5 anos no caso em que a mãe esteja morta ou vive num outro lugar. 37Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 CARACTERÍSTICAS DO ALOJAMENTO, POSSE DE BENS E INDICE DE BEM-ESTAR ECONÓMICO As Tabelas HH.6, HH.7 e HH.8 dão mais pormenores sobre características a nível do agregado. HH.6 apresenta as características do alojamento, desagregadas por meio de residência e região, província, distribuídas por alojamento com ou sem electricidade, os principais materiais do pavimento, telhado e paredes exteriores bem como o número de quartos usados para dormir. A Tabela HH.6 mostra que nos 6601 agregados entrevistados, apenas 17% do total declararam que vi- vem nos alojamentos com electricidade contra 83% sem electricidade. Em relação ao meio de residên- cia, somente 33% dos alojamentos tem electricidade, contra 70% sem electricidade no meio urbano e apenas 4% dos alojamentos com electricidade no meio rural contra 96% sem electricidade. Em termos regionais, para além do SAB, onde 40% dos agregados familiares vivem nos alojamentos com electri- cidade contra 60% sem electricidade, nas restantes regiões a percentagem dos AF com eletricidade é muito baixa (varia entre 4% em Bafatá e Cacheu a 10% em Gabú). A mesma situação prevalece nas províncias. No que concerne ao material de construção predominante no pavimento (piso/chão), a mesma tabela mostra que o material natural é o mais predominante no pavimento da maioria dos alojamentos dos agregados entrevistados (57%) e apenas 42% são de material acabado. Em relação ao meio de residên- cia, a proporção dos materiais de pavimento é de 23% de material natural contra 77% de material aca- bado no meio urbano e de 86% de material natural contra 14% de material acabado no meio rural. Com a excepção do SAB com 15% de material natural contra 84% de material acabado, o material natural é o mais predominante no pavimento em todas as regiões do país com mais de 70%. A situação é bastante melhor em relação ao material de construção predominante na cobertura dos alojamentos. No total, o material acabado é o mais predominante na cobertura da maioria dos alo- jamentos dos agregados entrevistados (76%) e 24% são de material natural. Em relação ao meio de residência, a proporção dos materiais de cobertura é de 97% de material acabado contra 4% de material natural no meio urbano e de 59% de material acabado contra 41% de material natural no meio rural. No SAB, esta proporção é de 99% de material acabado contra 1% de material natural, Também o material acabado é predominante na cobertura em todas as regiões das Províncias do Norte e do Leste do país, variando entre 63% em Gabú e 77% em Cacheu. Na Província Sul (Bolama/Bijagós, Quinara e Tombali) a percentagem do material natural continua alta, variando entre de 56% em Quinara e 65% em Bola- ma/Bijagõs. No que se refere ao material de construção utilizado nas paredes externas, a Tabela HH.6 mostra que em termo global, o material rudimentar é o mais utilizado na construção das paredes externas (75%) seguido do material natural com 15% e o material acabado com apenas 11%. Ao nível das regiões, com a excepção da Região de Biombo (47%), o material rudimentar é o mais predominante, variando entre 65% no SAB e 99% na Região de Quinara. No que diz respeito às divisões utilizadas para dormir, a maioria dos agregados familiares entrevistados (61%), utilizam 3 ou mais divisões para dormir, 24% utilizam 2 divisões para dormir e 15% utilizam 1 divisão para dormir. Em media, a nível nacional 2,5 pessoas dormem por divisão. Enquanto por região, este número varia entre 2,0 e 3,0 pessoas por divisão. 38 GUINÉ-BISSAU TA B E L A H H .6 : C A R A C T E R ÍS T IC A S D O A L O JA M E N T O D is tr ib u iç ão p er ce n tu al d o s ag re g ad o s p o r ca ra ct er ís ti ca s se le cc io n ad as d o s al o ja m en to s, s eg u n d o o m ei o d e re si d ên ci a, r eg iõ es e p ro ví n ci as , M IC S 5 , G u in é -B is sa u , 2 0 14 To ta l M ei o d e re si d ên ci a R eg iã o P ro ví n ci a U rb an o R u ra l To m b al i Q u in ar a O io B io m b o B o la m a/ B ija g ó s B af at á G ab ú C ac h eu S A B N o rt e Le st e S u l S A B E le ct ri ci d ad e S im 17 .2 33 .1 4 .0 10 .2 4 .8 5 .2 5 .2 5 .2 4 .4 10 .4 4 .4 4 0 .2 4 0 .2 4 .9 7. 8 7. 6 N ão 8 2 .8 6 6 .9 9 6 .0 8 9 .8 9 5 .2 9 4 .8 9 4 .8 9 4 .8 9 5 .6 8 9 .6 9 5 .6 5 9 .8 5 9 .8 9 5 .1 9 2 .2 9 2 .4 E m fa lt a/ N S 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 P av im en to C h ão n at u ra l 5 7. 3 2 2 .5 8 6 .1 8 3. 2 79 .8 8 4 .7 73 .6 78 .7 71 .3 76 .3 72 .3 15 .3 15 .3 77 .2 74 .1 8 1. 3 P av im en to r u d im en ta r 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 P av im en to a ca b ad o 4 2 .3 76 .7 13 .7 16 .8 19 .9 15 .1 2 6 .2 2 1. 2 2 8 .4 2 3. 7 2 7. 1 8 3. 7 8 3. 7 2 2 .4 2 5 .7 18 .6 O u tr os 0 .5 0 .7 0 .2 0 .0 0 .3 0 .2 0 .2 0 .1 0 .3 0 .0 .5 1. 0 1. 0 0 .3 0 .1 0 .1 E m fa lt a/ N S 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 T ec to Te ct o n at u ra l 2 4 .0 3. 5 4 1. 0 5 6 .2 5 5 .8 36 .1 2 6 .6 6 5 .2 2 2 .9 36 .8 2 1. 5 1. 1 1. 1 2 8 .2 30 .8 5 8 .0 Te ct o ru d im en ta r 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 Te ct o ac ab ad o 75 .8 9 6 .5 5 8 .6 4 3. 8 4 3. 9 6 3. 9 73 .4 34 .3 76 .2 6 3. 2 77 .6 9 8 .9 9 8 .9 71 .5 6 8 .9 4 1. 8 O u tr os 0 .2 0 .0 0 .4 0 .0 0 .3 0 .0 0 .0 0 .5 0 .9 0 .0 0 .9 0 .0 0 .0 0 .3 0 .4 0 .2 E m fa lt a/ N S 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 P ar ed es e xt er io re s P ar ed e n at u ra l 14 .6 10 .1 18 .3 0 .5 0 .7 1. 4 5 0 .7 3. 0 2 .1 2 6 .1 30 .2 9 .3 9 .3 2 4 .3 15 .7 1. 1 P ar ed e ru d im en ta r 74 .6 6 9 .4 78 .9 9 3. 0 9 8 .5 9 8 .1 4 6 .8 9 2 .4 8 7. 8 70 .2 6 7. 0 6 5 .1 6 5 .1 73 .8 77 .8 9 4 .4 P ar ed e ac ab ad o 10 .5 2 0 .1 2 .6 6 .5 0 .6 0 .6 2 .6 1. 9 10 .2 3. 5 2 .8 2 5 .0 2 5 .0 1. 9 6 .4 3. 9 O u tr os 0 .3 0 .4 0 .2 0 .0 0 .2 0 .0 0 .0 2 .7 0 .0 0 .1 0 .0 0 .6 0 .6 0 .0 0 .1 0 .6 Q u ar to s u ti li za d o s p ar a d o rm ir 1 15 .3 2 1. 9 9 .8 5 .8 5 .2 1. 8 15 .5 15 .9 7. 6 16 .9 14 .9 2 5 .3 2 5 .3 10 .1 12 .9 7. 8 2 2 4 .1 2 8 .8 2 0 .1 15 .9 13 .7 8 .9 33 .2 33 .6 11 .7 2 2 .6 30 .4 31 .4 31 .4 2 3. 0 17 .9 19 .1 3 ou m ai s 6 0 .6 4 9 .2 70 .1 78 .3 8 1. 1 8 9 .3 5 1. 3 5 0 .5 8 0 .6 6 0 .5 5 4 .7 4 3. 2 4 3. 2 6 6 .8 6 9 .2 73 .1 E m fa lt a/ N S 0 .0 0 .1 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .1 0 .1 0 .0 0 .0 0 .0 T o ta l 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 N ú m er o d e ag re g ad o s 6 6 0 1 2 9 9 4 36 0 6 4 38 2 4 2 8 19 5 17 18 6 6 19 8 0 7 8 5 8 2 11 6 2 19 4 14 2 6 8 6 6 2 11 6 N ú m er o m éd io d e p es so as p o r q u ar to u sa d o p ar a d o rm ir 2 .5 2 .8 2 .2 2 .0 2 .1 2 .3 2 .5 2 .2 2 .2 2 .5 2 .0 3. 0 2 .3 2 .4 2 .0 3. 0 39Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Na Tabela HH.7 os agregados familiares são distribuídos segundo a posse de bens pelos agregados e por pelo menos um membro do agregado. Isto também abrange a posse do alojamento. Segundo esta tabela, dos 6601 agregados familiares entrevistados em todo o território nacional, 73% dos agregados possuem rádio em casa, sendo 78% no meio urbano e 68% no meio rural. Em relação às regiões, a proporção de agregados com rádio varia entre 59% na Região de Biombo e 77% no SAB. Relativamente à posse de outros bens, tais como televisor, geleira/arca, computador de mesa, mesa, DVD/Vídeogravador e ventilador, a proporção dos agregados que possuem esses bens em casa é bastante reduzida: 24% possuem televisor, 10% geleira/arca, 2% computador de mesa, 47% mesa, 18%, DVD/Videogravador e 12% ventilador em casa. Em relação ao meio de residência, nota-se uma grande diferença em termos de posse destes bens entre os agregados do meio urbano e os do meio rural. Por exemplo, 45% dos agregados no meio urbano possuem televisor contra apenas 7% no meio rural; 22% possuem geleira/arca no meio urbano contra 1% no meio rural, etc. Em relação às regiões, a proporção de agregados com posse destes bens é muito baixa com a excepção do SAB, onde se pode notar alguma melhoria. Com efeito, 51% dos agregados do SAB possuem televisor em casa, 27% geleira/arca, 74% mesa, 38%, DVD/Videogravador e 31% possuem ventilador em casa. No que concerne à percentagem dos agregados com posse de terra para agricultura e com posse de animais domésticos ou de pecuária, a Tabela HH.7 mostra que dos 6601 agregado familiar entre- vistados, em todo o território nacional, 66% dos agregados possuem terra para agricultura, sendo 36% no meio urbano e 90% no meio rural. Em relação às regiões, com a excepção do SAB (28%), a proporção de agregados com posse de terra para agricultura varia entre 66% na Região de Biombo e 93% na Região de Oio. Também, dos 6601 agregados familiares entrevistados, em todo o território nacional, 65,9% pos- suem animais domésticos ou da pecuária, sendo 40% no meio urbano e 88% no meio rural. Em relação às regiões, com a excepção do SAB (32%), a proporção de agregados com posse de animais, varia entre os 75% na Região de Cacheu e 90% na Região de Quinara. No que concerne a percentagem de agregados onde pelo menos um membro possui relógio, tele- móvel, laptop/Notebook, bicicleta, motorizada, carroça puxada por animal, carro ou camião, canoa a motor, câmara de filmagem e conta bancária, a mesma tabela apresenta os seguintes dados: Nos 6601 AF entrevistados, em todo o território nacional, 91% possui um telemóvel; 41% uma bicicleta; 38% um relógio; e 14% dos agregados onde pelo menos um membro possui uma conta bancária. As restantes percentagens de posse de bens variam entre 1% (Canoa a motor) e 10% (motorizada). Em relação ao meio de residência, nota-se uma grande disparidade em termos de percentagem de agregados onde pelo menos um membro possui um bem entre os agregados do meio urbano e os do meio rural. Por exemplo, 49% dos agregados onde pelo menos um membro possui um relógio no meio urbano contra 30% no meio rural; 97% possuem telemóvel no meio urbano contra 86% no meio rural, 25% possuem conta bancária no meio urbano contra apenas 4% no meio rural, etc. 40 GUINÉ-BISSAU Da análise por regiões, nota-se que a proporção da percentagem dos agregados onde pelo menos um membro possui um desses bens apresenta uma disparidade grande entre as regiões, com a excepção da posse de telemóvel, cuja percentagem mantem-se muito alta em todas as regiões, va- riando entre 75% na Região Bolama/Bijagós e 97% no SAB. A Tabela HH.7 apresenta ainda a situação de propriedade do alojamento, ou seja, a percentagem de agregados onde un membro é ou não proprietário do alojamento, ou se o alojamento é arrenda- do ou não. Das informações disponibilizadas, 76% dos agregados vivem em alojamento onde um membro é proprietário e 24% onde nenhum membro é proprietário. Destes últimos, 19% vivem em alojamento arrendado e 5% vivem em “Outro” (não é proprietário do alojamento e nem rendeiro). Quanto ao meio de residência, no meio urbano, mais de metade dos agregados familiares (55%) vive em alojamento onde um membro é proprietário e 45% onde nenhum membro é proprietário. No meio rural, mais de três quarto (93%) dos agregados vivem em alojamento onde um membro é proprietário e apenas 7% dos agregados onde nenhum membro é proprietário. Em termos regionais, nota-se que, com excepção do SAB (48%), mais de 80% de alojamentos em todas as regiões são ocupados por agregados onde pelo menos um membro é proprietário. 41Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TA B E L A H H .7 : B E N S D O A G R E G A D O F A M IL IA R E B E N S P E S S O A IS P er ce n ta g em d e ag re g ad o s se g u n d o o p o ss e d e b en s d o ag re ag ad o fa m il ia r e d e in d iv íd u o s se le cc io n ad o s e d is tr ib u iç ão p er ce n tu al p o r p o ss e d o al o ja m en to , s eg u n d o o m ei o d e re si d ên ci a, a r eg iã o e a p ro ví n ci a, M IC S 5 , G u in é -B is sa u , 2 0 14 To ta l M ei o d e re si d ên ci a R eg iã o P ro ví n ci a U rb an o R u ra l To m b al i Q u in ar a O io B io m b o B ol am a/ B ija g ós B af at á G ab ú C ac h eu S A B N o rt e Le st e S u l S A B P er ce n ta g em d e ag re g ad o s q u e p o ss u em : R ád io 72 .5 78 .2 6 7. 8 6 8 .4 72 .5 6 8 .3 5 8 .6 6 5 .8 76 .7 75 .2 71 .3 77 .2 6 7. 2 75 .9 6 9 .0 77 .2 T el ev is ão 2 4 .2 4 4 .5 7. 3 1 1. 8 9 .8 8 .2 11 .3 8 .1 13 .1 15 .4 11 .5 5 0 .8 10 .2 14 .4 10 .4 5 0 .8 T el ef on e fi xo 0 .5 1. 0 0 .0 0 .1 0 .3 0 .1 0 .1 0 .0 0 .3 0 .0 0 .0 1. 3 0 .1 0 .1 0 .1 1. 3 G el ei ra /A rc a 10 .4 2 2 .0 0 .8 2 .0 1. 2 2 .2 3. 5 1. 7 2 .7 3. 6 2 .0 2 7. 2 2 .4 3. 2 1. 7 2 7. 2 C om p u ta d or d e m es a 1. 9 3. 9 0 .2 0 .4 1. 1 0 .4 0 .9 0 .0 0 .4 0 .1 0 .1 5 .1 0 .4 0 .3 0 .5 5 .1 P ar ab ól ic a 7. 6 15 .0 1. 5 2 .8 2 .7 1. 5 1. 7 0 .6 2 .5 5 .7 2 .8 17 .7 2 .0 4 .4 2 .3 17 .7 M es a 4 7. 3 6 9 .7 2 8 .8 5 5 .6 38 .0 2 6 .2 2 8 .2 15 .9 34 .7 4 1. 0 34 .1 73 .7 2 9 .8 38 .3 4 2 .2 73 .7 D V D /V id eo g ra va d or 17 .6 32 .8 5 .0 10 .1 5 .4 5 .0 6 .3 3. 9 8 .4 13 .5 7. 4 37 .8 6 .2 11 .3 7. 4 37 .8 T V P la sm a 3. 4 7. 2 0 .2 0 .3 0 .1 0 .5 0 .9 0 .0 0 .7 1. 5 1. 1 8 .9 0 .9 1. 1 0 .2 8 .9 V en ti la to r 12 .2 2 5 .3 1. 4 1. 7 1. 4 2 .8 4 .4 2 .6 3. 9 5 .5 2 .7 30 .9 3. 1 4 .8 1. 8 30 .9 A R C on d ic in ad o 0 .8 1. 7 0 .0 0 .0 0 .0 0 .1 0 .2 0 .1 0 .0 0 .0 0 .0 2 .3 0 .1 0 .0 0 .0 2 .3 P er ce n ta g em d e ag re g ad o s co m : T er ra p ar a ag ri cu lt u ra 6 5 .5 36 .3 8 9 .8 8 7. 6 8 0 .7 9 3. 0 6 6 .0 71 .2 9 0 .6 8 4 .8 79 .2 2 7. 8 8 1. 2 8 7. 3 8 2 .2 2 7. 8 A n im ai s d a fa ze n d a/ P ec u ár ia 6 5 .9 39 .9 8 7. 5 8 0 .4 8 9 .8 8 8 .2 77 .3 79 .8 8 2 .3 8 4 .5 75 .4 31 .8 8 0 .7 8 3. 5 8 2 .9 31 .8 P er ce n ta g em d e ag re g ad o s em q u e p el o m en o s u n m em b ro p o ss u i: R el óg io 38 .4 4 9 .0 2 9 .7 34 .5 36 .0 2 9 .2 19 .6 34 .5 38 .9 33 .6 30 .2 5 3. 1 2 7. 3 35 .9 34 .9 5 3. 1 T el em óv el 9 1. 0 9 7. 0 8 6 .0 9 2 .6 9 3. 7 9 2 .1 8 5 .1 75 .0 8 7. 7 8 1. 9 9 0 .7 9 7. 4 8 9 .9 8 4 .4 8 9 .1 9 7. 4 La p to p /N ot eb oo k 6 .2 12 .5 1. 0 1. 5 1. 9 1. 7 2 .1 1. 9 1. 5 2 .1 2 .4 15 .4 2 .0 1. 9 1. 7 15 .4 B ic ic le ta 4 1. 4 2 7. 2 5 3. 2 4 9 .7 4 3. 6 6 0 .9 13 .1 17 .1 6 9 .7 70 .7 5 5 .9 15 .5 4 7. 7 70 .3 4 1. 0 15 .5 M ot or iz ad a 9 .5 9 .6 9 .4 13 .3 8 .0 10 .0 4 .3 5 .0 16 .1 17 .0 7. 7 6 .2 7. 7 16 .6 10 .1 6 .2 C ar ro ça p u xa d a p or a n im al 5 .6 1. 2 9 .3 0 .0 0 .1 10 .1 0 .2 0 .0 12 .9 2 2 .8 0 .9 0 .6 4 .2 18 .5 0 .0 0 .6 C ar ro o u c ar ri n h a 5 .9 11 .1 1. 6 1. 1 1. 5 1. 8 4 .1 0 .6 2 .8 2 .3 2 .9 13 .5 2 .8 2 .5 1. 1 13 .5 C an oa a m ot or 1. 3 0 .8 1. 8 4 .4 0 .4 0 .3 1. 4 5 .3 0 .6 0 .1 3. 7 0 .6 1. 9 0 .3 3. 5 0 .6 C am ar a d e fi lm ag em 3. 0 6 .0 0 .6 0 .5 0 .5 0 .2 0 .8 0 .3 2 .2 1. 1 1. 5 7. 3 0 .8 1. 6 0 .4 7. 3 C on ta b an cá ri a 13 .5 2 5 .1 3. 8 4 .3 3. 3 2 .0 7. 8 5 .1 4 .8 5 .9 9 .2 30 .3 6 .2 5 .4 4 .2 30 .3 P ro p ri ed ad e d o a lo ja m en to P er te n ce a u m m em b ro d o ag re g ad o 75 .9 5 5 .0 9 3. 3 9 3. 9 9 3. 1 9 5 .7 79 .0 8 6 .0 9 2 .3 9 2 .6 8 0 .6 4 8 .0 8 5 .9 9 2 .5 9 2 .0 4 8 .0 N ão é p ro p ri ét ar io 2 4 .1 4 5 .0 6 .7 6 .1 6 .9 4 .3 2 1. 0 14 .0 7. 7 7. 4 19 .4 5 2 .0 14 .1 7. 5 8 .0 5 2 .0 A rr en d ad o 18 .9 38 .3 2 .8 2 .9 4 .4 2 .3 10 .1 13 .7 4 .8 6 .2 9 .5 4 5 .7 6 .9 5 .6 5 .7 4 5 .7 O u tr o 5 .2 6 .7 3. 9 3 .2 2 .4 2 .0 10 .9 0 .3 2 .8 1. 2 9 .9 6 .4 7. 2 1. 9 2 .4 6 .4 E m fa lt a/ N S 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 0 .0 T o ta l 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 10 0 .0 N ú m er o d e ag re g ad o s 6 6 0 1 2 9 9 4 36 0 7 4 38 2 4 2 8 19 5 17 18 6 6 19 8 0 7 8 5 8 2 11 6 2 19 4 14 2 6 8 6 6 2 11 6 42 GUINÉ-BISSAU A Tabela HH.8 mostra como as populações dos agregados familiares em meios de residência ou regiões estão distribuídas segundo quintis de bem-estar económico. No MICS5, foram listados 47925 membros de agregados familaires. Destes, 21098 são residentes do meio urbano e 26826 são do meio rural. Analizando estes efectivos segundo o Índice de Bem- -Estar Económco (Quintis de Bem-Estar Económico), constata-se a seguinte distribuição percentual do número de membros dos agregados familaires entrevistados, segundo o meio de residência e regiões do país em 2014. No meio urbano, 2% dos membros dos agregados familaires são mais pobres, 5% são pobres (se- gundo), 14% são considerados médios, 35% são ricos (quarto) e 44% são mais ricos. Por sua vez, no meio rural, 34% são mais pobre, 32% Segundo (pobres), 25% são classificados como médios, 8% são ricos e apenas 1% são considerados os mais ricos. Como conclusão, nota-se uma relação inversa, ou seja, no meio urbano, a percentagem vai aumentando do quintil mais pobre para o quintil mais rico. Contrariamente ao meio urbano, no meio rural, existem mais pobres do que os mais rico. Em relação às regiões, nota-se que a Região Bolama/Bijagós apresenta a percentagem mais alta dos mais pobre (57%), seguida das regiões de Biombo (48%), Tombali (36%), Quinara (37%) e Oio (40%). O SAB apresenta a maior percentagem dos mais rico, com 56%. 43Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TABELA HH.8: ÍNDICE DE BEM-ESTAR ECONÓMICO Distribuição percentual dos membros dos agregados por Índice de bem-estar económico, segundo o meio onde residem, regiões, e províncias, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Indice de Bem-Estar Económico Total Número de membros dos agregadosO mais pobre Segundo Médio Quarto O mais rico Total 20.0 20.0 20.0 20.0 20.0 100.0 47925 Meio de residência Urbano 2.3 5.3 13.7 35.0 43.8 100.0 21098 Rural 34.0 31.5 25.0 8.2 1.3 100.0 26826 Região Tombali 36.2 28.2 19.0 13.5 3.1 100.0 3233 Quinara 36.8 26.9 22.2 11.8 2.4 100.0 1842 Oio 39.5 27.8 22.8 7.7 2.3 100.0 7990 Biombo 48.2 19.9 17.1 10.2 4.6 100.0 3420 Bolama/Bijagós 56.7 18.7 13.7 8.6 2.3 100.0 1050 Bafatá 9.1 32.4 37.6 15.9 5.0 100.0 5318 Gabú 13.9 31.2 30.4 18.7 5.7 100.0 5504 Cacheu 22.1 30.5 25.9 15.5 5.9 100.0 4825 SAB 0.2 1.1 7.4 35.7 55.7 100.0 14742 Província Norte 36.2 26.9 22.5 10.5 3.8 100.0 16235 Leste 11.6 31.8 33.9 17.3 5.4 100.0 10822 Sul 39.9 26.2 19.0 12.2 2.7 100.0 6125 SAB 0.2 1.1 7.4 35.7 55.7 100.0 14742 44 GUINÉ-BISSAU 45Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 IV. MORTALIDADE DAS CRIANÇAS Um dos objectivos abrangentes dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) é a redução da mortalidade infantil e infanto-juvenil. Concretamente, os ODM apelam à redução da mortalidade infan- to-juvenil em dois terço, de 1990 a 2015. A monitorização dos progressos para atingir esta meta é um objectivo importante, mas difícil. As taxas de mortalidade apresentadas neste capítulo são calculadas a partir de informações recolhi- das nos históricos de nascimento dos Questionários das Mulheres. Perguntou-se a todas as mulheres entrevistadas se já deram à luz, e caso afirmativa, pediu-se que indicassem o número de filhos e filhas que vivem com elas, o número dos que vivem noutro lugar e o número dos que faleceram. Foi-lhes também solicitado que dessem o histórico detalhado dos nados-vivos por ordem cronológica ou a par- tir do primogénito. Perguntou-se às mulheres se os nascimentos foram únicos ou múltiplos, o sexo das crianças, a data de nascimento (mês e ano) e a situação de sobrevivência. Além disso, para as crianças ainda vivas, perguntou-se a idade actual das crianças, e, se não estivessem vivas, a idade na altura do óbito. As taxas de mortalidade infantil são expressas por faixas etárias convencionais e são definidas como se segue: • Mortalidade neonatal (NN): probabilidade de falecer no primeiro mês de vida • Mortalidade pós-neonatal (PNN): diferença entre a taxa de mortalidade infantil e a neonatal • Mortalidade infantil ( 1 q 0 ): probabilidade de falecer entre o nascimento e o primeiro aniversário • Mortalidade juvenil ( 4 q 1 ): probabilidade de falecer entre o primeiro e o quinto aniversário • Mortalidade infanto-juvenil ( 5 q 0 ): probabilidade de falecer entre o nascimento e o quinto aniversário. As taxas são expressas por 1.000 nados-vivos, excepto no caso da mortalidade juvenil, que é expressa por óbitos por 1.000 crianças sobrevivendo ao primeiro ano de idade, e a mortalidade pós-neonatal que é a diferença entre as taxas de mortalidade infantil e neonatal. 46 GUINÉ-BISSAU TABELA CM.1: TAXAS DE MORTALIDADE DE CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS Taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal, infantil, juvenil e infanto-juvenil por períodos de cinco anos anteriores ao inquérito, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Anos que precederam o inquérito Taxa de Mortalidade Neonatal1 Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal2, a Taxa de Mortalidade Infantil3 Taxa de Mortalidade Juvenil4 Taxa de Mortalidade Infanto-Juvenil5 0-4 36 20 55 35 89 5-9 46 25 72 47 115 10-14 43 39 82 7 153 1 Indicador MICS 1.1 - Taxa de mortalidade neonatal 2 Indicador MICS 1.3 - Taxa de mortalidade pós-neonatal 3 Indicador MICS 1.2 Indicador ODM 4.2 - Taxa de mortalidade infantil 4 Indicador MICS 1.4 - Taxa de mortalidade juvenil 5 Indicador MICS 1.5; Indicador ODM 4.1 - Taxa de mortalidade infanto-juvenil a As taxas de mortalidade pós-neonatal são calculadas como a diferença entre a taxa de mortalidade infantil e a taxa de mortalidade neonatal. A Tabela CM.1 e a Figura CM.1 apresentam as taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal, infantil, juvenil e infanto-juvenil para os três períodos mais recentes de cinco anos antes do inquérito. A mor- talidade neonatal no período mais recente de cinco anos é estimada em 36 por 1.000 nados-vivos, enquanto que a taxa de mortalidade pós-neonatal é estimada em 20 por 1.000 nados-vivos. Figura CM. 1: Taxas de mortalidade de crianças menores de 5 anos MICS5, Guiné-Bissau, 2014 47Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 A taxa de mortalidade infantil nos cinco anos que precederam o inquérito é de 55 por 1.000 nados- vivos e a mortalidade infanto-juvenil é de 89 óbitos por 1.000 nados-vivos para o mesmo período, indicando que 62% de óbitos infanto-juvenis são óbitos infantis. A tabela e a figura também mostram uma tendência decrescente da mortalidade infanto-juvenil a nível nacional, durante os últimos 15 anos. De facto, a mortalidade infanto-juvenil variou de 153 por 1.000 durante o período de 10-14 anos que precedeu o inquérito para 89 por 1.000 nados-vivos du- rante o período de 5 anos mais recente, ( aproximadamente entre 2000 a 2014). Foi observado um padrão semelhante em todos os outros indicadores relativos a mortalidade infantil. 48 GUINÉ-BISSAU TABELA CM.2: TAXAS DE MORTALIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA POR CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÓMICAS Taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal, infantil, juvenil e infanto-juvenil para o período de cinco anos que precedeu o inquérito, por características socioeconómicas, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Taxa de Mortalidade Neonatal1 Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal2, a Taxa de Mortalidade Infantil3 Taxa de Mortalidade Juvenil4 Taxa de Mortalidade Infanto-Ju- venil5 Total 35.8 19.7 55.4 35.4 88.9 Região Tombali 38.3 20.8 59.1 24.8 82.4 Quinara 19.9 22.7 42.6 35.7 76.8 Oio 30.4 13.2 43.6 21.0 63.7 Biombo 11.5 9.5 21.1 21.2 41.8 Bolama/Bijagós 36.4 15.4 51.8 24.4 75.0 Bafatá 45.7 26.6 72.3 57.4 125.6 Gabú 49.5 38.8 88.3 77.4 158.9 Cacheu 43.0 16.0 59.0 39.0 95.7 SAB 33.5 15.1 48.6 21.1 68.7 Província Norte 30.2 13.2 43.4 25.7 68.0 Leste 47.7 33.1 80.8 68.1 143.4 Sul 32.9 20.5 53.4 27.9 79.8 SAB 33.5 15.1 48.6 21.1 68.7 Meio de residência Urbano 38.1 15.9 54.1 21.9 74.8 Rural 34.4 21.8 56.2 43.1 96.9 Nível de instrução da mãe Nenhum 40.8 20.6 61.5 41.2 100.1 Primário 29.9 20.4 50.3 34.3 82.8 Secundário ou mais 27.7 14.9 42.5 12.8 54.8 Índice de Bem-Estar económico O mais pobre 22.8 19.5 42.2 35.1 75.8 Segundo 39.2 21.9 61.1 39.1 97.8 Médio 40.5 25.0 65.6 46.4 108.9 Quarto 41.4 12.2 53.6 27.0 79.2 O mais rico 36.3 17.9 54.3 23.6 76.6 1 Indicador MICS 1.1 - Taxa de mortalidade neonatal 2 Indicador MICS 1.3 - Taxa de mortalidade pós-neonatal 3 Indicador MICS 1.2 Indicador ODM 4.2 - Taxa de mortalidade infantil 4 Indicador MICS 1.4 - Taxa de mortalidade juvenil 5 Indicador MICS 1.5; Indicador ODM 4.1 - Taxa de mortalidade infanto-juvenil a As taxas de mortalidade pós-neonatal são calculadas como a diferença entre a taxa de mortalidade infantil e a taxa de mortalidade neonatal. 49Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TABELA CM.3: TAXAS DE MORTALIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA POR CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS Taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal, infantil, juvenil e infanto-juvenil para o período de cinco anos que precedeu o inquérito, por características demográficas, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Taxa de Mortalidade Neonatal1 Taxa de Mortalidade Pós- -Neonatal2, a Taxa de Mortalidade Infantil3 Taxa de Mortalidade Juvenil4 Taxa de Mortalidade Infanto-Juvenil5 Total 35.8 19.7 55.4 35.4 88.9 Sexo da Criança Maculino 41.8 18.2 60.0 37.8 95.5 Feminino 29.4 21.2 50.6 33.0 81.9 Idade da mãe à nascença Menos de 20 32.6 19.3 51.9 37.1 87.1 20-34 31.7 17.4 49.1 31.1 78.7 35-49 58.1 30.7 88.8 54.7 138.6 Ordem de nascimento 1 33.2 15.3 48.5 36.4 83.1 2-3 30.5 15.9 46.4 27.8 72.9 4-6 31.8 21.0 52.9 33.9 85.0 7+ 73.0 39.5 112.4 67.4 172.3 Intervalo em relação ao nascimento anteriorb < 2 anos 75.7 33.3 109.0 71.2 172.4 2 anos 36.1 25.6 61.7 40.5 99.7 3 anos 27.8 14.9 42.7 25.7 67.3 4+ anos 27.8 14.5 42.3 15.0 56.7 1 Indicador MICS 1.1 - Taxa de mortalidade neonatal 2 Indicador MICS 1.3 - Taxa de mortalidade pós-neonatal 3 Indicador MICS 1.2 Indicador ODM 4.2 - Taxa de mortalidade infantil 4 Indicador MICS 1.4 - Taxa de mortalidade juvenil 5 Indicador MICS 1.5; Indicador ODM 4.1 - Taxa de mortalidade infanto-juvenil a As taxas de mortalidade pós-neonatal são calculadas como a diferença entre a taxa de mortalidade infantil e a taxa de mortalidade neonatal. b Nascimentos de ordem 1 excluídos. As Tabelas CM.2 e CM.3 dão estimativas da mortalidade infantil por características socioeconómicas e demográficas. Há alguma diferença entre as probabilidades de falecer entre rapazes e meninas (60 e 51 por mil nados vivos, respectivamente). As taxas de mortalidade infantil e infanto-juvenil são mais baixas na Região de Biombo (21 e 42 por mil nados vivos) e mais elevadas na Região de Gabú (88 e 159 por mil nados vivos). Há também diferenças na mortalidade em termos de nível de ins- trução, bem-estar económico. Constata-se que as taxas de mortalidade diminuem com o aumento do nível de instrução da mãe e vice-versa. Os dados da figura CM2 mostram que a Região de Gabu e Bafatá são as que têm as taxas de mortalidade infanto-juvenil mais elevada em relação as outras Regiões, situando em 159 e 126 por 1.000 nados vivos, respectivamente. A Tabela CM3 mostra que as taxas de mortalidade neonatal, infantil e juvenil são mais elevadas nos rapazes do que nas meninas. Segundo os resultados do MCS5, a idade da mãe na altura do par- to tem uma influência em todas as componentes da mortalidade nas crianças menores de 5 anos, 50 GUINÉ-BISSAU nomeadamento nos grupos de mães de idade de 35 anos ou mais, em que as taxas são muito mais elevadas e de mãe de idade inferior a 20 anos. As crianças de ordem de nascimento 2-3 correm menos riscos de falecimento do que as crianças de ordem 4-6 ou 7+. O espaçamento dos nascimen- to revela-se um determinate de todas as componentes da mortalidade infanto-juvenil, sendo os riscos de mortalidade elevados nas crianças de intervalo inferior a 2 anos em relação ao nascimento anterior não só no primeiro ano de vida, mas também na idade entre 1 e 4 anos. Por exemplo, a taxa de mortalidade infantil é de 109 por mil nas crianças nascidas com um intervalo inferior a 2 anos, enquanto que nas crianças cuja mãe teve um intervalo de pelo menos 4 anos, o risco de morte é de 42 por mil. De igual modo, a mortalidade infanto-juvenil apresenta uma taxa três vezes superior (172 por mil) nas crianças de intervalo inferior a 2 anos em comparação com as crianças cujo intervalo é igual ou superior a 4 anos (57 por mil). Figura CM. 2: Taxas de mortalidade infanto-juvenil por meio de residência e região MICS5, Guiné-Bissau, 2014 A Figura CM.3 compara as conclusões do quinto inquérito MICS sobre a mortalidade infanto-juvenil com os anteriores MICS. As conclusões do quinto inquérito MICS são obtidas na Tabela CM.1. As estimativas do MICS indicam um declínio na mortalidade durante os últimos 15 anos. Ao passo que a tendência indicada pelos resultados do inquérito está amplamente em acordo com a estimada do ano 2010 (MICS4, 2010). A tendência da mortalidade descrita nos MICS 2006 e MICS 2010 mostra que a mortalidade está a diminuir. Contudo, os resultados do MICS 2006 são consideravelmente superiores aos indicados por MICS 2010 e 2014. Mais indicações de qualificação destes declínios e diferenças aparentes, bem como as determinantes devem ser abordadas numa análise mais deta- lhada ou seja numa análise secundária. 51Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Figura CM. 3: Tendência nas taxas de mortalidade infanto-juvenil MICS5, Guiné-Bissau, 2014 52 GUINÉ-BISSAU 53Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 V. NUTRIÇÃO POUCO PESO À NASCENÇA O peso à nascença é um bom indicador não só da saúde da mãe e do seu estado nutricional como também das probabilidades de sobrevivência, crescimento, saúde a longo prazo e desenvolvimento psicossocial do recém-nascido. O baixo peso à nascença (definido como peso à nascença menor do que 2.500 gramas) comporta uma série de riscos graves de saúde para as crianças. Os bebés que são subnutridos no útero enfrentam um risco muito maior de morrerem nos primeiros dias, meses e anos. Os que sobrevivem podem ter o sistema imunitário fragilizado e um maior risco de contrair doenças; provavelmente continuarão subnutridos, com força muscular reduzida ao longo da vida e terão uma maior incidência de diabetes e doenças cardíacas na vida adulta. As crianças que nascem com baixo peso também correm o risco de ter um Quociente de Inteligência (QI) mais baixo e deficiências cogniti- vas, afetando desempenho na escola e consequentemente oportunidades de emprego na vida adulta. Nos países em desenvolvimento, o baixo peso à nascença resulta sobretudo da má saúde e má alimen- tação da mãe. Três fatores têm maior impacto: a má situação nutricional da mãe antes da concepção, a pequena estatura (devido principalmente a subnutrição e infecções durante a infância) e a má ali- mentação durante a gravidez. O aumento inadequado de peso durante a gravidez é particularmente importante porque causa uma grande parte do atraso no crescimento do feto. Além disso, doenças como a diarreia e o paludismo, que são comuns em muitos países em desenvolvimento, podem com- prometer significativamente o crescimento do feto se a mãe for infetada durante a gravidez. Nos países desenvolvidos, o o tabagismo durante a gravidez é a principal causa de baixo peso à nascença. Tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, os adolescentes que dão à luz quando os seus próprios organismos ainda não acabaram de crescer, correm um alto risco de terem bebés com baixo peso à nascença. Um dos principais desafios na medição da incidência de baixo peso à nascença é que mais de metade das crianças dos países em desenvolvimento não é pesada à nascença. No passado, a maior parte das estimativas de baixo peso à nascença para os países em desenvolvimento baseava-se em dados compi- lados a partir de estruturas de saúde. Contudo, estas estimativas eram tendenciosas para a maioria dos países em desenvolvimento porque a maior parte dos recém-nascidos não nasce em estabelecimentos hospitalares e os que nascem representam apenas uma amostra selecionada de todos os nascimentos. Porque muitos bebés não são pesados à nascença e os que são podem ser uma amostra distorcida de todos os nascimentos, os pesos à nascença reportados geralmente não podem ser utilizados para esti- mar a prevalência de baixo peso à nascença entre as crianças. Portanto, a percentagem de nascimentos com um peso inferior a 2.500 gramas é calculada a partir de dois itens no questionário: a avaliação feita pela mãe do tamanho da criança à nascença (isto é, muito pequena, mais pequena do que a média, média, maior do que a média, muito grande) e a recordação da mãe do peso da criança ou o peso como registado no cartão de saúde se a criança tiver sido pesada à nascença.1 1 Para uma descrição detalhada da metodologia, ver Boerma, J. T., Weinstein, K. I., Rutstein, S.O., and Sommerfelt, A. E. , 96Dados sobre Peso à Nascença em Países em Desenvolvimento: Os Inquéritos Podem Ajudar? Boletim da Organização Mundial da Saúde, 74(2), 209-16. 54 GUINÉ-BISSAU TA B E L A N U .1 : C R IA N Ç A C O M P O U C O P E S O À N A S C E N Ç A P er ce n ta g em d e ú lt im as c ri an ça s n as ci d as v iv as n o s ú lt im o s d o is a n o s q u e se e st im a q u e ti n h am u m p es o in fe ri o r a 2 .5 0 0 g ra m as à n as ce n ça e p er ce n ta g em d e ú lt im o s n as ci d o s vi vo s p es ad o s à n as ce n ça , M IC S 5 , G u in é - B is sa u , 2 0 14 D is tr ib u çã o p er ce n tu al d e n as ci m en to s se g u n d o av al ia çã o d a m ãe d o ta m an h o d o fi lh o à n as ce n ça To ta l P er ce n ta g em d e n as ci d o s vi vo s: N ú m er o d o s u lt im o s n as ci d o s- vi vo s n o s u lt im o s 2 a n o s M u it o p eq u en o A b ai xo d a m éd ia Ta m an h o m éd io A ci m a d a m éd ia o u m u it o g ra n d e N S M en o s d e 2 .5 0 0 g ra m as 1 P es ad o ao n as ce r2 T o ta l 6 .9 12 .6 4 4 .9 32 .8 2 .8 10 0 .0 2 1. 3 4 4 .7 30 39 Id ad e d a m ãe n a al tu ra d o n as ci m en to M en os d e 2 0 a n os 7. 0 13 .6 4 9 .6 2 7. 2 2 .6 10 0 .0 2 2 .1 5 0 .2 5 0 3 2 0 -3 4 a n os 6 .8 12 .8 4 4 .0 33 .8 2 .6 10 0 .0 2 0 .9 4 5 .3 2 0 8 5 35 -4 9 a n os 7. 2 10 .6 4 3. 5 34 .6 4 .1 10 0 .0 2 1. 8 35 .4 4 5 1 O rd em d e n as ci m en to 1 6 .6 10 .4 5 0 .5 30 .4 2 .0 10 0 .0 2 0 .0 6 1. 9 6 9 7 2 -3 6 .9 15 .1 4 2 .0 33 .5 2 .5 10 0 .0 2 1. 7 4 3. 8 10 77 4 -5 6 .5 12 .8 4 3. 7 33 .8 3 .2 10 0 .0 2 1. 2 38 .4 75 7 6 + 7. 7 10 .1 4 5 .0 33 .1 4 .0 10 0 .0 2 2 .1 32 .1 5 10 R eg iã o To m b al i 7. 5 8 .8 4 1. 0 4 2 .3 0 .5 10 0 .0 17 .6 35 .4 2 15 Q u in ar a 7. 0 8 .4 36 .3 4 7. 3 0 .9 10 0 .0 17 .1 4 8 .8 10 8 O io 11 .1 19 .8 36 .0 33 .0 0 .2 10 0 .0 2 3. 6 2 6 .2 6 6 5 B io m b o 3. 0 8 .7 2 9 .7 4 2 .7 15 .9 10 0 .0 2 7. 7 5 2 .1 2 2 5 B ol am a/ B ija g ós 4 .2 13 .7 5 9 .8 2 1. 9 0 .4 10 0 .0 19 .4 39 .4 5 7 B af at á 7. 7 12 .5 6 0 .4 19 .2 0 .2 10 0 .0 2 1. 0 2 0 .7 34 4 G ab ú 5 .4 11 .8 5 8 .7 19 .2 4 .9 10 0 .0 2 3. 5 19 .8 37 8 C ac h eu 1. 6 7. 2 39 .1 4 7. 8 4 .2 10 0 .0 16 .0 6 2 .3 2 9 4 S A B 6 .8 11 .6 4 6 .7 33 .0 1. 9 10 0 .0 2 0 .1 77 .7 75 4 55Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TA B E L A N U .1 ( C O N T IN U A Ç Ã O ) : C R IA N Ç A C O M P O U C O P E S O À N A S C E N Ç A P er ce n ta g em d e ú lt im as c ri an ça s n as ci d as v iv as n o s ú lt im o s d o is a n o s q u e se e st im a q u e ti n h am u m p es o in fe ri o r a 2 .5 0 0 g ra m as à n as ce n ça e p er ce n ta g em d e ú lt im o s n as ci d o s vi vo s p es ad o s à n as ce n ça , M IC S 5 , G u in é - B is sa u , 2 0 14 D is tr ib u çã o p er ce n tu al d e n as ci m en to s se g u n d o av al ia çã o d a m ãe d o ta m an h o d o fi lh o à n as ce n ça To ta l P er ce n ta g em d e n as ci d o s vi vo s: N ú m er o d o s u lt im o s n as ci d o s- vi vo s n o s u lt im o s 2 a n o s M u it o p eq u en o A b ai xo d a m éd ia Ta m an h o m éd io A ci m a d a m éd ia o u m u it o g ra n d e N S M en o s d e 2 .5 0 0 g ra m as 1 P es ad o ao n as ce r2 P ro ví n ci a N or te 7. 2 14 .6 35 .6 38 .5 4 .2 10 0 .0 2 2 .5 4 0 .1 11 8 3 Le st e 6 .5 12 .1 5 9 .5 19 .2 2 .7 10 0 .0 2 2 .3 2 0 .2 72 2 S u l 6 .9 9 .4 4 2 .5 4 0 .7 0 .6 10 0 .0 17 .7 39 .8 38 0 S A B 6 .8 11 .6 4 6 .7 33 .0 1. 9 10 0 .0 2 0 .1 77 .7 75 4 M ei o d e re si d ên ci a U rb an o 6 .5 11 .1 4 6 .6 33 .8 2 .0 10 0 .0 19 .8 70 .1 11 19 R u ra l 7. 1 13 .5 4 3. 9 32 .3 3. 3 10 0 .0 2 2 .1 2 9 .8 19 2 1 N ív el d e in st ru çã o d a M ãe N en h u m 7. 6 14 .7 4 5 .2 2 9 .5 3. 1 10 0 .0 2 2 .9 2 8 .1 16 2 4 P ri m ár io 6 .6 11 .1 4 4 .4 34 .5 3 .4 10 0 .0 2 0 .9 5 2 .9 9 32 S ec u n d ár io e m ai s 5 .2 8 .6 4 4 .9 4 0 .7 .7 10 0 .0 16 .2 8 4 .5 4 8 3 In d ic e d e B em -E st ar E co n ó m ic o O m ai s p ob re 8 .5 12 .8 39 .8 35 .4 3. 6 10 0 .0 2 2 .7 2 7. 6 6 9 4 S eg u n d o 6 .0 13 .8 4 5 .9 30 .5 3. 9 10 0 .0 2 2 .2 31 .5 6 6 1 M éd io 7. 2 14 .6 4 6 .7 2 9 .1 2 .4 10 0 .0 2 2 .2 32 .9 6 8 3 Q u ar to 8 .0 12 .0 4 7. 6 30 .5 1. 9 10 0 .0 2 1. 4 6 5 .4 5 6 9 O m ai s ri co 3. 6 8 .2 4 5 .2 4 1. 4 1. 7 10 0 .0 15 .9 8 3. 5 4 32 1 I n d ic ad o r M IC S 2 .2 0 - C ri an ça s co m b ai xo p es o á n as ce n ça 2 In d ic ad o r M IC S 2 .2 1 - C ri an ça s p es ad as a o n as ce r (. ) V al or es b as ea d os e n tr e 2 5 -4 9 c as os n ão p on d er ad os * V al or es b as ea d os e m m en os d e 2 5 c as os n ão p on d er ad os 56 GUINÉ-BISSAU No geral, 45% porcento das crianças foram pesadas ao nascer e estima-se que aproximadamente 21% das crianças pesam menos de 2.500 gramas à nascença (Tabela NU.1). Houve uma variação significati- va entre as regiões. Por exemplo, houve mais crianças pesadas à nascença no SAB (78%), seguidas de Cacheu (62%) e Biombo (52%), enquanto que, em Gabú, apenas 20% de crianças foram pesadas. Este valor subiu em Bafatá para 21% e em Oio para 26%. Em relação ao baixo peso à nascença, a Região de Biombo lidera com 28% das crianças pesadas com menos de 2.500 gramas à nascença, seguida das regiões de Oio e Gabú (24%) cada. A prevalência de baixo peso à nascença não varia muito por meio urbano e rural. Do total das crianças pesadas à nascença, 70% pertencem ao meio urbano e 3% ao meio rural. Em re- lação ao nível de instrução da mãe, a percentagem de crianças com baixo peso diminui com o aumento do nível de instrução da mãe. Do total das crianças, 16% com baixo peso nasceram de mães com nível secundário e superior e 23% das crianças nasceram de mães sem nenhum nível de instrução. As crian- ças dos agregados mais ricos apresentam menos baixo peso ao nascer (15%) do que as outras. ESTADO NUTRICIONAL O estado nutricional das crianças é um reflexo da sua saúde em geral. Quando as crianças têm acesso a uma alimentação adequada, não ficam expostas a doenças repetidas e quando são bem cuidadas, atingem o seu potencial de crescimento e são consideradas bem nutridas. A subnutrição está associada a mais de metade de todos os óbitos infantis no mundo inteiro. As crian- ças subnutridas têm mais probabilidades de morrer de doenças infantis comuns e as que sobrevivem adoecem com frequência e o seu crescimento é deficiente. Três quartos das crianças que morrem de causas relacionadas com a subnutrição estavam apenas ligeira ou moderadamente subnutridas, dan- do um sinal evidente da sua vulnerabilidade. A meta dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio é reduzir para metade a proporção de pessoas que passam fome entre 1990 e 2015. Uma redução na prevalência da subnutrição também contribuirá para o alcança do objectivo de diminuir a mortalidade infantil. Numa população bem nutrida, há uma distribuição padrão de altura e peso por crianças com menos de 5 anos. A subnutrição numa população pode ser medida comparando as crianças com uma população de referência. A população de referência usada neste relatório baseia-se nos padrões de crescimento da OMS2. Cada um dos três indicadores do estado nutricional – peso para a idade, altura para a idade e peso para a altura – podem ser expressos em unidades de desvio padrão (pontos-z) da mediana da população de referência. Peso para a idade é uma medida tanto da subnutrição aguda como da crónica. As crianças cujo peso para a idade for mais do que dois desvios padrão abaixo da mediana da população de referência são consideradas com insuficiência ponderal moderada ou grave enquanto que aquelas cujo peso para a ida- de for mais do que três desvios padrão abaixo da mediana são consideradas que possuem insuficiência ponderal grave. 2 http://www.who.int/childgrowth/standards/technical_report 57Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Altura para a idade é uma medida do crescimento linear. As crianças cuja altura para a idade for mais do que dois desvios padrão abaixo da mediana da população de referência são consideradas baixas para a idade e são classificadas como tendo atraso no crescimento moderado ou grave. Aquelas cuja altura para a idade for mais do que três desvios padrão abaixo da mediana são classificadas como com atraso grave no crescimento. O atraso no crescimento é o reflexo da subnutrição crónica como consequência de não ter recebido alimentação adequada durante um longo período e de doença frequente ou crónica. Peso para a altura pode ser usado para avaliar o emagrecimento e o excesso de peso. As crianças cujo peso para a altura é mais do que dois desvios padrão abaixo da mediana da população de referência são consideradas moderada ou gravemente magrecidas, enquanto que as que estão a mais do que três desvios padrão abaixo da mediana são classificadas como gravemente magrecidas. O emagrecimento é geralmente o resultado de uma deficiência nutricional recente. O indicador de emagrecimento pode mostrar alterações sazonais significativas associadas a mudanças na disponibilidade de alimentos ou a prevalência de doenças. As crianças cujo peso para a altura é mais do que dois desvios padrão acima da mediana da população de referência são classificadas como com excesso de peso moderado ou grave. No MICS, o peso e a altura de todas as crianças menores de 5 anos de idade são medidos usando equipamento antropométrico recomendado3 pelo UNICEF. As conclusões constantes desta secção ba- seiam-se nos resultados destas medições. A Tabela NU.2 mostra as percentagens de crianças classificadas em cada uma das categorias acima descritas, com base em medições antropométricas que foram feitas durante o trabalho de campo. Além disso, a tabela inclui valores-z médios para todos os três indicadores antropométricos. 3 Ver Instruções de Concursos de Fornecimento do MICS aqui : http://www.childinfo.org/mics5_planning.html 58 GUINÉ-BISSAU TA B E L A N U .2 : E S TA D O N U T R IC IO N A L D A S C R IA N Ç A S P er ce n ta g em d e cr ia n ça s m en o re s d e 5 a n o s p o r es ta d o n u tr ic io n al s eg u n d o 3 ín d ic es a n tr o p o m ét ri co s: P es o p ar a id ad e, a lt u ra p ar a id ad e, e p es o p ar a al tu ra , M IC S 5 , G u in é -B is sa u , 2 0 14 P es o p o r id ad e N ú m er o d e cr ia n ça s m en o re s d e 5 an o s A lt u ra p o r id ad e N ú m er o d e cr ia n ça s m en o re s d e 5 a n o s P es o p o r al tu ra N ú m er o d e cr ia n ça s m en o re s d e 5 a n o s In su fi ci ên ci a P o n d er al M éd ia S co re -Z (S D ) A tr as o n o cr es ci m en to M éd ia S co re - Z (S D ) E m ag re ci m en to E xc es so d e p es o M éd ia S co re - Z (S D ) P er ce n ta g em in fe ri o r a P er ce n ta g em in fe ri o r a P er ce n ta g em in fe ri o r a P er ce n ta g em ac im a d e - 2 S D 1 - 3 S D 2 - 2 S D 3 - 3 S D 4 - 2 S D 5 - 3 S D 6 + 2 S D 7 T o ta l 17 .0 3. 6 -1 .0 74 6 0 2 7. 6 8 .2 -1 .3 74 4 6 6 .0 1. 4 2 .3 -. 3 75 15 S ex o M as cu lin o 17 .9 3. 6 -1 .0 37 9 6 2 9 .1 8 .4 -1 .3 37 9 1 6 .3 1. 6 2 .7 -. 3 38 14 F em in in o 16 .1 3. 6 -1 .0 36 6 4 2 6 .1 8 .0 -1 .3 36 5 6 5 .6 1. 2 1. 9 -. 3 37 0 1 R eg iã o To m b al i 16 .0 3. 7 -1 .0 5 34 2 6 .0 7. 3 -1 .2 5 31 5 .6 1. 3 1. 9 -. 4 5 5 1 Q u in ar a 15 .7 3. 1 -1 .0 2 8 5 2 5 .3 6 .0 -1 .3 2 8 6 4 .6 1. 0 1. 6 -. 3 2 8 4 O io 2 0 .0 3. 1 -1 .2 16 0 0 35 .3 11 .7 -1 .6 15 9 9 6 .4 1. 4 2 .4 -. 4 16 0 6 B io m b o 11 .9 1. 8 -. 8 5 75 2 1. 7 4 .7 -1 .2 5 74 3. 5 0 .1 2 .6 -. 2 5 76 B ol am a/ B ija g ós 10 .4 1. 5 -. 7 14 4 14 .0 2 .5 -. 7 14 4 6 .2 9 .2 2 .1 -. 3 14 4 B af at á 2 3. 9 4 .9 -1 .3 8 8 5 34 .0 10 .0 -1 .5 8 8 2 7. 2 1. 6 2 .0 -. 6 8 9 7 G ab ú 19 .4 5 .5 -1 .1 9 5 3 30 .1 10 .9 -1 .4 9 5 1 7. 6 1. 6 1. 6 -. 5 9 76 C ac h eu 16 .1 4 .1 -1 .0 71 9 2 7. 6 7. 6 -1 .4 71 9 5 .1 1. 0 2 .1 -. 2 71 6 S A B 12 .7 3. 0 -. 7 17 6 5 2 0 .0 5 .2 -. 9 17 6 0 5 .5 1. 9 3. 1 -. 2 17 6 5 P ro ví n ci a N or te 17 .4 3. 1 -1 .1 2 8 9 4 30 .7 9 .3 -1 .5 2 8 9 2 5 .5 1. 1 2 .4 -. 3 2 8 9 8 Le st e 2 1. 5 5 .2 -1 .2 18 39 32 .0 10 .4 -1 .5 18 33 7. 4 1. 6 1. 8 -. 5 18 73 S u l 15 .1 3. 2 -. 9 9 6 2 2 4 .0 6 .2 -1 .2 9 6 1 5 .4 1. 0 1. 9 -. 4 9 79 S A B 12 .7 3. 0 -. 7 17 6 5 2 0 .0 5 .2 -. 9 17 6 0 5 .5 1. 9 3. 1 -. 2 17 6 5 M ei o d e re si d ên ci a U rb an o 13 .4 3. 0 -. 8 2 70 6 2 0 .6 5 .7 -1 .0 2 6 9 8 5 .9 1. 9 2 .7 -. 3 2 71 4 R u ra l 19 .1 4 .0 -1 .1 4 75 4 31 .6 9 .7 -1 .5 4 74 8 6 .0 1. 1 2 .1 -. 4 4 8 0 1 59Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TA B E L A N U .2 ( C O N T IN U A Ç Ã O ) : E S TA D O N U T R IC IO N A L D A S C R IA N Ç A S P er ce n ta g em d e cr ia n ça s m en o re s d e 5 a n o s p o r es ta d o n u tr ic io n al s eg u n d o 3 ín d ic es a n tr o p o m ét ri co s: P es o p ar a id ad e, a lt u ra p ar a id ad e, e p es o p ar a al tu ra , M IC S 5 , G u in é -B is sa u , 2 0 14 Id ad e (e m m ês ) 0 -5 11 .7 3. 8 -. 5 8 2 7 15 .1 4 .4 -. 7 8 2 1 7. 2 2 .4 8 .0 .1 8 19 6 -1 1 11 .0 1. 9 -. 5 6 6 9 13 .8 3. 3 -. 7 6 6 9 6 .3 2 .0 4 .0 -. 2 6 6 9 12 -1 7 18 .9 4 .2 -. 9 8 2 6 2 8 .6 7. 1 -1 .2 8 2 2 9 .6 2 .3 1. 7 -. 5 8 2 5 18 -2 3 16 .4 4 .1 -1 .0 78 3 31 .1 9 .6 -1 .5 78 1 5 .7 0 .6 1. 3 -. 4 78 3 2 4 -3 5 2 0 .6 4 .9 -1 .2 14 8 5 37 .9 12 .5 -1 .6 14 8 7 5 .6 1. 5 1. 1 -. 4 14 8 9 36 -4 7 17 .8 3. 6 -1 .1 14 5 9 31 .7 9 .6 -1 .5 14 5 8 3. 7 1. 0 1. 8 -. 3 14 9 0 4 8 -5 9 17 .7 2 .3 -1 .2 14 11 2 3. 8 6 .7 -1 .3 14 0 9 5 .9 0 .7 1. 1 -. 6 14 4 0 N iv el d e in st ru çã o d a M ãe N en h u m 19 .3 4 .3 -1 .1 4 3 16 30 .8 9 .8 -1 .4 4 3 12 6 .5 1. 5 2 .1 -. 4 4 36 3 P ri m ár io 16 .4 3. 1 -1 .0 2 0 2 9 2 6 .6 6 .7 -1 .3 2 0 2 1 5 .6 1. 5 2 .0 -. 4 2 0 39 S ec u n d ár io e m ai s 9 .5 1. 9 -. 6 11 15 17 .2 4 .7 -. 8 11 14 4 .6 0 .9 4 .0 -. 2 11 13 In d ic e d e B em -E st ar E co n ó m ic o O m ai s p ob re 18 .5 3. 8 -1 .1 17 4 0 30 .7 8 .9 -1 .5 17 35 6 .0 1. 0 2 .4 -. 3 17 5 3 S eg u n d o 18 .0 3. 5 -1 .1 16 79 31 .4 10 .3 -1 .5 16 79 5 .8 1. 1 2 .0 -. 4 16 9 5 M éd io 19 .1 4 .5 -1 .1 16 4 0 32 .8 9 .5 -1 .5 16 38 5 .8 1. 7 1. 8 -. 4 16 5 8 Q u ar to 17 .5 3. 9 -. 9 13 5 9 2 2 .7 6 .4 -1 .1 13 5 7 6 .9 2 .0 1. 6 -. 4 13 6 8 O m ai s ri co 9 .0 1. 6 -. 5 10 4 2 14 .6 4 .0 -. 8 10 37 5 .3 1. 4 4 .6 -. 2 10 4 0 1 I n d ic ad o r M IC S 2 .1 a e In d ic ad o r O D M 1 .8 - In su fi ci ên ci a p o n d er al ( m o d er ad a e g ra ve ) 2 In d ic ad o r M IC S 2 .1 b - In su fi ci ên ci a p o n d er al ( g ra ve ) 3 In d ic ad o r M IC S 2 .2 a - P re va lê n ci a d e at ra so n o c re sc im en to ( m o d er ad o e g ra ve ) 4 In d ic ad o r M IC S 2 .2 b - P re va lê n ci a d e at ra so n o c re sc im en to ( g ra ve ) 5 In d ic ad o r M IC S 2 .3 a - P re va lê n ci a d e em ag re ci m en to ( m o d er ad o e g ra ve ) 6 In d ic ad o r M IC S 2 .3 b - P re va lê n ci a d e em ag re ci m en to ( g ra ve ) 7 I n d ic ad o r M IC S 2 .4 - P re va lê n ci a d e ex ce ss o d e p es o (. ) V al or es b as ea d os e n tr e 2 5 -4 9 c as os n ão p on d er ad os * V al or es b as ea d os e m m en os d e 2 5 c as os n ão p on d er ad os 60 GUINÉ-BISSAU Foram excluídas da tabela NU.2 as crianças cuja data de nascimento completa (mês e ano) não foi ob- tida e crianças cujas medições estão fora dos limites plausíveis. As crianças são igualmente excluídas de um ou mais indicadores antropométricos quando o seu peso e altura não foram medidos. conforme o caso. Por exemplo, se uma criança foi pesada mas a sua altura não foi medida, a criança é incluída nos cálculos de insuficiência ponderal, mas não nos cálculos de atraso no crescimento e de emagreci- mento. As percentagens de crianças por idade e as razões para exclusão são indicadas nas Tabelas de quali- dade dos dados DQ.12. DQ.13. e DQ.14 no Apêndice D. As tabelas mostram que. devido a datas de nas- cimento incompletas. medições inverosímeis e/ou peso e/ou altura em falta. 2% porcento de crianças foram excluídas dos cálculos do indicador peso para a idade. 2% porcento do indicador altura para a idade e 1% do indicador peso para a altura. Aproximadamente uma em cada seis crianças com menos de cinco anos de idade na Guiné-Bissau apresenta insuficiência ponderal moderada e grave (17%) e 4% são classificadas como tendo insufi- ciência ponderal grave (Tabela NU.2). Mais de um quarto das crianças (28%) apresentam um atraso no crescimento moderado e grave ou seja são demasiado baixas para a idade e 8% possuem atraso de crescimento grave. Quanto ao emagrecimento, 6% estão moderadamente e gravemente magras e 1% estão gravemente emagrecidas. 2% das crianças menores de 5 anos de idade apresentam excesso de peso moderado ou demasiado para a sua altura. As crianças das Regiões de Bafatá (24%) e de Oio (20%) apresentam maior incidência de insuficiência ponderal moderada e grave. Em relação ao atraso no crescimento, as mesmas regiões lideram, repre- sentando respectivamente 34% e 35%. Em comparação com o emagrecimento moderado ou grave, a percentagem de crianças magras e com emagrecimento grave é maior na Região de Gabú (8% e 2%). As crianças cujas mães têm o ensino secundário ou um nível de escolaridade mais elevado têm menor probabilidade de ter insuficiência ponderal ou atraso no crescimento (10% e 17% respectivamente) em comparação com as crianças cujas mães não têm instrução (19% e 31% respectivamente). Em re- lação ao sexo, não existe diferencas significativas nos indicadores. O padrão etário mostra que com o aumento da idade de crianças de 0-35 meses, a insuficiência ponderal moderada e grave e o atraso de crescimento moderado e grave tendem a aumentar-se e a partir dos 35 meses, a tendência é do decres- cimento (Figura NU.1). Este padrão é esperado e está relacionado com a idade em que muitas crianças deixam de ser amamentadas e ficam expostas a contaminação por água, alimentos e ambiente. Segun- do a tabela NU.2, a prevalência de excesso de peso nas crianças de 0-5 meses e de 6-11 meses (8% e 4% respectivamente) é maior em comparação com as crianças de maior idade. 61Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 Figura NU. 1: Insuficiência ponderal, atraso no crescimento, emagrecimento e excesso de peso em crianças menores de 5 anos (moderado e grave) MICS5, Guiné-Bissau, 2014 ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO INFANTIL E DE CRIANÇAS PEQUENAS A alimentação adequada de bebés e crianças pequenas pode aumentar as suas probabilidades de so- brevivência, também pode promover um crescimento e um desenvolvimento óptimos, em especial no período crítico do nascimento aos 2 anos de idade. O aleitamento materno durante os primeiros anos de vida protege as crianças de infecções, fornece uma fonte ideal de nutrientes, promove a ligação afec- tiva mãe-filho e é económica e segura. Contudo, muitas crianças não beneficiam da aleitamento ma- terno precoce (na primeira hora de vida), outras não beneficiam de aleitamento materno exclusivo até aos seis meses e não beneficiam de aleitamento materno continuado até aos 24 meses. Muitas vezes, existem pressões sociais para o uso de substitutos do leite materno, como as fórmulas para lactentes, o que pode, se não preparado correctamente, contribuir para o atraso no crescimento, a insuficiênciade micro-nutrientes e pode não ser seguro se não houver boas condições higiénicas, incluindo água po- tável. Os estudos mostraram que além da amamentação continuada, alimentos sólidos, semi-sólidos e moles adequados, a partir dos 6 meses dão melhores resultados a nível da saúde e do crescimento, com potencial para reduzir o atraso no crescimento nos primeiros dois anos de vida.4 O UNICEF e a OMS recomendam que os bebés sejam amamentados dentro de uma hora após o nas- cimento, exclusivamente durante os primeiros seis meses de vida e continuem a ser amamentados até aos 2 anos de idade e não só5. A partir dos 6 meses, o aleitamento deve ser combinado com alimen- tos apropriados, seguros, sólidos, semi-sólidos ou moles6. Um resumo dos principais princípios orien- tadores7,8 para alimentar crianças de 6-23 meses é feito na tabela abaixo juntamente com medidas aproximadas para estas directivas recolhidas neste inquérito. Os princípios orientadores para os quais existem medidas e indicadores aproximados são: 4 Bhuta Z. et al. (2013). Intervenções fundamentadas para melhoria da nutrição materna e infantil: o que pode ser feito e a que custo? The Lancet 6 de Junho de 2013 5 OMS (2003) Implementar a Estratégia Global para a Alimentação de Bebés e Crianças Pequenas. Relatório da Reunião, Genebra 3-5 de Fevereiro de 2003. 6 OMS (2003) Estratégia Global para a Alimentação de Bebés e Crianças Pequenas. 7 OPAS (2003). Princípios orientadores para alimentação complementar da criança amamentada. 8 OMS (2005). Princípios orientadores para alimentar crianças não amamentadas de 6-24 meses de idade. 62 GUINÉ-BISSAU (i) Aleitamento materno continuado; (ii) Frequência apropriada das refeições (mas não densidade energética); e (iii) Conteúdo apropriado em nutrientes dos alimentos. A frequência da alimentação é usada como uma aproximação para o consumo de energia, exigindo que as crianças recebam um número mínimo de refeições/lanches (e alimentações lácteas para crianças não amamentadas) para a sua idade. Recorre-se à diversidade alimentar para verificar a adequação do conteúdo em nutrientes dos alimentos consumidos (sem incluir o ferro). Para a diversidade alimentar, foram criados sete grupos de alimentos para os quais se a criança consumir pelo menos quatro, consi- dera-se que tem uma alimentação de qualidade adequada. Na maioria das populações, o consumo de pelo menos quatro grupos de alimentos significa que a criança tem uma probabilidade elevada de con- sumir pelo menos um alimento de origem animal e pelo menos uma fruta ou legume, além de um ali- mento de base (grão, raiz ou tubérculo)9. Estas três dimensões da alimentação infantil são combinadas numa avaliação das crianças que recebem alimentação apropriada, usando o indicador de “dieta míni- ma aceitável”. Para ter tido uma dieta mínima aceitável no dia anterior, uma criança deve ter recebido: (i) número apropriado de refeições/lanches/refeições lácteas; (ii) alimentos de pelo menos 4 grupos de alimentos; e (iii) leite materno ou pelo menos duas refeições lácteas (para crianças não amamentadas). PRINCÍPIO ORIENTADOR (IDADE 6-23 MESES) MEDIDAS APROXIMADAS TABELA Continuar aleitamento materno frequente, a pedido durante e para além de dois anos Amamentada nas últimas 24 horas NU.4 Frequência e densidade energética apropriadas das refeições Crianças amamentadas Dependendo da idade, duas ou três refeições/ lanches dados nas últimas 24 horas Crianças não amamentadas Quatro refeições/ lanches e/ou alimentações lácteas nas últimas 24 horas. NU.6 Conteúdo apropriado em nutrientes do alimento Quatro grupos de alimentos10 consumidos nas últimas 24 horas NU.6 Quantidade de alimentos apropriada Não existe um indicador padrão na Consistência apropriada dos alimentos Não existe um indicador padrão na Uso de suplementos de vitaminas minerais ou produtos fortificados para a criança e a mãe Não existe um indicador padrão na Praticar boa higiene e tratar apropriadamente os alimentos Embora não seja possível desenvolver indicadores para captar totalmente a orientação do programa, um indicador padrão abrange parte do princípio: não alimentar com um biberão. NU.9 Praticar uma alimentação de acordo com as necessidade, aplicando os princípios de cuidados psicossociais Não existe um indicador padrão na 9 OMS (2008). Indicadores para avaliar práticas de alimentação de bebés e crianças pequenas Parte 1: Definições. 10 Os grupos alimentares usados para avaliação deste indicador são: 1) Grãos, raízes e tubérculos, 2) legumes e nozes, 3) produtos lácteos (leite, iogurte, queijo), 4) carnes (carne, peixe, aves e fígado/ miudezas), 5) ovos, 6) frutas e legumes ricos em vitamina A, e 7) outras frutas e legumes. 63Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS5) 2014 TABELA NU.3: ALEITAMENTO INICIAL Percentagem de últimos nados-vivos nos últimos dois anos que foram amamentados, amamentados dentro de uma hora após o nascimento e dentro de um dia após o nascimento e percentagem que recebeu um alimento pré-lacteo, MICS5, Guiné-Bissau, 2014 Percentagem que foi amamentada1 Percentagem que foi amamentada: Percentagem que recebeu um alimento pré-lacteo Número des últimos nascidos vivos nos últimos 2 anos Dentro de uma hora após o nascimento2 Dentro de um dia após o nasci- mento Total 98.0 33.7 79.8 19.2 3039 Região Tombali 95.9 39.9 76.2 24.5 215 Quinara 98.8 51.6 77.6 24.8 108 Oio 99.3 31.6 89.8 11.4 665 Biombo 99.7 24.2 77.0 19.4 225 Bolama/Bijagós 94.0 42.7 81.0 9.1 57 Bafatá 98.5 24.5 69.0 28.6 344 Gabú 98.4 35.9 79.5 36.5 378 Cacheu 97.8 39.8 76.9 6.2 294 SAB 96.7 33.9 79.1 16.5 754 Província Norte 99.0 32.2 84.2 11.6 1183 Leste 98.4 30.5 74.5 32.7 722 Sul 96.5 43.7 77.3 22.3 380 SAB 96.7 33.9 79.1 16.5 754 Meio de residência Urbano 97.3 35.1 80.2 16.5 1119 Rural 98.4 32.8 79.5 20.8 1921 Meses desde último nascimento 0-11 meses 97.8 33.0 78.5 19.0 1433 12-23 meses 98.1 34.2 80.9 19.3 1606 Assistência no parto Pessoal de saúde qualificado 98.4 37.8 81.4 13.5 1367 Parteira tradicional 97.9 25.7 92.4 10.3 294 Outra 98.0 30.9 75.8 26.9 1233 Ninguem/Em falta 93.6 33.9 72.5 25.0 146 Local do parto Em casa 97.9 30.2 78.7 23.8 1678 Estrutura de saúde 98.6 38.2 81.6 13.6 1337 Pública 98.7 37.7 81.4 13.4 1292 Privada (96.2) (50.6) (86.1) (20.4) 45 Outro/NS/Em falta (66.3) (25.5) (51.6) (8.4) 25 Nível de instrução da mãe Nenhum 97.8 33.1 79.4 22.2 1624 Primário 97.6 34.0 81.3 17.1 932 Secundário e mais 99.0 35.0 78.1 13.0 483 Indice de Bem-Estar Económico O mais pobre 98.4 33.6 77.7 21.8 694 Segundo 98.3 35.0 80.1 21.7 661 Médio 98.0 33.6 80.8 18.7 683 Quarto 97.4 32.3 81.6 16.7 569 O mais rico 97.6 33.6 78.4 15.2 432 1 Indicador MICS 2.5 - Crianças amamentadas 2 Indicador MICS 2.6 - Início do aleitamento materno (.) Valores baseados entre 25-49 casos não ponderados * Valores baseados em menos de 25 casos não ponderados 64 GUINÉ-BISSAU A Tabela NU.3 baseia-se nas declarações da mãe sobre o que seu último filho nascido nos últimos dois anos comeu nos primeiros dias de vida. Indica a proporção dos que foram amamentados, dos que foram amamentados dentro de uma hora e um dia do nascimento e dos que receberam um alimento pré-lácteo10. Embora seja uma etapa muito importante na gestão da lactação e no estabe- lecimento de uma relação física e emocional entre o bebé e a mãe, apenas 34% dos bebés foram amamentados pela primeira vez dentro de uma hora após o nascimento, embora 80% dos recém- nascidos na Guiné-Bissau comecem o o aleitamento materno dentro de um dia após o nascimento. Quase a totalidade (98%) de crianças nascidas nos últimos 2 anos anteriores ao inquérito foram al- guma vez amamentadas. No que respeita às crianças que foram amamentadas no período de menos de uma hora após o nascimento, a Região de Quinara apresenta a maior percentagem (52%) e as Re- giões de Biombo e Bafata com a menor percentagem (24%). No que concerne ao meio de residência, 35% das crianças do meio urbano foram amamentadas no período de menos de uma hora depois do nascimento, contra 33% das crianças do meio rural. A prevalência do aleitamento materno precoce está associada á qualidade da assistência e ao local do parto. Assim, os dados mostram que 38% de partos assistidos pelos pessoal qualificado e 38% feitos nos estabelecimentos de saúde pública, tivera
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